Publicado em 29/09/2019, às 10h41 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h22 por Redação Pais&Filhos
Não tenho dúvidas em afirmar que as vacinasestão entre as principais descobertas da medicina em toda a história. Este pensamento é compartilhado pela maioria dos médicos, tendo em vista o número de pessoas que adoeciam ou morriam de doenças infecciosas que são cada vez mais raras nos dias de hoje.
Lembro que atendia muitas crianças com catapora nos meus primeiros anos como médico, na década de 1990. No entanto, depois da implantação da vacinação ao longo do segundo ano de vida, houve uma redução significativa do número de casos de catapora, especialmente os mais complicados.
Não me lembro de ter visto nos últimos anos alguma criança com catapora, fato este que me deixa feliz. Essa doença é infecciosa, causada pelo vírus varicela-zoster, que é facilmente transmitido. Os sintomas incluem febree pequenas bolhas (vesículas) na pele e nas mucosas, que podem se espalhar para todo o corpo. Na maioria das vezes não provoca sequelas, mas pode ser intensa e grave, com comprometimento de órgãos internos, como sistema nervoso central e pulmões. O tratamento é sintomático, e inclui higiene da pele com água e sabão e o uso de antitérmicos, nos casos de febre.
Se eu pegasse catapora, poderia continuar a amamentação ou deveria interromper?
Lígia Virdes, mãe de Lucas e Catarina
As situações devem ser analisadas individualmente, mas nos casos de mulheres sem imunidade, a chance de transmissão é alta. Se a mãe fica doente 5 dias antes ou 2 dias depois do parto, o caso pode ser grave e são necessários cuidados, que incluem a interrupção da amamentação. Depois de 3 dias do parto, a contaminação tende a ser mais leve e o aleitamento pode ocorrer, desde que se tome cuidados como lavar as mãos e tampar as lesões. A única limitação é a presença de bolhas no mamilo ou próximo dele, o que aumenta a chance de transmissão.
De que maneira acontece o contágio? Existe algum tipo de precaução para bebês que ainda não têm a idade da vacina?
Deborah Lazzari, mãe de Isaac
O contágio ocorre através do contato direto com as vesículas na pele ou pelas gotículas de saliva, e é mais comum na fase inicial da doença. Depois que as bolhas secam e tornam-se crostas (casquinhas), não há mais contágio. Com relação aos bebês, a melhor prevençãoconsiste em evitar o contato com pessoas com suspeita ou diagnóstico confirmado, uma vez que a vacinação contra a catapora é realizada apenas com 1 ano de idade na rede particular, e com 1 ano e 3 meses na rede pública.
O risco é maior em alguma idade? Qual a possibilidade de contágio mesmo com as vacinas em dia?
Daniele Repzuk, mãe de Maria
É mais comum na infância, pois as crianças frequentam creches e escolas e estão mais expostas. No entanto, todas as pessoas que não tiveram a doença ou a vacina, têm risco de serem infectadas. Felizmente a imunizaçãotem alto grau de proteção e reduz a chance de contrair a doença. Quem foi vacinado até pode pegar catapora, mas bem mais leve e com pouquíssimas bolhas. O principal objetivo da vacinação é proteger das formas mais graves da doença, com acometimento de órgãos internos e até com risco de morte em situações muito raras.
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