Publicado em 26/04/2019, às 14h21 - Atualizado em 02/05/2019, às 09h09 por Marina Paschoal, filha de Selma e Antonio Jorge
Poder colocar no prato e comer aquilo que se cultiva na horta de casa pode parecer privilégio, mas não é. Um projeto da Prefeitura de São Paulo em parceria com a Diagonal, consultoria de impacto social, e Bia Goll, adepta à gastronomia permacultural, leva às comunidades oficinas e palestras sobre comida e cultivo, o AlimentAÇÃO.
“Por lá, explicamos nossas intenções, ouvimos as necessidades da comunidade e começamos a agir falando sobre o que é comida de verdade – diferente de ultraprocessados– também abordamos sobre PANCs e cozinhar a própria comida”, explica Bia.
E as palestras são só o primeiro passo. Na sequencia, eles colocam a mão na massa – literalmente! “Fazemos pães de fermentação natural, hortas em canteiros, hortas em vasos, oficinas de resíduos, auxílio no plantio de pomares, ajuda na ideia de cardápios e por aí vai!”.
Atuando nas comunidades do Jabaquara, em São Paulo, as hortas que eles constroem juntos são comunitárias. Ou seja, os moradores ajudam a manter e todos podem colher. “E isso [as hortas] está mudando o visual do bairro, além de tornar o assunto da região mais interessante”, ela conta.
E diferente de alguns projetos sociais, o AlimentAÇÃO não doa cestas básicas. “Nós estimulamos eles para que produzam algo autêntico, com recursos da própria região. Afinal, comida orgânica é de graça se for plantada”, Bia completa.
Experimentando o velho e novo sabor
Apesar de não ter novidade na comida que é cultivada, muita gente não conhecia os sabores de vegetais e legumes. “A introdução alimentar é algo que não temos há muitas décadas. Sentir os sabores é uma delícia, mas não é simples. O que também contribui para esse distanciamento é o vício em açúcar e gordura que todos temos em algum nível em 2019. Então, no projeto AlimentAÇÃO trabalhamos fortemente o contato com novas experiências gastronômicas e produção de comida com permacultura”, ela explica.
O projeto expõe crianças e adultos a novos sabores e as estimula a evitar industrializados como refrigerantes e doces, por exemplo. “No lugar, damos alternativas para que comecem fazer conexões com a natureza, como o jardim e a cozinha. Também aproveitamos para falar sobre a produção de lixo, sobre evitar plásticos como canudos, por exemplo, e a importância da reciclagem”, Bia conta.
Para a cozinheira, o projeto é uma atitude corajosa e humana. “Levar a possibilidade de produzir e cuidar da própria comida às comunidades liberta essas pessoas da indústria. Dá poder aos desafortunados, os tornando fortes na própria sobrevivência e família. O projeto leva de volta valores de harmonia com o planeta, o ciclo de vida na terra e o poder de cuidar de si e do próximo”, ela finaliza.
Confira o vídeo do projeto abaixo:
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