Publicado em 08/04/2019, às 15h52 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h36 por Jennifer Detlinger, Editora-chefe | Filha de Lucila e Paulo
Começa nesta quarta-feira (10) a campanha de vacinação contra a gripe, promovida pelo Ministério da Saúde. Nesta primeira fase, somente crianças, grávidas e mulheres de até 45 dias após o parto poderão se vacinar. A escolha, segundo o ministério, foi feita por causa da maior vulnerabilidade do grupo. A partir do dia 22, todo público-alvo da campanha poderá receber a dose e você terá até o dia 31 de maio para vacinar seu filho.
O Brasil segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de vacinar os grupos com maior vulnerabilidade. “Na sua grande maioria, os casos de gripe se resolvem espontaneamente, entretanto nos grupos mais vulneráveis, o caso pode se complicar e gerar outras doenças graves, como a pneumonia bacteriana”, afirma Ivelise Giarolla, infectologista e nossa colunista, mãe de Marina e Lorena.
A novidade é que este ano acontece a ampliação da faixa etária das crianças. Até o ano passado, a vacina era dada somente para crianças de 6 meses a 5 anos incompletos. Agora, aquelas com até 5 anos e 11 meses podem tomar a dose nos postos de saúde.
Quem mais deve tomar a vacina da gripe?
– Pessoas com mais de 60 anos
– Crianças de 6 meses até 6 anos incompletos (5 anos, 11 meses e 29 dias de idade)
– Gestantes
– Mulheres que tiveram um filho nos últimos 45 dias (puérperas)
– Trabalhadores da área da saúde
– Professores de escolas públicas e privadas
– Portadores de doenças crônicas e outras condições clínicas (leia mais abaixo)
– Povos indígenas
– Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas
– População privada de liberdade
– Funcionários do sistema prisional
Quais as doenças crônicas e condições especiais que também qualificam o paciente a receber a vacina?
– Doenças neurológicas crônicas (AVC, paralisia cerebral, esclerose múltipla…)
– Doenças hepáticas crônicas (hepatites, cirrose…)
– Doenças respiratórias crônicas (asma, DPOC, fibrose cística…)
– Doenças cardíacas crônicas (hipertensão, insuficiência cardíaca…)
– Doenças renais crônicas (paciente em diálise, síndrome nefrótica…)
– Diabetes
– Obesidade
– Imunossupressão (indivíduos que estão com o sistema imune abalado por doenças ou medicamentos)
– Trissomias (síndromes de Down, de Klinefelter, de Wakany…)
– Transplantes (órgãos sólidos e medula óssea)
Se você não faz parte desses grupos, é possível se proteger na rede privada. O preço sai entre 100 e 200 reais, dependendo da cidade.
É preciso tomar a vacina todo ano?
Sim! Para quem faz parte dos grupos alvo, é preciso fazer a atualização da dose anualmente, devido às mudanças de cepas dos vírus influenza.
Quantas doses da vacina meu filho preciso tomar?
Muda de acordo com a idade do paciente: são duas doses para crianças de 6 meses a 8 anos de idade que nunca tenham sido vacinadas contra a gripe, e uma dose única para pacientes a partir de 9 anos.
No caso das crianças que tomarão pela primeira vez, é preciso tomar a segunda dose 30 dias depois da primeira. Mas fique tranquila que os postos guardarão doses para a segunda etapa de vacinação do seu filho.
Como é a vacina?
A gripe pode ser causada pelos vírus influenza A, B e C. Segundo o Ministério da Saúde, os vírus A e B são os mais preocupantes. Em média, as cepas A causam 75% das infecções, mas pode acontecer predomínio das cepas B em algumas temporadas também — por isso, as vacinas são mudadas todos os anos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)divulgou as vacinas antigripais aprovadas para a campanha de 2019. A lista, revisada anualmente, contém as injeções cujas fórmulas foram atualizadas para se adequar às mutações do vírus influenza e outros subtipos que podem aparecer no país.
