Publicado em 08/07/2022, às 13h56 - Atualizado em 11/07/2022, às 09h57 por Carolina Ildefonso, mãe de Victor
O Instituto Butantan criou comitê para estudar sobre a necessidade da vacina contra a varíola dos macacos para análises, estudos e propostas que tratem respeito ao assunto, inclusive, a eventual produção de vacina contra a monkeypox. Em razão do aumento constante de casos no país, o diretor do Instituto, Dimas Covas nomeou nove especialistas da Fundação e do Instituto Butantan para analisar, realizar estudos e monitorar os casos, em São Paulo.
Na década de 70, o Butantan chegou a produzir uma vacina para imunizar a população contra a varíola humana, que é ainda mais agressiva do que a varíola dos macacos. Segundo o presidente do departamento de imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri, pai de Mariana e Luciana, já existem vacinas que são eficazes contra este tipo de infecção, atualmente aplicadas em militares que vão pra África e profissionais de laboratório que lidam com o vírus diretamente.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou nesta quarta-feira, 6, que uma nova reunião com membros do Comitê de Emergência da entidade foi convocada para a semana do dia 18 de julho. No mês passado, o grupo discutiu o assunto, e até então não havia necessidade de decretar emergência de saúde pública. Entretanto, com os novos casos a decisão precisa ser revista. Já são mais de 7 mil casos em 58 países. “Eu continuo preocupado com a escala e a propagação do vírus ao redor do mundo. A Europa é o atual epicentro deste surto, registrando mais de 80% dos casos, mas, na África, casos estão aparecendo em países que não eram afetados antes e o número de casos registrados estão batendo recordes em locais que já tinham experiência prévia com o vírus”, declarou.
Em nota, o ministro da Saúde informa que está articulando com a Organização Mundial da Saúde (OMS) as tratativas para aquisição da vacina contra a monkeypox. “A OMS coordena junto ao fabricante, de forma global, para melhorar o acesso ao imunizante nos países com casos confirmados da doença. É importante ressaltar que a vacinação universal não é preconizada pela OMS em países não endêmicos da doença, como o Brasil. A recomendação da vacinação, até o momento, é para profissionais de saúde e contatos de casos confirmados”, informa o comunicado.
Segundo o Ministério da Saúde, monkeypox é um vírus que pertence ao gênero orthopoxvirus, considerado uma zoonose viral e transmitido aos seres humanos a partir de animais. O nome se origina da descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório dinamarquês em 1958. O primeiro caso humano foi identificado em uma criança na República Democrática do Congo em 1970. Atualmente, segundo a OMS esclareceu, a maioria dos animais suscetíveis a este tipo de varíola são roedores, como ratos e cão-da-pradaria.
A Europa, o epicentro da transmissão da doença, e os Estados Unidos já estão vacinando parte da sua população considerada de risco. Entretanto, ainda não há vacina suficiente para vacinar toda a população. Com o número crescente de casos, a ONU orienta os países a vacinar quem teve contato com pessoas infectadas e profissionais de saúde. A entidade também pede que os países que apresentam casos informem sobre seu estoque de vacinas e, em caso excedente, se disponibilizem a oferecer imunizantes para países mais pobres.
Os sintomas podem ser confundidos com uma gripe, como febre, fadiga, dor de cabeça e dores musculares, mas em geral, de a um a cinco dias após o início da febre, aparecem as lesões na pele, que aparecem inicialmente na face, espalhando para outras partes do corpo.
Elas vêm acompanhadas coceira e aumento dos gânglios cervicais, inguinais (ínguas) e uma erupção formada por pápulas (calombos), que mudam e evoluem para diferentes estágios até cicatrização. Vale ressaltar que uma pessoa é contagiosa até que todas as cascas caiam —as casquinhas contêm material viral infeccioso— e que a pele esteja completamente cicatrizada.
Assim como com outras doenças contagiosas o isolamento da pessoa infectada é o mais indicado. A varíola pode ser transmitida desde o momento em que os sintomas começam até que a erupção cutânea tenha cicatrizado completamente. O período de incubação – tempo de contágio e início da doença – é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a OMS.
Para tranquilizar as famílias, a Pais&Filhos conversou com alguns pediatras e infectologistas que explicam se as crianças fazem parte o grupo de risco. E a boa notícia é que: NÃO! A imunologista pela USP, Brianna Nicoletti, mãe de Felipe e do João Pedro, explica que entre os grupos de risco estão pessoas imunossuprimidas, idosos e crianças (que ainda não têm o sistema imunológico formado, como por exemplo, os recém-nascidos).
Segundo o pediatra as Sociedade Brasileira de Pediatria, Paulo Telles, pai de Leonardo e Carolina não há motivo para se desesperar, pois a ameaça para a população é baixa e para as crianças é ainda menor. “Nos últimos tempos, a taxa de letalidade da varíola dos macacos varia de cerca de 3 a 6% conforme dados da OMS. Os pesquisadores que têm acompanhado o surto atual afirmam que é tão raro em crianças que é mais provável que qualquer lesão de pele em criança seja causada pelas doenças comuns na infância, como a catapora ou doença da mão-pé-boca por exemplo”, explica o médico.
O presidente do departamento de imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri, pai de Mariana e Luciana, explica ainda que em toda a história foram vistos poucos casos em crianças e o potencial endêmico é muito menor do que as doenças respiratórias, como a covid, principalmente nessa época do ano. “Não há motivo para pânico, dificilmente teremos uma grande onda de infecções, ainda mais em crianças. O foco nesse momento são as doenças sazonais” tranquiliza ele.
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