Publicado em 01/04/2021, às 13h41 - Atualizado às 13h53 por Letícia Mutchnik, filha de Sofia e Christiano
A polícia faz nesta quinta-feira, 1 de abril, a reconstituição simulada do momento em que Henry Borel, de 4 anos, perdeu a vida. A simulação do caso estava marcada para começar às 14h e os policiais entraram no prédio onde o garoto morava com a mãe e o padrasto por volta deste horário.
Segundo mãe da criança, Monique Medeiros, e o padrasto, o vereador Dr. Jairinho, Henry foi encontrado desacordado no apartamento do casal, na Barra da Tijuca, e levado para o hospital. O laudo médico mostrou que o menino já chegou sem vida na unidade de saúde.
Na reprodução do caso nesta quinta, a polícia vai usar um boneco parecido com a criança e, com ele, Dr. Jairinho e Monique terão que detalhar o que aconteceu no dia da morte de Henry, em 8 de março.
O advogado do casal solicitou ao delegado Henrique Damasceno, da 16ª DP (Barra da Tijuca), que a simulação fosse adiada para depois do dia 12 porque, segundo a defesa, Monique estaria sofrendo de depressão após perder o filho. O pedido, no entanto, foi negado.
Nesta quinta, o advogado André Barreto ficou na frente do condomínio, enquanto ocorria a reprodução, e afirmou que o casal está deprimido e não compareceria ao procedimento. Reafirmou o pedido de que gostaria que a reprodução fosse reagendada para segunda-feira e disse que gostaria que ela fosse filmada.
Outro laudo apontou que o menino tinha várias lesões internas no corpo, indicando “laceração hepática causada por uma ação contundente e hemorragia interna” como causas da morte.
O advogado de defesa do casal, André França Barreto, disse que o delegado se mostrou “intransigente” com o pedido de adiamento da reprodução simulada, e acrescentou ter orientado Monique e Jairinho a não comparecerem no exame.
“Pedimos para que fosse adiada para a próxima terça-feira, mas ele, sem uma motivação razoável, indeferiu. Acho que isso prejudica a própria investigação. No mais, estaríamos credenciados a participar e demonstrar os fatos como aconteceram. Por essa razão, estou orientando meus clientes a não comparecer”, afirmou o advogado André França Barreto.
A principal alegação da defesa é de que Monique está em “grave estado de depressão”. Por isso, o advogado pediu que uma nova data fosse marcada para depois do dia 12 de abril.
A Polícia Civil marcou a reprodução simulada e intimou o casal na tarde da terça-feira, 30 de março. No mandado constava uma advertência de que, caso os dois “não compareçam no dia, local e horário determinados, vão incorrer no crime de desobediência”.
Na petição, o advogado André França Barreto disse que “não há tempo hábil para o assistente técnico dos requerentes preparar os quesitos e a participação no ato, essenciais à defesa”.
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