Família

Cama compartilhada: prós e contras de dividir o espaço com o bebê e como fica a privacidade do casal

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Publicado em 10/02/2021, às 09h47 - Atualizado em 24/03/2021, às 08h57 por Cinthia Jardim


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Como uma maneira de tornar a hora de amamentar mais prática, ou checar o bebê mais vezes durante a noite, muitos pais têm aderido à prática da cama compartilhada com os bebês. Mas é preciso ficar de olho nos prós e contras dessa prática, tanto para a saúde da criança, como também pela privacidade do casal.

Segundo a pediatra e neonatologista pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) Dra. Thais Bustamante, mãe de Arthur, Raquel e Felipe, é recomendado que os bebês fiquem no quarto dos pais até 1 ano, ou pelo menos 6 meses, mas sempre no próprio berço ou moisés. “Desta forma, o bebê terá os pais próximos se algum engasgo acontecer, ou seja, estarão mais vigilantes, e a distância entre quartos não será um fator de interferência no aleitamento materno, facilitando a amamentação durante a noite”, explica.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, alinhada com a recomendação da Academia Americana de Pediatria (AAP), publicada na revista científica Pediatrics, em 2016, há ainda a possibilidade da Síndrome da Morte Súbita na Infância por conta da cama compartilhada. “As recomendações contidas neste artigo não são apenas para prevenção de morte súbita, mas também para prevenção de outras mortes infantis relacionadas ao sono como o sufocamento não intencional e asfixia”, comenta.

Veja os prós e contras da cama compartilhada (Foto: Shutterstock)

Os riscos

A pediatra comenta que os principais riscos no compartilhamento da cama são: sufocamento, estrangulamento, aprisionamento e quedas. “O risco se refere a probabilidade de um evento ocorrer dada a presença de um ou mais fatores. Portanto, diminuindo a presença destes, diminuímos a chance do evento acontecer”.

Mesmo dormindo no berço no quarto dos pais, Thais explica que alguns cuidados simples também são necessários para preservar a saúde do bebê. “Colchão com superfície firme, não usar travesseiros, nem kit berços, almofadas, pelúcias, edredom/cobertores soltos, de forma que se evite a chance de obstruir a respiração do bebê e também o hiperaquecimento, outro fator possível na Síndrome da Morte Súbita“.

Criação com apego

Geralmente, os pais que optam pela cama compartilhada levam em consideração, principalmente, uma forma de fortalecer os vínculos, segundo a pediatra. “Seguindo esta linha, os pais acreditam que ao estar perto dos filhos, podem fortalecer a relação familiar, proporcionando um ambiente seguro afetivamente, influenciando de forma positiva no crescimento e desenvolvimento do bebê/criança . O uso da cama compartilhada , segundo os praticantes, também pode oferecer noites de sono mais tranquilas para o bebê e para os pais e favorecer a amamentação”, comenta sobre os prós da técnica.

Mas Thais explica ainda que apesar da cama compartilhada trazer todos esses benefícios, as relações também precisam ser fortalecidas ao longo do dia. “Este vínculo também deve acontecer em vários outros momentos da relação e criação dos filhos. De nada adianta compartilhar cama se as outras atitudes dos pais durante o dia forem de ansiedade, raiva ou irritação”.

Na prática

Caso os pais optem pela cama compartilhada, a pediatra orienta que algumas medidas devem ser seguidas nos primeiros meses de vida do bebê:

E como fica a intimidade do casal?

Uma matéria publicada há 52 anos na Pais&Filhos já acreditava que precisava existir uma vida além dos filhos. Apesar da função pai e mãe, também existe o casal. De 1968 para 2021, apesar de todas as mudanças, o relacionamento também precisa vir como um pilar importante. Para o blogueiro Renato Kaufmann, do blog Diário de um Grávido e pai de Lucia, os rolinhos são uma ótima metáfora. “É necessário continuar conquistando e não dar o outro por garantido”.

Matéria de 1968 publicada na Pais&Filhos sobre a privacidade do casal (Foto: Arquivo Pessoal)

A psicóloga Alina Purvinis, mãe de Larissa, Liana e Letícia, explica que mesmo depois de crescidas, “é comum que crianças venham dormir na cama do casal”. Ela aconselha ainda que é importante conversar com os filhos sobre o espaço e a privacidade. “Muitas vezes a mulher quer controlar tudo, não dando espaço para o homem exercer o seu papel de pai e de marido, mas o homem também se acomoda e abre mão. Fica faltando a função paterna. A criança precisa sentir que tem aquele limite, que não pode dormir eternamente na cama dos pais, que tem o quarto dela e que os pais têm a privacidade deles”, afirma.

Alina recomenda ainda que é preciso um tempo só para os adultos e dá dicas de como fortalecer o relacionamento:


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