Publicado em 11/08/2019, às 08h30 - Atualizado às 09h59 por Marina Paschoal, filha de Selma e Antonio Jorge
Ser pai vai além do ato biológico de reprodução ou do social de ser o provedor da casa. E é exatamente isso que Marcos Piangers, jornalista, autor, palestrante e nosso supercolunista, mais defende: a paternidade ativa e participativa. “Ser pai é uma experiência tão especial, tão gigantesca e monumental. É muito aprendizado e transformação”, ele define. “E eu aprendi com o tempo, fui percebendo que eu também tinha que estar nessa, que tinha que participar”, completa.
Pai de Anita, de 14 anos, e de Aurora, de 7, ele confessa que constantemente foi o tio brincalhão, apaixonado por crianças e pelo mundo infantil, e que, mesmo sem a presença do pai na sua vida, sempre teve o desejo de ter filhos. “Apesar de não ter tido uma referência de paternidade – e que me fez uma falta tremenda – por muitas vezes errei e precisei levar bronca da minha mãe, da minha esposa e até das minhas filhas. Meu aprendizado não é do ponto de vista teórico, é tudo da prática mesmo”, ele conta.
E foi pedindo licença à Ana Cardoso, sua esposa e também jornalista e nossa supercolunista, que ele pôde aprender colocando a mão na massa. “O pai precisa participar da engrenagem da família desde o primeiro momento. Então, tem que trocar fralda e dar banho mesmo”, acredita.
Encontro de almas
Mas para contar a história da família Piangers fielmente, precisamos voltar para 2003, quando Marcos e Ana ainda trabalhavam na Rádio Atlântida, em Florianópolis. Ela, era repórter esportiva. E ele, um dos locutores que a chamava ara os boletins ao vivo. “Naquela época eu já pensava ‘que voz bonita, menina simpática…’”, ele lembra. Não demorou muito para o primeiro encontro nos corredores da empresa acontecer e Marcos lembra, nostálgico, do sentimento: “Na hora que bateu olho no olho eu já meio que sabia que era ela, mesmo a gente nunca tendo se visto pessoalmente. Aí a gente já se gostou e foi tudo muito rápido”. Mesmo! Em menos de um ano eles já tinham assumido o relacionamento e estavam morando juntos.
Sorte na sorte
Dois anos depois, Ana começou a desconfiar que estava grávida e fez um teste de farmácia. Deu positivo. “Me lembro perfeitamente desse dia”, ele conta. A reação deles foi cair no choro, abraçados. “As pessoas costumam chamar de acidente, mas eu acho que é algo tão positivo… Eu prefiro chamar de sorte. A Anita foi uma sorte que nos aconteceu”.
E foram sete anos de atenção e dedicação exclusiva à Anita. Até que um dia, surpresa: uma nova gravidez! “Era um sonho meu, e aí quando rolou foi sem programar”. Receber a notícia
da chegada da caçula não foi fácil para Anita, que ficou ressabiada, segundo Marcos. Mas nada que um bom papo não tranquilizasse o coração da menina. “Conversei com ela e expliquei
que ela é minha primeira filha e isso é muito especial pra mim”, ele conta. “Mas ela ficou indignada quando soube o nome que daríamos. Veio nos questionar por que a bebê teria nome de princesa e ela não”, lembra, aos risos.
Tem amor pra todo mundo!
A solução para administrar o tempo com as meninas foi criar momentos de atenção exclusiva para cada uma. “É quando temos essa conexão, mergulhamos num oceano só nosso e nos aprofundamos nas nossas conversas e brincadeiras”, ele explica.
E foi na mudança para Curitiba, onde moram há dois anos, que encontraram um lugar para chamar de lar. Perto da família de Ana e com vida minimalista, como costumam definir, aprenderam a valorizar momentos simples da vida. “A felicidade está em você, em perceber esse sentimento”, ele acredita. A rotina que antes era dividida entre os quatro, agora conta com a participação de avós, tios, primos e quem mais estiver nos almoços aos domingos. “Isso pra mim é transformador. Foi meu sonho a vida inteira ter essa família estendida, e agora que tenho, quero celebrar!”.
Lar é onde vocês estão
Ter quem a gente ama por perto é uma delícia. E na casa dos Piangers, essa é a definição de dia perfeito. Por lá, eles têm o costume de fazer o que o aniversariante quiser na data especial. E as meninas sempre pedem a mesma coisa: faltar na escola e passar o dia juntos. Seja dando uma volta no shopping, indo ao cinema ou livraria. “O que a gente mais gosta de fazer mesmo é ficar juntos”. Por isso, todo dia é especial por lá.
O jantar, que geralmente é sopa – e rendeu até o apelido de “mulher-sopa” à Ana – é o momento em que eles aproveitam para conversar, curtir a presença um do outro e passar os valores que acham importantes. “Espero que elas sejam luz, sejam a melhor versão delas mesmas para as pessoas ao redor – e cobrem isso dos outros –, porque foi com elas que aprendi muito sobre o respeito e sobre a importância de estar presente”, ele conta. E é com esse olhar sobre o futuro que Marcos reforça: “Na minha vida a família é a coisa mais importante, só de estarmos juntos, onde quer que seja, já é o melhor lugar do mundo. E a minha família só é essa e tudo isso por causa da Ana”, ele completa.
Os pais da redação não deixaram a data passar em branco. Confira o vídeo que fizeram:
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