Publicado em 12/04/2021, às 08h28 por Letícia Mutchnik, filha de Sofia e Christiano
O que se descobriu com a reconstituição da perda de Henry Borel foi de que o que aconteceu com o menino de 4 anos não foi um acidente doméstico, ou, como apontaram Monique, mãe do pequeno, e Dr. Jairinho no depoimento à 16ª DP, uma queda. Assim como já tinha sido apontado a necropsia no corpo da criança.
As 23 lesões encontradas em Henry, segundo os peritos “apresentavam características condizentes com aquelas produzidas mediante ação violenta (homicídio)”. Entre essas lesões, estão, por exemplo, a laceração no fígado, danos nos rins e a hemorragia na cabeça.
A reprodução simulada do dia em que o menino não resistiu foi feita no dia 1º de abril. Policiais civis e peritos testaram todas as possibilidades de queda no quarto, como sustentaram Jairinho e a mãe de Henry Borel em depoimento à polícia. “Não há a menor hipótese de ele ter caído, quer seja da cama, quer seja da poltrona, quer de uma estante, que tem 1,20 metro de altura”, explicou Denise Gonçalves Rivera, perita criminal da Polícia Civil do RJ.
“Fizeram todas as medições e viram que, em nenhuma dessas circunstâncias, ele teria essas lesões que a necropsia apresentou”, acrescentou. Tanto o vereador carioca Dr. Jairinho, padrasto da criança, e a professora Monique Medeiros, mãe do garoto, foram presos na última quinta-feira, 8 de abril.
A prisão se deu pela suspeita de homicídio duplamente qualificado, com emprego de tortura e sem chance de defesa para a vítima, também por atrapalharem as investigações e por ameaçarem testemunhas para combinar versões.
Henry Borel, segundo o G1, não resistiu na madrugada da segunda-feira, 8 de março, na Barra de Tijuca, Zona Oeste do Rio. No dia, o menino estava na casa da mãe, Monique Medeiros da Costa Almeida, e do padrasto, o vereador Jairo Souza Santos, o Dr. Jairinho (Solidariedade).
No laudo médico é relatado que a criança já deu entrada no hospital sem vida, sendo a causa uma hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação contundente. A criança apresentava:
O pai, no depoimento, contou que recebeu uma ligação de Monique às 4h30 pedindo que ele fosse até o Hospital Barra D’Or, porque o filho não estava respirando. Ela contou a Leniel que fez respiração boca-a-boca em uma tentativa de reanimar a criança.
As médicas que atenderam o menino no hospital também foram ouvidas pela polícia e as três pediatras garantiram que Henry chegou sem vida ao local. A mãe, Monique Medeiros, e o padrasto, vereador Doutor Jairinho, também realizaram os depoimentos e houve divergências entre eles.
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