Publicado em 09/01/2019, às 16h02 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h38 por Isabella Zacharias, Filha de Aldenisa e Carlos
Entre os anos de 2015 e 2016 houve uma queda de natalidade motivada pela crise econômica e, também, pelo receio da microcefalia, causada pelo zika vírus. A microcefalia é uma má-formação congênita muito grave, em que cabeça do bebê é menor do que o esperado, muitas vezes devido ao desenvolvimento anormal do cérebro.
No Brasil, o ano de 2016 foi marcado pelo menor número de nascimentos em 21 anos. Porém, em 2017, o número de crianças nascidas teve uma alta de 2,1%. Ou seja, nesse ano, nasceram 2,920 milhões de bebês. O número não chega ao patamar de 2015, quando o Brasil registrou 3,018 milhões de nascimentos.
Os Dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos diz que os números de 2015, 2016 e 2017 seguem uma estabilidade. Alguns especialistas em obstetrícia afirmaram que as mulheres que estavam pensando em engravidar entre 2015 e 2016 só realizaram seus desejos em 2017, mas ainda estavam preocupadas.
Para as mulheres que buscavam tratamento para engravidar, o medo do zika vírus fez com que o plano fosse adaptado, ao invés de adiado.
“Para as mulheres que tinham alguma dificuldade para engravidar, adiar era muito complicado. O que algumas fizeram foi congelar os óvulos ou embriões naquela época e fazer a transferência para o útero só depois que o pânico por causa do zika passou”, diz Mauricio Chehin, ginecologista e obstetra, ao R7.
Ele explicou que o conhecimento sobre as consequências do vírus diminuiu o medo dos casais que desejavam ter um filho: “Você saber que pode evitar a doença tomando medidas como usar repelente e e vestuário adequado ou optando por engravidar numa época de clima mais frio fazem com que a mulher se planeje melhor e perca um pouco do medo”, ele afirmou.
Foi o caso da pernambucana Mariana Alves, de 35 anos: “Quando casei, em maio de 2015, já planejávamos a gravidez para, no máximo, o 1º semestre de 2016. Tivemos que adiar tudo. Foi angustiante”, ela disse em entrevista.
Pernambuco foi o grande centro da epidemia. De 2015 ao final de 2018, 465 crianças nasceram com microcefalia no Estado. No Brasil, os casos confirmados chegam a 3,2 mil durante esse período.
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