Publicado em 11/06/2021, às 07h17 - Atualizado às 07h42 por Cecilia Malavolta, filha de Iêda e Afonso
O início da campanha de vacinação, em janeiro de 2021, encheu a população de esperança por dias melhores, mas é preciso entender o que muda a partir de agora: com a vacina se tornando realidade na vida das pessoas, isso significa que a rotina do dia a dia vai voltar ao que era antes imediatamente?
A resposta é não. Apesar da vacina contra a Covid-19 mostrar uma luz no final do túnel, especialistas defendem que manter as medidas de segurança e policiar comportamentos que podem colocar em risco a saúde de milhares de pessoas ainda é algo extremamente necessário – principalmente para que não haja uma maior disseminação da doença entre a população.
A dra. Letícia Kawano-Dourado, mãe de Inácio e Lúcia, médica pneumologista e pesquisadora que assessora a Organização Mundial da Saúde (OMS) na elaboração de diretrizes no tratamento do coronavírus afirma que qualquer máscara já é melhor do que nenhuma quando o assunto é diminuir o contágio pela covid-19 – uma vez que ele acontece por meio das gotículas que emitimos na hora de falar, tossir e espirrar.
No entanto, algumas garantem maior segurança em lugares fechados e aglomerados, que são a PFF2, N95 e a KN95, isso porque, de acordo com a médica: “Nesse cenário, a quantidade de aerossol com Sars-Cov-2 é tal, que mesmo você de máscara simples (de tecido ou cirúrgica) pode acabar contraindo a doença pelas partículas pequenas, que a máscara convencional não protege”.
Dra. Kawano explica que é melhor que o público infantil faça uso dessa proteção, apesar de apresentarem quadros mais leves e menos letais. “E isso, porque elas entram na cadeia de transmissão da doença e a gente não quer que ela vá transmitir para os avós, para os pais”, diz. A pneumologista ainda destaca que por mais que o uso do protetor funcione para algumas crianças, não significa que ele vá ter o mesmo resultado para todas. “A partir dos 5 anos a criança tem a total condição de compreender a situação e caso ela consiga usar [a máscara], ótimo”, reforça a Dra. Kawano.
Para a Dra. Letícia Kawano a maior dificuldade dos modelos PFF2, N95 e a KN95 para as crianças é em relação a adaptação. “Como ela veda mais, a adaptação pode ser mais difícil. Dessa forma, nessas situações em que a criança não se adapta bem a esse tipo de proteção, é importante evitar locais fechados e aglomerados, como: ônibus, lojas e supermercados cheios, que são onde esse tipo de máscara é necessário”. Caso a máscara não caiba no rosto do seu filho, Letícia compartilha uma dica de ouro: “Caso não tenha máscara adaptada para o rosto da criança, basta pegar o tamanho adulto e dar um nó nas duas fitas que vão atrás da orelha. Fica perfeito”.
A especialista entende que os tipos mais simples de máscaras (tecido ou cirúrgicas) são mais fáceis para o uso infantil, mas ressalta que a preferência deve ser sempre para os modelos com três camadas de filtragem, assim como para os adultos.
Vale ressaltar que bebês ou crianças que não possuem coordenação psicomotora para conseguir resolver algum bloqueio na respiração não devem usar nenhum tipo de máscara, justamente pelo risco de sufocação. “Apenas crianças que, para em caso da máscara incomodar de alguma forma, consigam tirá-las do rosto devem utilizá-las”, pontua a pesquisadora.
E o debate da eficiência das máscaras vai ainda além – elas são suficientes para não adquirirmos o vírus? “Ela não a única medida, mas tem sim papel central, junto com a ventilação do ambiente. As duas medidas mais importantes e que garantem maior segurança das pessoas nesses tempos de isolamento”, explica a Dra. Kawano.
Para preservar a saúde e impedir que mais pessoas se contaminem com o vírus, mantenha o distanciamento social e fique em casa sempre que possível – saia somente quando necessário e, quando sair, use máscara e higienize bem as mãos. Não leve-as para o rosto e nem toque olhos, nariz e boca quando estiver fora de casa.
Não compartilhar objetos de uso pessoal, higienizar compras de mercado e outros produtos também permanecem na lista de coisas a se fazer para proteger você e outras pessoas. O mais importante: se você se contaminou com Covid-19, se isole e não entre em contato com outras pessoas – principalmente as do grupo de risco.
Em 17 de janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avaliou o pedido de uso emergencial de duas vacinas contra a covid-19, a Coronavac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac, e a da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), desenvolvida em parceria com a Oxford/AstraZeneca. Transmitida ao vivo, a Anvisa aprovou o uso emergencial do uso de ambas as vacinas. Graças à decisão, a enfermeira Monica Calazans, de 54 anos, foi a primeira brasileira a receber a vacina contra o coronavírus. Ela trabalha na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, e também faz parte do grupo de risco da doença.
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