Publicado em 09/05/2018, às 10h13 - Atualizado às 19h58 por Gabrielle Molento, Filha de Claudia e Pedro
Sabemos que o açúcar em excesso é perigoso. O consumo dessa substância na infância tem limites ainda mais rígidos. De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 32,3% dos bebês com menos de dois anos de idade já consomem refrigerantes ou sucos artificiais, o que é um grande problema.
A nutricionista comportamental Ariane Bomgosto diz que não é recomendado que nenhuma criança com essa faixa etária consuma açúcar refinado por motivos nutricionais. “O açúcar é uma caloria vazia. Além disso, ele tem um malefício muito grande de viciar o paladar infantil. Depois dos dois anos, na minha postura, a criança também não precisa consumir, mas a gente sabe que isso muito difícil, por isso vamos introduzindo aos poucos”, explica a nutri.
Não existe uma quantidade em gramas adequada para o consumo dessa substância, já que o excesso sempre vai ser maléfico. Além disso, não é só o açúcar branco refinado que vira açúcar no organismo. Os carboidratos refinados também viram açúcar no sangue da criança. “Se somarmos o consumo desses tipos de alimentos e nos depararmos com o excesso de açúcar no sangue, temos um problema grande para essa criança até mesmo em relação ao peso ou diabetes. Evitar o excesso é importante”, completa Ariane.
O açúcar entra no sangue da criança e, em quantidade elevada, leva a um organismo inflamado, o que dificulta a perda de peso e cria células de gordura. Por isso ele está diretamente ligado com a obesidade.
E o vilão da dieta que evita o consumo de açúcar é o refrigerante! “A criança pode ter a alimentação toda errada, se cortamos o refrigerante já vemos uma diferença porque ele é composto em 90% de açúcar. Os doces voltados especialmente para crianças, todos coloridos, também são açúcar puro. Isso porque o paladar infantil é naturalmente voltado para o doce e a indústria é muito cruel e se aproveita disso”, disse a nutricionista comportamental.
E para evitar que os pequenos consumam alimentos ruins? Devemos aprender a ler os rótulos. No caso do açúcar, por exemplo, o produto pode estar disfarçado com outros nomes, como: xarope de glicose, por exemplo, xarope de milho ou sacarose.
Devemos ter força de vontade e reeducar o paladar das crianças com os próprios alimentos para garantir uma alimentação balanceada, diminuindo a quantidade de alimentos açucarados e fazendo trocas saudáveis, como: farinha branca por farinha integral ou, até mesmo, outros carboidratos complexos, tipo aipim, mandioca ou quinoa.
Se você tem um filho que é viciado em açúcar, fique tranquilo, isso pode mudar. “O paladar infantil pode mudar numa velocidade muito rápida, às vezes em até duas semanas, não tem mistério”, conclui Ariane.
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