Publicado em 04/06/2019, às 16h19 - Atualizado às 16h19 por Yulia Serra, Editora | Filha de Suzimar e Leopoldo
Asma é uma doença crônica em que, durante a crise, os bronquíolos são inflamados e a passagem de ar é reduzida, tendo como principais sintomas a tosse, dificuldade para respirar, aperto no peito, chiado e infecções respiratórias frequentes.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), atinge 20% das crianças brasileiras, sendo a mais comum da infância, e os primeiros indícios da doença começam a aparecer nos dois primeiros anos de vida. Em questões globais, 235 milhões de pessoas apresentam esse quadro.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) considera a doença complexa, por envolver fatores genéticos, ambientais e outros específicos que levam ao desenvolvimento e à persistência dos sintomas. Por isso, o especialista e diretor do Instituto de Pesquisas Biomédicas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Paulo Pitrez, enfatiza a importância de ficar atenta aos sinais e procurar um médico caso seu filho apresente algum deles.
A asma pode ser classificada em três níveis de acordo com a gravidade (Asma leve, moderada e grave) e esse resultado considera a intensidade dos sintomas/crises e as interferências na rotina. Após muitos estudos, foi possível definir um tratamento para a doença. Ele pode ser feito como forma de prevenção e ou alívio dos sintomas. Ambas as situações são medicadas com antiinflamatórios.
Tendo esse cuidado, a SBP garante ser possível controlar os sintomas, possibilitar atividades normais, manter a função pulmonar normal ou melhor possível, evitar episódios agudos e emergências, reduzir a necessidade do uso de broncodilatador para alívio dos sintomas, reduzir efeitos negativos da medicação, atender às expectativas do paciente e da família com o tratamento e evitar a morte.
Para ter esses benefícios, é preciso que o plano de tratamento seja ajustado constantemente, sendo adequado às necessidades do seu filho naquele momento. Mas lembre-se, apenas um médico poderá dar esse direcionamento através dos resultados dos exames.
Apesar disso, a Sociedade Brasileira de Pediatra diz ser difícil estabelecer um diagnóstico preciso de asma para crianças de até 5 anos. Dessa forma, também há dificuldade para montar um plano terapêutico apropriado e eficazdurante essa fase.
Independentemente das dificuldades, procurar um especialista é o melhor caminho sempre e fique por dentro do assunto com os mitos e verdades sobre asma:
Verdade! Ele é feito com medicamentos inalatórios para prevenir crises e controlar broncodilatadores (que abrem as vias aéreas). Seguindo o tratamento correto, é possível viver normalmente.
Verdade! De acordo com o especialista Paulo Pitrez, fazer esporte é essencial para as crianças com asma, porque ajuda no condicionamento físico. Mas é importante lembrar que nada deve ser forçado, é legal encontrar uma atividade que elas gostem.
Mentira! Para quem sofre da doença, a rotina impacta e muito na frequência das crises. Crianças expostas ao chamados irritantes (como fumaça de cigarro, poeira, mofo e ácaros) têm maior chance de sofrer, por exemplo.
Mentira! O tratamento da doença não influencia em nada nas tentativas de engravidar. A única complicação possível de ocorrer é durante a gravidez, tendo infecções pulmonares, caso a gestante não controle a asma com medicamentos.
Verdade! Mas isso não é uma certeza. Estudos mostram que ⅓ das mulheres apresentam piora, ⅓ ficam na mesma situação e ⅓ apresentam melhora. Assim, é fundamental que além do acompanhamento ginecológico, essa grávida tenha um acompanhamento com pneumologista.
Mentira! Isso é um erro que pode levar a infecções pulmonares e, dessa forma, causar falta de oxigenação do feto, nascimento de bebês de baixo peso, prematuros ou até mesmo interrupção da gravidez. Hoje, há medicações liberadas para gestantes e a melhor forma de se cuidar é se consultando com um médico especialista.
Verdade! As mudanças hormonais podem provocar crises asmáticas e as questões emocionais, como ansiedade, insegurança e medo, pode piorar essa situação, principalmente quando a mulher não está com tratamento de controle.
Verdade! Com o aumento do útero, o diafragma (um dos músculos responsáveis pela respiração) é empurrado, podendo causar a sensação de falta de ar. Além disso, esse aumento pode causar refluxo gástrico, e então aumentar ainda mais o mal estar da grávida.
Verdade! Uma pesquisa feita nos Estados Unidos descobriu que esses animais têm certas substâncias que tornam as crianças em contato com eles mais resistentes à asma.
Mentira! Os especialistas fazem questão de enfatizar que a melhor forma de controlar a asma do seu filho é usando estratégias de medicação e não limitando o que seu filho faz.
Mentira! Mesmo que a criança apresente um grau leve de asma, é fundamental procurar um médico e seguir o tratamento recomendado, pois outros fatores externos podem influenciar e “piorar” os sintomas da doença.
Verdade! Às vezes, as crianças têm o que é conhecido como asma tosse-variante, ou seja, uma tosse seca quando se deitam, quando estão se exercitando ou quando saem em climas frios.
Verdade! Para que as estratégias funcionem, é preciso que esse plano de tratamento esteja atualizado. E mais uma vez, a participação de um especialista é essencial para que ele funcione.
Mentira! Mas essa frase não está muito longe de se tornar verdade, de acordo com o Instituto UQ Diamantina. Os cientistas já tiveram bons resultados aplicando a técnica em animais e agora aguardam para fazer o teste em humanos.
Acima de tudo, é importante manter um acompanhamento médico e fazer o que é recomendado pelo especialista. Seguindo esse tratamento, a pessoa com asma pode, sim, viver uma vida normal.
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