Publicado em 08/09/2021, às 12h00 - Atualizado em 16/01/2023, às 09h01 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
A prisão de ventre, ou constipação, costuma ser um problema bastante comum em qualquer fase da vida. Mas você sabia que ela pode ser dividida em graus de intensidade? No caso da constipação severa, também conhecida por constipação secundária, é muito importante não ignorar, pois pode evoluir para algo mais grave se não tratado.
Para tirar as principais dúvidas sobre o tema, conversamos com o nutricionista Rogério Oliveira e também com o gastroenterólogo, Dr. Gustavo Patury, Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva e Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica.
A constipação é o termo usado para quando o intestino está preso ou ressecado. Segundo o gastroenterólogo, isso acontece quando o paciente possui dificuldades para evacuar. “Além disso, ele tem que fazer muito esforço para esvaziar o intestino e, mesmo assim, não passa de três vezes por semana”, explica.
Geralmente, a constipação é mais frequente em mulheres, crianças e idosos. “Muitos pacientes chegam ao ambulatório hospitalar por causa dela e acham que tem constipação, mas na verdade o ritmo do intestino é lento. Não é necessário evacuartodos os dias, o mais importante é conhecer o seu organismo, investigar e fazer acompanhamento com seu médico regularmente”.
Podendo ser dividia em três tipos, a doença é classificada em primária, secundária e crônica. Veja abaixo o que cada um dos sinais significa e como você pode identificar a constipação:
Segundo o Dr. Gustavo Patury, os sintomas podem ser variados. Geralmente, a constipação secundária (severa), ocorre por consequência de outras doenças, por isso é muito importante ficar de olho caso seu filho apresente sinais como:
O nutricionista Rogério Oliveira explica que por mais que os pais sigam a programação alimentar recomendada para os filhos, a constipação em bebês e crianças também pode acontecer. “Nos bebês que se alimentam com o leite materno as chances são bem pequenas já que ele é de fácil digestão e promove a maturação intestinal devido ao crescimento das bactérias benéficas para a defecação. Se o bebê for alimentado com fórmulas adaptadas é importante saber exatamente a dosagem certa para evitar prisão ventre que também pode ser causada pelo uso de mamadeiras, algumas ainda permitem a passagem de ar e podem causar cólicas”.
Já em crianças, o especialista dá explica como o problema pode ocorrer após a ingestão de sólidos ou da transição alimentar. “Isso ocorre devido à necessidade do intestino em se acostumar com a composição de novos nutrientes”. O gastroenterólogo completa dizendo que “a constipação em crianças pequenas e bebês representa cerca de 5% das consultas médicas”. “Ela acontece em três momentos: o primeiro é quando alimentos sólidos são introduzidos na alimentação. O segundo ocorre durante o desfralde, e o terceiro é no início da vida escolar. Muitos casos de constipação estão ligados ao psicológico, nessas etapas da evolução da criança o lado emocional interfere bastante, assim como as questões comportamentais”, explica o Dr. Gustavo. Saiba mais sobre prisão de ventre em bebês.
Identificar a constipação severa, principalmente em crianças, não é uma tarefa simples. Por isso, é importante avaliar e procurar um médico especialista para que o tratamento seja realizado o mais precoce possível. Converse com o especialista se seu filho:
Devem ser realizados exames de laboratório, como o de sangue oculto nas fezes, imagem e hemograma. Além disso, é importante que o médico especialista faça o levantamento da história do paciente. A realização de testes é o diferencial para realizar o diagnóstico e conduzir o melhor tratamento para o paciente.
O tratamento irá depender do diagnóstico do paciente. “Para cada um deles há uma abordagem específica. Em alguns casos será necessário o uso de medicamentos e até intervenções cirúrgicas. Recomendo uma dieta balanceada rica em frutas e verduras e ingestão de bastante líquido. Mas, não recomendo de forma alguma, o uso de laxantes sem orientação médica. A automedicação pode agravar, e muito, a situação”, recomenda o gastroenterólogo.
Em alguns casos, é possível evitar a constipação com a mudança de hábitos: “Se ela estiver relacionada a intolerâncias, hábitos ruins de alimentação ou síndrome do intestino irritado é possível adaptar a rotina do paciente, claro que com exames e diagnóstico em mãos, com alimentação saudável, rica em fibra, bastante ingestão de água e pratica atividade física”, comenta o nutricionista.
Mas, em alguns casos, infelizmente não é possível prevenir a constipação severa, “pois elas podem ser causadas por outras doenças e nesses casos precisam da avaliação de um médico do aparelho digestivo para realizar o tratamento”.
“Os alimentosque mais ajudam tanto na prevenção quanto no tratamento são os ricos em fibras e em água. Cereais integrais, frutas com cascas e legumes crus, são exemplos de alimentos abundantes em fibras. Além disso, a água é um fator importante pois ajuda na formação do bolo fecal e facilita a passagem das fezes, quanto mais água ingerir, mais fácil será a evacuação”, reforça Rogério Oliveira. Além disso, a dica é investir em ingredientes como vegetais, frutas com casca, cereais integrais, frutos secos, feijões, sementes e probióticos:
A principal recomendação para fazer cocô do jeito certo, é a posição em que os joelhos ficam acima da linha do quadril, como se estivesse sentado de cocaras no chão. Para isso, utilize um apoio para os pés, que pode ser uma caixa de sapatos, um balde, ou ainda um banquinho.
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