As vacinas aprovadas são:
– Fluarix Tetra, da GlaxoSmithKline Brasil Ltda
– Influvac, da Abbott Laboratórios do Brasil Ltda
– Influvac Tetra, da Abbott Laboratórios do Brasil Ltda
– Vacina Influenza trivalente (fragmentada e inativada), do Instituto Butantan
– Vacina Influenza Trivalente (subunitária, inativada), do Medstar Importação e Exportação Eireli
– Vaxigrip – Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda
Uma novidade no tipo ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é que a vacina trivalente já distribuída vai proteger também contra os vírus vírus H1N1, o H3N2 e o influenza do tipo B Victoria.
Na rede particular de saúde, o tipo tetravalente da vacina vai proteger também contra o tipo B Yamagata.
Vacinar é preciso
Em 2018, foram registrados 6.754 casos de influenza no Brasil, sendo que 1.381 pessoas morreram. E o mais preocupante: 9,3% eram crianças com menos de 5 anos. Segundo o Ministério da Saúde, 2,8 milhões de crianças menores de 5 anos não foram vacinadas durante as campanhas vacinais do ano passado. De acordo com o Programa Nacional de Imunizações, a vacinação de crianças atingiu o nível mais baixo no Brasil em 16 anos.
Vamos sempre bater na tecla da importância da vacinação. Essa queda histórica precisa levar à uma reflexão sobre o porquê dos pais não estarem cumprindo com a obrigação de proteger os filhos por meio da vacina. Deixar de imunizar as crianças na época adequada é ilegal no Brasil, já que esse é um direito assegurado há 28 anos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Enquanto é pequeno, seu filho não tem o poder de escolha sobre a vacinação e depende exclusivamente de você. Imunizar a família toda também funciona como um ato coletivo. Pense que, para uma doença conseguir sobreviver e se propagar, é preciso que outras pessoas estejam infectadas. Quanto mais gente protegida, o ciclo de um vírus ou bactéria se encerra e a doença pode ser erradicada. “Exceto para as doenças com exposição de risco individual, como o tétano e a febre amarela, a vacina funciona como uma arma coletiva da redução de circulação do agente infeccioso”, explica a pediatra Melissa Palmieri, membra da Sociedade Brasileira de Imunizações e coordenadora médica de vacinas do Grupo Hermes Pardini, filha de Antônio Carlos e Maria.
Sem medo da vacina
Qualquer pessoa que queira se proteger da doença pode ser vacinada, no entanto você precisa estar atento as contraindicações. A vacina não é indicada para pessoas que tiveram reações anafiláticas em doses anteriores ou com qualquer componente contido na solução. “Aqueles que têm alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados também não podem se vacinar”, aconselha Ivelise.
Mas aquela velha história de que a vacina leva a um quadro de gripe é mentira. Os pedaços de vírus usados na fabricação da vacina estão inativados e não conseguem causar mal algum.
Além disso, segundo a especialista, as reações são mínimas. “As vacinas utilizadas durante as campanhas contra influenza são constituídas por vírus inativados, fracionados e purificados, portanto, não contêm vírus vivos e não causam a doença”, comenta. Reações como dor no local da injeção, eritema e enduração ocorrem em 15% a 20% dos casos e geralmente vão embora em 48 horas. “Reações anafiláticas são extremamente raras”, conclui Ivelise.
Leia também:
A melhor opção é vacinar seu filho, sempre!
O inverno chegou e seu filho ficou doente. E agora?
Vacinação infantil tem menor índice dos últimos 16 anos. Mas você sabe o porquê?
Família
Fabiula Nascimento anuncia mudança em 'status de relacionamento': "O amor e o respeito continuam"
Família
Frente fria após período de intenso calor em setembro já tem data para chegar
Gravidez
Paolla Oliveira fala sobre gravidez e decisão de filhos aos 41 anos: "É libertador"
Família
Silvio Santos tinha 5 irmãos: saiba quem são eles e o que fazem atualmente
Família
Sandra Annenberg rebate críticas ao apoiar sexualidade da filha com Ernesto Paglia
Família
Nova frente fria em meio a período intenso de calor já tem data para chegar
Família
Datas de nascimento que estão ligadas ao dom da inteligência
Família
Nanda Costa desabafa aos prantos sobre situação vivida com as filhas: "Queria dividir"