Publicado em 29/08/2021, às 05h30 - Atualizado em 30/08/2021, às 10h02 por Helena Leite, filha de Luciana e Paulo
Neste domingo, 29 de agosto, acontece o Dia Nacional do Combate ao Fumo. A data foi pensada justamente para ajudar a conscientizar a população sobre os prejuízos do cigarro, que você com certeza já ouviu falar. Você sabia que o ato de fumar pode, inclusive, prejudicar sua fertilidade? Isso vale tanto para homens quando para mulheres!
Segundo dados de um artigo publicado em uma das maiores revistas de Reprodução, a Fertility and Sterility, o atraso do tempo para a concepção relacionado ao número de cigarros consumidos por dia, gerou um atraso da gravidez superior a 12 meses de tentativa em 54% das mulheres.
Alfonso Massaguer, médico ginecologista, especialista em Reprodução Assistida, aponta que o cigarro possui cerca de 4 mil componentes químicos que afetam o aparelho reprodutivo em vários níveis, com um potencial de mutação tanto para óvulos como para espermatozoides, produzindo alterações cromossômicas e de DNA. “O fumante também sofre muitas alterações hormonais e problemas de vascularização que podem afetar os testículos e outros órgãos”, explica o médico.
Por definição, a infertilidade é uma condição que decorre da incapacidade do casal de engravidar após 12 meses ou mais de tentativas por relação sexual desprotegida. Essa condição acomete cerca de 15% dos casais em todo o mundo. Os estudos apontam ainda que fumantes possuem 3x mais chances de infertilidade. “Nos homens o tabagismo altera a produção e a qualidade dos espermatozoides e está associado a maior taxa de insucesso nos tratamentos. Já nas mulheres o fumo diminui a reserva ovariana, altera a motilidade tubária, interfere na divisão de células do embrião, na formação do blastocisto, que é o embrião com cerca de 5 dias de vida, no muco cervical e na receptividade do endométrio”, acrescenta o especialista.
Além dos problemas na fertilidade, o cigarro também pode trazer uma série de complicações durante a gestação. O médico ressalta que o fumo na gravidez está associado a maiores taxas de abortos e gestação ectópica. Além disso, ele aumenta a restrição de crescimento, descolamento prematuro de placenta, placenta prévia e parto prematuro. “O comprometimento existe, o que varia é o impacto em cada indivíduo. Por exemplo, se duas mulheres fumam a mesma quantidade de cigarros pelo mesmo período, o impacto será maior naquela com mais idade, especialmente após os 35 anos”, acrescenta o médico.
O mesmo pode acontecer no caso de cigarros eletrônicos. Eles podem até ser mais populares atualmente e parecerem menos nocivos, mas a verdade é que eles são muito prejudiciais, inclusive durante a gestação. Um estudo feito pela Universidade de Durham, na Inglaterra, mostrou que eles podem ser tão ruins quanto os convencionais – e mais: se usado durante a gravidez, o cigarro eletrônico pode ser responsável por retardo do desenvolvimento do bebê. Isso acontece porque, apesar de ser considerado uma alternativa por não produzir toxinas como o monóxido de carbono, a opção ainda contém nicotina. Os resultados do estudo mostraram que bebês de mães que usaram o cigarro eletrônico durante a gravidez apresentaram reflexos anormais semelhantes às crianças de mães que fumaram cigarro na gestação.
“A nicotina pode causar efeitos negativos generalizados no sistema nervoso central, afetando subsequentemente o desenvolvimento do cérebro, com estudos em animais indicando os efeitos devastadores. Embora os e-cigarros possam expor a mãe a menos toxinas do que os cigarros, dada a quantidade descontrolada de nicotina no consumo de e-cigarros e os efeitos no feto que podem ser vistos após o nascimento, não acreditamos que as mães devam ser encorajadas usar cigarros eletrônicos durante a gravidez”, Suzanne Froggatt, autora principal do estudo, disse na publicação da pesquisa na revista E Clinical Medicine. Veja mais informações sobre esse estudo CLICANDO AQUI.
Mesmo sabendo das complicações que o cigarro pode trazer, parar de fumar costuma ser uma tarefa muito difícil. Segundo o pneumologista do Hospital 9 de Julho, Alexandre Kawassaki, o ideal é marcar uma data limite para alcançar sua meta, como se fosse para começar uma dieta. Ao contrário do que a sabedoria popular afirma, “É melhor cortar de uma vez do que parar gradativamente”, diz o médico.
O suporte familiar também é essencial e, caso a gestante não consiga parar de fumar sozinha ou com o apoio dos familiares, é preciso procurar a ajuda de um especialista. Adesivos de nicotina e a maior parte dos remédios não podem ser utilizados durante a gravidez. “Se uma mulher está tentando engravidar e não conseguiu parar de fumar, o ideal é procurar um médico para que ele indique as melhores formas e tratamento”, ressalta o Dr. Fabio Cabar, médico especialista em reprodução humana. Veja mais dicas para abandonar o cigarro de vez:
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