Publicado em 15/07/2016, às 15h32 por Adriana Cury, Diretora Geral | Mãe de Alice
Com o nascimento do bebê surgem várias preocupações dos pais em relação à sua saúde. Uma delas é a questão das alergias alimentares – é possível preveni-las? O pediatra e homeopataMoises Chencinski, pai de Danilo e Renato, afirma que a primeira atitude que as mães devem adotar em relação ao tema é a amamentação.
“O principal alimento alergênico no Brasil é o leite de vaca. Portanto, o aleitamento materno evita que o bebê seja exposto às chances dessa alergia”, explica ele, que também é membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
O médico endossa que, até os 6 meses, seria mais seguro que a criança tivesse contato apenas com o leite da mãe, sem a introdução de outros alimentos. “É preciso atenção aos leites em pó também, pois eles têm leite de vaca em sua fórmula”, diz.
Pesquisas apontam que 3% a 8% das crianças brasileiras são acometidas de algum tipo de alergia alimentar – sendo 85% dessas alérgicas ao leite. Os outros principais grupos são soja, ovos, peixe, frutos do mar, castanhas, amendoim e glúten.
Mudança de hábito
Passados os primeiros 6 meses, o quadro já muda de posição: começa a hora de, sim, apresentar às crianças os alimentos do “grupo de risco”.
“No passado, retardávamos a incorporação dos alimentos ‘alergênicos’, mas a nova ordem é de que a introdução precoce induz a tolerância e reduz o risco de desencadeamento futuro de alergias”, comenta a médica Cristina Abud, alergologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, mãe de Henrique.
O pediatra Moises Chencinski destaca que, por volta dos 6 aos 8 meses, é preciso ter paciência e observação à resistência do filho a cada alimento novo. “O ideal é oferecê-los separadamente para ver se há alguma reação característica”, declara, acrescentando que, com 1 ano, é indicado que ela já esteja apta a comer a mesma refeição dos pais.
Uma vez a criança apresentando sinais como urticária, dificuldade respiratória ou até edema de glote (inchaço na garganta), é hora de entrar em campo o pediatra e o alergista para uma avaliação do pequeno. “Assim que se desencadeiam sinais alérgicos, já é possível fazer testes e recorrer a tratamentos mais específicos”, finaliza o pediatra.
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