Publicado em 24/07/2019, às 12h25 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h22 por Redação Pais&Filhos
O projeto de lei já foi aprovado na Câmara dos Deputados e está em tramitação no Senado. A medida inclui uma avaliação psicológicade gestantes nos exames pré-natal. O intuito é “detectar a propensão ao desenvolvimento de depressão pós-parto”, de acordo com o texto do projeto.
A lei exige que as mulheresque tenham propensão à depressão-pós-parto, sejam encaminhadas para psicoterapia. Mulheresque derem à luz também serão submetidas à avaliação entre 48 horas e 15 dias depois do parto, e como as grávidas, caso haja indícios, também serão encaminhadas para o tratamento.
De autoria do médico e deputado federal Célio Silveira (PSDB-GO), o Projeto to de Lei da Câmara nº 98/2018 está, agora, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, aguardando votação. A relatora do projeto é a senadora Leila Barros (PSB-DF), a Leila do Vôlei, que será favorável à proposta, segundo a Universa. Depois que o parecer for apresentado, o projeto será discutido na comissão e, se aprovado, segue para votação no plenário da Casa. Se acatado pelos senadores, avança para a sanção presidencial
A depressão pós-parto
Segundo estudo da Fundação Oswaldo Cruz, feito em 2016, 25% das gestantes têm algum sintoma de depressão pós-parto, como irritabilidade, angústia, desânimo e desinteresse.
A depressão pós-parto costuma acontecer com mulheres logo depois do parto. É um momento que você pode sentir uma tristeza profunda que parece não ter explicação. Mas lembre-se: não é sua culpa! Causada por uma queda brusca de hormônios, natural nesse momento, ela também pode ser atrelada a fatores emocionais e estilo de vida.
Atualmente, um novo termo está sendo usado para indicar a depressão pós parto: depressão perinatal. Segundo Dr. Igor Padovesi, pai de Beatriz e Guilherme, ginecologista e obstetra do Hospital Albert Einstein, para a maioria das mulheres os sintomas já começam durante a gestação.
Sintomas
É normal se sentir triste ou perdida nos primeiros dias de vida com o bebê (até por que tudo é novo). Os sintomas podem estar presentes desde a gravidez até o primeiro ano de vida do bebê, não apenas nos primeiros meses, e podem significar uma depressão pós-parto. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 40% das mulheres no Brasil desenvolvem depressão pós-parto e 10% delas sofrem com o nível mais severo. Os sintomas são:
– Instabilidade de humor
– Pessimismo
– Tristeza profunda
– Culpa
– Preocupação excessiva com o bebê
– Ansiedade
– Pânico
– Desinteresse
– Dificuldade de concentração e de tomar decisões
– Dificuldade de realizar atividades cotidianas que antes eram normais
– Medo
Segundo o Ministério da Saúde, você também pode sentir:
– Pensamento na morte ou suicídio
– Vontade súbita de fazer mal ao bebê
– Perda ou ganha de peso
– Vontade de comer mais ou menos do que o habitual
– Insônia
– Inquietação e indisposição constante
– Cansaço extremo
– Sentimento de indignação ou culpa
Mas em muitos casos, o principal sintoma pode ser euforia excessiva ou uma necessidade defazer tudo perfeito.
A doença começa a se agravar quando interfere muito no dia-a-dia ao lado do seu filho e até no de outras pessoas. Muitas vezes, a dificuldades de amamentar e outros problemas que qualquer mãe pode ter logo após a chegada do bebê causam medos, angústias e receios, levando as mães a acreditarem que não são capazes de amamentar seus filhos.
Segundo pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP) e publicada na Revista Brasileira de Psiquiatria no mês de março de 2013, cerca de metade das mulheres que têm depressão pós-parto já apresentava os sintomas durante a gravidez. Por isso você sempre deve ficar de olho no que está sentindo.
Como prevenir?
Segundo o Ministério da Saúde, para prevenir a depressão pós-parto, é importante que você consiga dormir bem, tenha uma alimentação saudável e faça os exercícios recomendados no pós-parto. Segundo o Dr. Igor, a atividade vale mais para tirar a mãe de casa e da rotina do bebê para que ela tenha um momento para si mesma. Até porque, mãe também é gente, então:
– Arranje tempo de qualidade para si mesma
– Evite ficar sozinha
– Evite cafeína, álcool e outras drogas ou medicamentos, a menos que seu médico tenha liberado
– Faça um check-up com seu obstetra no pós-natal para tirar qualquer dúvida se você tem ou não depressão pós-parto
Tenha uma rede de apoio! Seu marido, sua família, amigos e até as pessoas que trabalham na sua casa podem ate ajudar a passar por esses momentos difíceis.
Fatores de risco
Mulheres que já tiveram qualquer tipo de transtorno psicológico são mais propensas a terem depressão pós-parto, detalhe que os obstetras devem estar atentos na hora do atendimento. Além disso:
– Gravidez indesejada ou não planejada
– Aborto
– Estresse durante a gravidez (violência doméstica,problemas financeiros ou familiares)
– Falta de apoio da família, parceiro e amigos.
– Limitações físicas antes, durante ou depois do parto
– Transtorno bipolar
– Histórico familiar
– Histórico de desordem disfórica pré-menstrual (PMDD), uma forma grave de tensão pré-menstrual (TPM).
Um estudo publicado na revista “Springer’s Journal of Behavioral Medicine” pela especialista Deepika Goyal, da Universidade San José State, mostrou que a ausência de luz durante a gestação pode estar ligada diretamente à depressão pós-parto. As mulheres que passam pelo terceiro trimestre durante os meses mais frios do ano (março – outono, junho – inverno) têm maior risco de desenvolver depressão pós-parto. Para essas mães, a chance passa a ser 30%. Já as mulheres que tiveram a gestação nos meses com mais incidência de luz tem 26% e chance de desenvolver depressão pós-parto.
Homens também podem ter
Não são só as mulheres que podem desenvolver depressão pós-parto. Segundo uma pesquisa publicada na revista The Journal of American Medical Association, os pais podem sentir depressão pós-parto entre o terceiro e o sexto mês depois do nascimento. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2015, a condição já afetava 10,4 % dos pais.
A depressão pós-parto masculino é mais suscetível quando a/o parceira (o) também está sofrendo da condição, deixando o ambiente em casa instável, comprometendo o bem-estar do bebê. Os sintomas são iguais aos das mulheres e o tratamento é com acompanhamento psicológico.
Leia também:
7 alimentos que espantam a tristeza e o mau-humor para fazer seu dia mais feliz
Saiba qual a medida certa na hora de demonstrar tristeza para o seu filho
Mãe sofre de depressão pós-parto e recebe ajuda da prima: “Não conseguia amar minha filha”
Família
Antes e depois de mãe da 3ª filha de Neymar surpreende: "Mudou o DNA"
Família
Poliana Rocha explica motivo de ter feito quarto só para filhas de Zé Felipe em mansão
Família
Fabiula Nascimento anuncia mudança em 'status de relacionamento': "O amor e o respeito continuam"
Família
João Lucas Figueiredo fala sobre 1ª gravidez de Sasha Meneghel: "Momento certo"
Família
Ex-modelo húngara fala sobre resultado de teste de DNA com Neymar
Família
Mãe de Endrick posta reflexão profunda antes do anúncio de casamento do filho
Família
Filha mais discreta de Leonardo e agrônoma: conheça a madrinha de José Leonardo
Família
Camila Queiroz e Klebber Toledo falam sobre vinda do 1° filho: "Vai dar tudo certo"