Publicado em 03/01/2016, às 12h30 - Atualizado em 21/01/2016, às 08h29 por Redação Pais&Filhos
No Brasil, a lei só exige que as crianças sejam matriculadas na Educação Infantil com 4 anos de idade. Mas existem muitas creches e escolinhas que aceitam crianças a partir de um ano. Será que vale a pena? A resposta depende das condições de cada família. Se a mãe tem que trabalhar, talvez seja melhor a criança ir mais cedo para a creche do que ficar em casa sozinha com a babá e a televisão.
E não precisa ficar cheia de culpa. Ir para a escola cedo faz bem, segundo o uma pesquisa do governo americano. O National Institute of Child Development descobriu, em 2012, que alunos que frequentaram escolinhas ou creches demonstraram, na adolescência, melhor desempenho escolar e vocabulário mais extenso se comparadas com crianças que ficaram em casa até os cinco anos, quando começa o ensino obrigatório por lá. Mas o estudo também mostrou que os maiores benefícios da escola eram maiores a partir dos 3 anos, quando a criança já tem necessidade de desenvolver o contato social e autonomia para conviver em grupo.
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Como é a escola boa?
Até os seis anos, as crianças tem um período de atenção muito curto, por isso precisam mudar de espaço e atividade frequentemente. Poder sair da sala de artes para a de música, depois para o parquinho e de volta para a classe, por exemplo, é importante para mantê-los ocupados e felizes.
Na hora de visitar a escola, verifique se ela possui ambientes onde elas possam correr e brincar livremente, e se elas mudam constantemente de uma sala para outra para fazer atividades diferentes. Veja se isso acontece mesmo em dias de chuva, e se existe um lugar coberto para brincadeiras fora da classe.
Escola ensina, família educa, e os dois precisam andar juntos. O jeito da escola tem que combinar com a família, para evitar desentendimentos que prejudiquem a criança depois. Pergunte à orientadora da escola se existe um projeto pedagógico, com brincadeiras que tem o objetivo de desenvolver um conteúdo específico: a linguagem, a autonomia, a música, a expressão corporal…
Vale perguntar quais os conceitos que ela vai abordar com as crianças e como pretende chegar neles, para ver se você concorda com o estilo. Sinta o “clima” da escola, se as crianças estão felizes, tranquilas, se tem mais risada que choro no ar. A sua intuição de mãe também conta muito na hora da escolha. Se você ficar satisfeita com a escola, a adaptação do seu filho vai ser mais fácil também.
Para ajudar na decisão, responda a essas perguntas:
Tamanho da classe
Confira a proporção recomendável de crianças por sala. Verifique se a escola tem também uma auxiliar para ajudar nas trocas de fraldas ou idas ao banheiro. Além disso, algumas contam com uma auxiliar “volante”, que ajuda duas ou mais classes alternadamente.
– Até 1 ano
Uma berçarista para no máximo 3 crianças, com o apoio de um educador responsável formado em pedagogia. Se tiver um fonoaudiólogo também, melhor.
– Até 2 anos
1 professor para 6 a 8 bebês, com uma assistente.
– 3 anos
1 professor para cada 15 crianças
– De 4 a 6 anos
1 professor para cada 20 crianças
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