Publicado em 14/01/2021, às 15h04 - Atualizado em 18/01/2021, às 08h17 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
Após a divulgação dos dados da CoronaVac serem apresentados pelo Instituto Butantan nesta semana durante uma coletiva de imprensa, surgiram algumas dúvidas sobre a taxa de eficácia geral de 50,38%, além da de 78% para casos leves e de 100% para os moderados e graves da doença.
Para esclarecer o que significa cada um dos números, conversamos com o Dr. Lívio Dias, infectologista do Centro de Reprodução Humana Santa Joana, filho de José Carlos e Maria Lúcia, com a Dra. Elisa Miranda Aires, infectologista da DaVita Serviços Médicos, filha de Raymundo e Glaudomir, e com o Dr. Francisco Ivanildo de Oliveira Jr, Médico infectologista, Gerente de Qualidade do Hospital infantil Sabará e membro da Sociedade Paulista de Infectologia (SPI), pai de Beatriz.
Para chegar ao número de 50,38%, foi feito o cálculo com os 252 casos de pessoas infectadas do grupo vacinado e placebo, com qualquer gravidade da doença. Com isso, alcançou-se o número de proteção, mostrando que 50,38% possuem um menor risco de adoecer. “A eficácia global indica que no grupo que recebeu a vacina, comparado ao grupo que recebeu o placebo, ocorreu uma redução de mais de 50% na ocorrência da COVID-19, mesmo em formas bem leves da doença, com pouco sintomas. Uma outra forma de traduzir esse número é dizer que, no grupo de vacinados, ocorreram menos da metade das infecções do que seria o esperado, caso não tivessem recebido a vacina”, explicou Lívio Dias.
Como exemplo, o infectologista do Centro de Reprodução Humana Santa Joana comentou como funciona na prática: “Para dar um exemplo, acompanhando 10.000 pessoas que não receberam a vacina, usando números semelhantes ao do estudo, diríamos que 360 pessoas teriam COVID-19, por outro lado, vacinando 10.000, esse número de indivíduos que adoeceria cairia pela metade, ou seja, aproximadamente 180 casos”. Em seguida, a Elisa Miranda complementa: “O número mínimo aceitável de eficácia de uma vacina, pela Organização Mundial da Saúde, é de 50%. O ideal seria uma vacina o mais próximo de 100% de eficácia, mas até o momento nenhuma apresentou esta eficácia”.
No caso de infecções consideradas leves, ou seja, se o paciente apresentou poucos sintomas ou recebeu algum tipo de assistência médica (sem precisar de internação), a taxa de eficácia foi de 78%. Além disso, Francisco Ivanildo levantou outros pontos importantes para serem levados em conta: “Teoricamente, a vacina da Pfizer é melhor que a CoronaVac, mas por outro lado, a gente tem que levar em consideração uma série de fatores que são importantes e que precisam ser considerados principalmente em países, de média e baixa renda como é o caso do Brasil. Então, o preço de cada dose da CoronaVac é muito inferior, assim como da vacina de Oxford, do que o preço da vacina da Pfizer e a da Moderna. Então com o mesmo valor eu consigo vacinar um número muito maior de pessoas. Além disso, algo que é muito importante também é quais são os cuidados, logística e estrutura que eu preciso ter para garantir a conservação dessa vacina em temperatura adequada”.
Ainda sobre os 78%, Lívio completou sobre a importância do número ser significativo: “Outra informação importante se relaciona às formas de COVID-19 com mais repercussão clínica, ou seja, aquelas que demandam algum tipo de atendimento médico, essa redução com a vacinação foi ainda mais significativa atingindo quase 78%. Esses números são muito positivos e outras vacinasjá utilizadas na rotina do calendário vacinal, conseguem ter resultados excelentes ainda que com uma eficácia menor que a demonstrada pelo estudo da CoronaVac no Brasil. Combinados com os dados de segurança que demonstraram poucos e leves eventos adversos, a vacina se mostra muito promissora no auxílio ao controle da pandemia”.
Neste caso, o estudo foi feito com 13.060 voluntários, todos profissionais da saúde, pois são mais expostos à doença. Para a realização da pesquisa, metade do grupo tomou a CoronaVac e a outra metade recebeu placebo. No grupo vacinado, não houve nenhum caso moderado ou grave da doença, já no grupo placebo, sete casos foram registrados.
“No caso da vacina do Butantan, que é a CoronaVac, uma vacina de vírus inativado, é amplamente uma tecnologia que já é dominada pelo Instituto Butantan, que já produz outras vacinas baseadas nessa mesma tecnologia como a vacina da gripe, por exemplo. Então esses são outros fatores que a gente tem que levar em consideração para a avaliar se é interessante comprar, produzir e escolhê-la para ser usada na população”, conclui o infectologista, Gerente de Qualidade do Hospital infantil Sabará e membro da Sociedade Paulista de Infectologia (SPI). Vale lembrar que para a aprovação de vacinas tanto da Anvisa, organizações reguladoras americanas e europeias e ainda pela própria Organização Mundial da Saúde, a taxa deve ser de no mínimo 50%.
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