Família

Juntos é possível: qual é a importância de ter uma rede de apoio para criar os filhos?

Quanto mais a criança se relacionar com outras pessoas, mais ela vai captar o sentido do mundo e vai encontrar a sua singularidade - iStock
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Publicado em 23/05/2019, às 13h21 - Atualizado em 31/05/2022, às 08h32 por Redação Pais&Filhos


Quem é que não tem na família uma avó que libera tudo, um tio brincalhão e uma madrinha carinhosa? Pai e mãe são essenciais na criação dos filhos, mas ter por perto pessoas dispostas a ceder um pouco do seu tempo e afeto com eles é supergratificante.

A convivência com pessoas diferentes traz muitos benefícios para as crianças, porque assim elas descobrem e aprendem que existem outros pontos de vista. Segundo Renata Capeli, mãe de Gabriel, doutora em psicologia da educação e membro da Sociedade Brasileira de Psicologia, quanto mais a criança se relacionar com outras pessoas, mais ela vai captar o sentido do mundo e vai encontrar a sua singularidade. Isso significa que quanto mais ela conhecer as diferenças, mais vai conseguir se encontrar e ter a capacidade de decidir, no futuro, o que é melhor para ela.

Quanto mais a criança se relacionar com outras pessoas, mais ela vai captar o sentido do mundo e vai encontrar a sua singularidade (Foto: iStock)

Diferenças do bem

Conviver com a diversidade de pensamento é essencial para o desenvolvimento das crianças. É assim que elas vão aprender sobre tolerância quando forem surpreendidas por conflitos. “É vivenciando novas experiências que elas percebem diferentes maneiras de lidar com as situações”, explica a especialista.

Quando seu filho está habituado a se relacionar com outras pessoas, fica mais fácil de colocá-lo ou mudá-lo de escola, por exemplo. Além disso, a presença de mais pessoas pode fazer com que ele seja menos tímido. Os diferentes universos que ele tem contato, que vão além dos pais, garantem também mais capacidade de negociação e conversação. “É uma criança que diante de uma dúvida na escola, por exemplo, vai conseguir perguntar à professora sem se constranger. Não ficará envergonhada de se expor”, acrescenta a psicóloga.

Suporte emocional

Além de todas essas vantagens que o contato com diferentes pessoas proporciona às crianças, ainda faz um bem danado para a inteligência emocional delas. Aquele almoço de domingo com a família reunida ou mesmo os encontros mais esporádicos, como o Natal ou Páscoa, já fazem toda a diferença para a criança.

Conviver com a diversidade de pensamento é essencial para o desenvolvimento das crianças (Foto: iStock)

Aceitar não é terceirizar

Comprovamos o ditado. A união faz mesmo a força! Precisamos, sim, contar com a ajuda de quem estiver por perto e com disponibilidade para auxiliar na criação deles. É importante saber, no entanto, que aceitar o auxílio da família, seja dos avós, tios, padrinhos ou amigos, não quer dizer que os pais vão terceirizar a criação dos filhos e as responsabilidades.

De acordo com o Dr. José Martins Filho, presidente da Academia Brasileira de Pediatria e autor de diversos livros sobre relações familiares, pai de Graziella e Fabio, é normal contar com o apoio de outros para ajudar na criação do filho, mas há tarefas que só devem ser realizadas pelos pais, até mesmo para estes não perderem a autoridade e o vínculo com as crianças.

Existe um limite em aceitar essa aproximação e ajuda de terceiros. “A mãe e o pai devem perceber que avós, tios, padrinhos, babás e escolas podem colaborar, sim, mas há funções importantes que devem continuar sendo realizadas pelos pais, como alimentar, acalentar, conversar e velar o sono, por exemplo. As decisões sobre a educação das crianças devem partir sempre dos pais!”.

E quem também afirma isso é Juliana dos Santos Corbettm, mãe de Augustus e professora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera de Campinas, São Paulo. “A família agrega muito valor na vida das crianças porque amplia a sensação de segurança”, ela explica. Dessa forma, ela se sentirá mais confiante nas relações futuras, porque vai saber que pode contar com um número maior de pessoas quando for necessário.

Há tarefas que só devem ser realizadas pelos pais, até mesmo para estes não perderem a autoridade e o vínculo com as crianças (Foto: iStock)

Quase da família

E esse apoio (do presente e do futuro) não vem apenas da família, não. Amigos e de padrinhos – mesmo que não tenham laços sanguíneos – também são superbem-vindos! E isso porque quando uma criança nasce, ela muda tudo ao seu redor, inclusive a maneira como o ciclo de amizades dos pais vai se relacionar. E, mais tarde, essas pessoas serão chamadas de tios e vão adorar o novo apelido!

Ter uma rede de apoio faz toda a diferença, escolher pessoas (e ser escolhido por elas também) para criar nossos filhos juntos é bom demais. Criar sua própria tribo é essencial para a criança e para os pais. Porque, como costumamos dizer por aqui, ninguém cria filho sozinho.

E engana-se quem pensa que a presença de familiares e amigos traz só benefícios para os filhos. O pai e mãe também lucram com todo esse apoio. Porque, afinal de contas, quanto mais acolhidos, mais fácil fica lidar e encarar todas as mudanças que chegada de um bebê causa. E, veja bem, pitacos na criação deles podem surgir. A dica é se impor, de maneira sutil, e mostrar quem está no comando da situação.

Quanto mais, melhor!

Aproveitar o convívio dos familiares e amigos traz vários benefícios para as crianças, como:

  • Capacidade de negociação;
  • Facilidade de fazer amigos;
  • Menos timidez;
  • Diferentes visões de mundo;
  • Habilidade em lidar com as diferenças;
  • Mais tolerância.

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