Publicado em 14/11/2018, às 17h12 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h24 por Jennifer Detlinger, Editora-chefe | Filha de Lucila e Paulo
A primeira ida da criança ao dentista deve acontecer assim que os primeiros dentinhos começarem a surgir — dessa forma, o odontopediatra consegue avaliar a dentição e a saúde bucal do bebê antes que que aconteça algum problema.
Além disso, essa atitude evita que seu filho tenha o famoso medo de dentista no futuro. Segundo a odontopediatra Fabiana Turkieniez, mãe de Manoela, o futuro da odontologia está diretamente centrado na saúde bucal do bebê de hoje.
Muitas vezes, o medo dos próprios pais acaba sendo refletido nos filhos, que podem reproduzir o comportamento quando crescem. Por isso, o ideal é que pais e dentistas saibam como ajudar as crianças que querem fugir do consultório e reforçar a importância do cuidado bucal desde os primeiros anos de vida.
“Um ambiente familiar pode ajudar a diminuir a ansiedade, além de promover um bem-estar emocional, maior interesse, motivação e cumplicidade no tratamento proposto”, explica Fabiana.
Um cuidado mais humanizado
Cada dentista tem seu recurso para ajudar a criança em momentos de aflição e ansiedade. “De forma lúdica e criativa, eu consigo me aproximar ainda mais do paciente infantil, proporcionando benefícios com os cuidados da saúde bucal”, conta Fabiana.
Durante anos em atendimentos em consultório com crianças, a especialista percebeu que que seria muito melhor fazer o atendimento inicial em ambientes que elas mais ficam à vontade — ou seja, na própria casa. “Ensino a técnica de escovação, uso de escova dental, escova dental elétrica, quantidade de pasta apropriada, uso do fio dental, profilaxia profissional e aplicação de flúor. Além disso converso com os pais sobre as principais dúvidas em relação à formação dentária do filho, faço brincadeiras, e finalizo a consulta com uma lembrancinha, um presente que deixa o paciente feliz, e os pais mais ainda por não precisarem sair de casa para fazer a prevenção na saúde bucal do filho”, explica Fabiana.
Dessa forma, a especialista também defende que a vida corrida não é mais uma desculpa para não levar a criança ao dentista. “A criança fica em um ambiente em que se sente mais confortável. Existe um aconchego maior, que cria mais intimidade para eu desenvolver meu trabalho nesse primeiro contato. Depois, nós levamos ao consultório para procedimentos maiores”.
Higiene bucal logo cedo
Fabiana também reforça que é preciso colocar a higiene bucal como um hábito diário e fácil de ser feito. “Muitas vezes ela é esquecida. Tudo que a gente traz para as crianças em forma de educação, elas levarão para o futuro, assim como uma alimentação saudável“, defende.
Se feito da forma certa com as crianças logo no começo da vida, o cuidado bucal evita doenças como gengivite, além da cárie. “Quando se tem hábitos corretos, a cárie raramente aparece. É um descontrole entre má alimentação e escovação. Se a criança se alimenta corretamente, dificilmente vai ter cárie”, finaliza Fabiana.
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