Publicado em 12/11/2018, às 12h36 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h24 por Jennifer Detlinger, Editora-chefe | Filha de Lucila e Paulo
Oito em cada cem crianças sofrem de alguma alergia alimentar. Isso significa que um número grande de pais deve se preocupar todos os dias sobre como proteger os filhos de ameaças que nem sempre são tão óbvias. E, ao que tudo indica, nos próximos anos, é quase certo que esse índice fique muito maior.
Antes de mais nada, vale reforçar que alergia alimentar e intolerância alimentar são coisas diferentes. A alergia é uma resposta do corpo que causa uma reação severa e geralmente imediata. Já quando um bebê tem intolerância, ele está perdendo a enzima necessária para decompor uma proteína. Sintomas de alergias e intolerâncias ocorrem, principalmente, quando os bebês começam a comer sólidos. Após realizar os testes, o tratamento geralmente se concentra em evitar determinado alimento, mas é importante que um médico guie essa nova dieta.
“A primeira exposição a um alérgeno estimula o sistema imune para reconhecer a substância. Qualquer exposição posterior, geralmente causará sintomas. Quando um alérgeno entra no organismo de uma pessoa que tem o sistema imune sensibilizado, certas células liberam histamina e outros químicos, que produz coceira, edemas, produção de muco, espasmos musculares, urticária, erupção cutânea e outros sintomas”, explica o Dr. Fábio Morato Castro, alergista, imunologista e diretor da Clínica Croce.
Primeiros sinais
Até os seis meses de vida, o leite materno deve ser a alimentação exclusiva do bebê. Depois, começa a fase de introdução alimentar, que pode gerar diversas incertezas aos pais e mães — afinal, é um período de descobertas para a família toda.
A nutricionista Roseli Ueno Ninomiya, da Clínica Mãe, recomenda que no início seja oferecido suco de frutas (laranja lima, maçã, pera ou mamão) como lanche no meio da manhã entre as mamadas. “A adaptação a essa nova rotina na alimentação da criança pode levar de uma a 2 semanas, a partir daí começa a introdução da papinha de frutas amassadas ou raspadas, no lanche da tarde entre as mamadas”, aconselha.
Após uma semana, é hora de introduzir as sopas, primeiro no almoço e depois no jantar. Segundo a especialista, essa evolução lenta e gradual — afinal, o bebê passará de zero para quatro refeições diárias — é muito importante e necessária para descobrir a aceitação da criança aos alimentos e identificar se algum deles pode ser alergênico ou causar algum desconforto.
“Não tenha pressa, aproveite esse tempo para conhecer bem o seu filho, busque entender o perfil dele e sua personalidade. Alguns são gostam de experimentar, enquanto outros são mais preguiçosos. É uma fase de descobertas”, explica Roseli.
Segundo a especialista, para diminuir os riscos do seu filho desenvolver algum tipo de alergia ou intolerância, é preciso dar atenção à higienização correta dos alimentos: lave bem as verduras, legumes, frutas e grãos. Além, disso, a carne deve ser sempre fresca e de procedência certificada. Também não se esqueça da higienização dos utensílios no preparo dos alimentos.
Para te ajudar nessa fase, a especialista preparou uma tabela de alimentação separada por idade. Confira:
– De 6 a 8 meses: introdução de frutas raspadas ou amassadas nos lanches e sopas de legumes e verduras com fontes de carboidratos (arroz, batata, mandioquinha, batata doce, mandioca, inhame) e fonte de proteínas animais (carne de frango ou bovina) e/ou proteína vegetal (feijão, grão-de-bico, lentilha, ervilha). Evite a clara de ovo, mel, doces, alimentos gordurosos e muito condimentados. Use pouco sal no tempero. Procure não bater a comida no liquidificador, vale raspar as frutas ou amassar as papinhas com garfo, uma vez que isso possibilita a descoberta de texturas e sabores.
– A partir dos 8 meses: o bebê fará quatro refeições de alimentos como lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. Nesta fase pode ser adicionado à alimentação do bebê iogurte e gema de ovo.
– Entre os 9 e 12 meses: a alimentação será variada e parecida com a da família. A diferença será a textura, as sopas já têm pedaços macios. Afinal, os dentes já estão nascendo.
– Após 1 ano: o bebê pode comer de tudo, devendo ter cuidado com o tamanho dos alimentos e seguir uma alimentação saudável com poucas gorduras e açúcares. É importante que sejam oferecidos sempre alimentos ricos em ferro como a carne bovina, suína, peixe e frango, vegetais de folhas escuras e leguminosas. E para garantir o melhor aproveitamento do ferro destes alimentos, oferecer também alimentos ricos em vitamina C, como laranja, suco de acerola, abacaxi, suco de caju e goiaba. Não há restrições alimentares neste período, afinal a criança precisa conhecer novos sabores e texturas de alimentos.
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