Publicado em 17/10/2020, às 10h12 por Marina Paschoal, filha de Selma e Antonio Jorge
Há quem prefira usar o cigarro eletrônico do que o convencional por acreditar que ele é menos prejudicial à saúde. Mas um novo estudo feito pela Universidade de Durham, na Inglaterra, mostrou que eles podem ser tão ruins quanto os convencionais – e mais: se usado durante a gravidez, o cigarro eletrônico pode ser responsável por retardo do desenvolvimento do bebê.
Apesar de ser considerado alternativa por não produzir toxinas como o monóxido de carbono, a opção ainda contém nicotina. Os resultados do estudo mostraram que bebês de mães que usaram o cigarro eletrônico durante a gravidez apresentaram reflexos anormais semelhantes às crianças de mães que fumaram cigarro na gestação.
“A nicotina pode causar efeitos negativos generalizados no sistema nervoso central, afetando subsequentemente o desenvolvimento do cérebro, com estudos em animais indicando os efeitos devastadores. Embora os e-cigarros possam expor a mãe a menos toxinas do que os cigarros, dada a quantidade descontrolada de nicotina no consumo de e-cigarros e os efeitos no feto que podem ser vistos após o nascimento, não acreditamos que as mães devam ser encorajadas usar cigarros eletrônicos durante a gravidez”, Suzanne Froggatt, autora principal do estudo, disse na publicação da pesquisa na revista E Clinical Medicine.
Apesar do peso ao nascer, período de gestação e perímetro cefálico não apresentarem anormalidades, esses bebês podem ter comportamentos como não conseguir agarrar o dedo com a mão ou se assustarem com a falta de apoio na cabeça – e segundo os estudiosos, esses podem ser sinais de desenvolvimento cerebral prejudicado.
A pesquisa mostrou que bebês expostos à nicotina no útero – seja por cigarros eletrônicos ou não – tiveram um número maior de reflexos anormais. Além disso, eles foram menos capazes de se controlar quando comparados a bebês não-fumantes, ou seja, podem ser mais difíceis de serem consolados e acalmados ao chorar e de fazer movimentos mão-boca.
A diferença também ficou claro quanto a redução de maturidade motora dos bebês, como ser flexível ou rígido quando segurado no colo.
Para chegar à essas conclusões, os pesquisadores analisaram resultados neurocomportamentais de mais de 80 bebês – sendo 44 de mães que não fumaram durante a gravidez, e 29 que fumaram cigarros e 10 que fumaram cigarros eletrônicos.
“As mães não devem ser incentivadas a usar cigarros eletrônicos durante a gravidez. Os formuladores de políticas de saúde pública precisam estar cientes de que o uso de cigarros eletrônicos não é isento de riscos”, reforça Professora Nadja Reissland, co-autora do estudo na publicação da revista E Clinical Medicine.
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