Publicado em 03/04/2018, às 15h47 por Redação Pais&Filhos
Bullying e depressão parecem ser coisas só de adolescente, mas, segundo Livia Marques, psicóloga e mãe da Maria e do Miguel, acontece na infância também, principalmente entre crianças de 5 a 7 anos. “É quando começam a desenvolver discernimento, conviver com colegas e a colocarem para fora o que pensam.”
Já Luciana Brites, psicopedagoga, uma das fundadoras do Instituto NeuroSaber e mãe da Helô, do Gustavo e do Maurício, explica que entre 1 e 7 anos, a criança está em um processo que chamam de egocentrismo então “a capacidade de empatia é muito restrita”. Por isso, costumam maltratar o amigo, não ter paciência, brigar, mas não por maldade, mas não chega a denominar isto como bullying.
Pode ser decorrente também de como ela é criada em casa. “Depende do modelo que ela tem para seguir em casa, como é o diálogo, o relacionamento entre os pais e com os filhos”, explica Luciana. Além disso, elas estão começando a aprender habilidades emocionais e sociais nessa idade e não conseguem lidar com essas questões ainda. Assim como o processo de linguagem, não sabem expressar o que estão sentindo, o que desencadeia em um comportamento mais irritado, choram, agridem.
Tanto quem recebe quanto quem faz bullying precisam de orientação da escola e dos pais para aprenderem a lidar com a situação e ajudar que não se cresça e se repita até se tornar em algo mais sério que pode levar à depressão que deixa de ser só tristeza e se transforma em um transtorno.
E a depressão pode vir tanto da genética quanto do meio em que a criança está inserida. Livia orienta que o maior cuidado que temos que ter com crianças depressivas é a atenção e a validação que damos a ela. “Não significa que temos que concordar e aceitar tudo o que a criança fala ou faz porque isso é permissividade.” É preciso demonstrar empatia, dar qualidade de tempo, incentivar a desenvolver habilidades sociais e emocionais e dar o exemplo em casa.
Como perceber? Através de mudanças no comportamento do seu filho, se ele gostava de brincar e agora fica quieto, ou fica muito agitado, não come, não dorme, não quer mais se relacionar com os amigos, ir à escola, fica agressivo… Luciana explica que “tudo isso pode ser sintoma que precisa ser levado em consideração”. E o seu papel é, antes de tudo, conversar e ouvir o que seu filho tem a dizer. E se detectar que é preciso interferir, marcar reunião na escola, entender o que está acontecendo, questionar para que o problema não cresça e nem atinja outras crianças. Dependendo do caso, trabalhar em conjunto com a escola e com um terapeuta, “para as crianças viverem com mais tranquilidade e que saibam respeitar um ao outro”, completa Livia.
Não é comum, mas crianças menores podem pensar em suicídio sim. Livia comenta que “hoje em dia é muito fácil ter acesso a muitas informações muito rápido, então sabem o que é suicídio”. Não se discute muito sobre os casos até porque, segundo Luciana, muitos são notificados como acidentes ao invés de suicídio, “existe todo um cuidado na notificação de suicídio”.
Recentemente, a Netflix encomendou uma pesquisa para ver como pais e filhos reagiram à série 13 Reasons Why e os resultados mostraram que, após assistir, os filhos foram buscar mais informações sobre assuntos delicados como violência sexual (60%), depressão (68%), suicídio (65%), bullying (66%) e procuraram apoio de amigos (74%). Apesar de não ser uma série para crianças, mostra que a arte pode ser um meio de falar sobre o assunto. Você pode usar livros, músicas, filmes infantis para ajudar seu filho a entender o que está sentindo e conseguir conversar com você sobre isso.
Depois de assistirem a série, 88% relatou que ajudou a entender que suas ações podem ter impacto nos outros, 76% que tentaram ser mais conscientes sobre como tratam outras pessoas e 60% buscou se desculpar pela forma como tratou alguém.
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