Publicado em 27/03/2020, às 09h45 - Atualizado em 16/01/2023, às 09h18 por Yulia Serra, Editora | Filha de Suzimar e Leopoldo
As pessoas obesas fazem parte do grupo de risco do coronavírus. Mas o que isso significa? Que esse grupo tem maiores chances de contrair a doença e de que ela se complique, por ter a saúde mais debilitada. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é considerado obeso alguém com o índice de massa corporal (IMC) maior do que 30kg/m². A especialista em nutrição da Clínica Ravenna Flávia Fernandes dá mais detalhes sobre o assunto.
“A obesidade é uma doença crônica que involve inflamação contínua do organismo. Não gera dor, mas a longo prazo interfere nos sistemas e órgãos. Isso favorece a debilitação do sistema imunológico, por estar tentando ‘resolver’ aquela inflamação, deixando o corpo mais vulnerável contra infecções, de forma geral” explica. Além disso, a obesidade também dificulta a expansão do tórax durante a respiração, diminuindo a capacidade pulmonar desse indivíduo.
Considerando a pandemia atual, ela faz um alerta: “Mais do que nunca é o momento que o indivíduo obeso deve focar nas estratégias de cuidados com a saúde. Priorizando o controle do estresse (meditação por exemplo), atividade física (mesmo estando em casa, existem várias opções de treinos online e aplicativos), qualidade e tempo de sono, alimentação equilibrada (priorizando o consumo de frutas, verduras e legumes que são ricos em fibras, vitaminas e minerais, além de serem antioxidantes, favorecendo a imunidade)”.
Esse é um bom momento para melhorar a qualidade das refeições, sem se deixar comer compulsivamente por ansiedade. “É importante que a alimentação não seja mais um estresse para seu corpo. Em isolamento dentro de casa, o gasto calórico está reduzido, pois passamos muito tempo sentados”, conta, por isso vale apostar nas opções citadas acima, veja alguns exemplos para fortalecer a imunidade:
Assim como tem indicações, tem contraindicações. Nesse momento, a especialista lembra que se deve evitar o excesso de carboidratos refinados (pão, arroz, massas, bolachas), açúcares e doces, assim como bebida alcoólica. É fundamental que pessoas do grupo de risco permaneçam em casa seguindo também as medidas de prevenção relacionadas à higiene das mãos, pois o isolamento e esse cuidado ainda são as soluções mais eficazes para impedir a disseminação do vírus.
Para as crianças com o mesmo quadro, servem as mesmas recomendações que os adultos. “Sempre pensando na qualidade da alimentação e cuidado com os beliscos”, orienta. Uma dica é realizar as refeições em famílias, e estimular seu filho a ajudar no preparo de receitas. Isso irá despertar o interesse de comerem melhor. “Não é um momento de férias, mas, sim, de cuidar mais do que nunca da alimentação”, finaliza.
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