Publicado em 21/07/2020, às 11h37 - Atualizado às 11h45 por Helena Leite, filha de Luciana e Paulo
Sejamos sinceros, algumas vezes seus filhos te tiram do sério e você só pensa em fugir. Sair correndo e voltar só quando eles ficarem mais velhos ou quando essa fase em que você está tenha acabado. Junto com esse pensamento, no entanto, surge aquela culpa. Afinal, será que você está conseguindo aproveitar todas as fases do seu filho? No fim das contas, você provavelmente sabe que, apesar de estressante, os anos voam e seu filho cresce num piscar de olhos.
Vicki Glembocki, jornalista e redatora da revista Parents sabe bem disso. Certa vez, enquanto estava na fila do mercado, a mãe de Blair, 13 anos, Drew, 11 anos, e Camille, 7 anos, estava enlouquecendo enquanto ouvia as filhas reclamando ou pedindo coisas. As mulheres envolta sorriam, inclinavam a cabeça e, segundo ela, diziam sempre a mesma coisa: “Aproveite. Passa tão rápido”.
Nervosa com a situação, tudo que ela pensava era em conseguir sair do mercado sem gritar com uma das filhas. Foi então que, no aniversário de 13 anos da filha mais velha, o peso chegou. “Entrei em pânico. Como isso aconteceu tão rápido? Então, decidi tomar uma atitude: começar a ser mais presente na vida dos meus filhos e a prestar mais atenção nos detalhes e momentos”, escreveu.
Aos poucos e com a ajuda de alguns profissionais, Vicki foi descobrindo como fazer isso na prática. Para te ajudar a fazer o mesmo, a mãe separou algumas dicas simples que farão você se aproximar e ficar mais presente na vida dos seus filhos. Confira:
Sabe aqueles momentos em que sua cabeça se esvazia enquanto observa seu filho brincar ou andar por aí? Comece a prestar mais atenção neles e valorizá-los! “Reconhecer até momentos simples de atenção plena pode te ajudar a se sentir bem-sucedido em ser mais presente”, diz a terapeuta familiar Susan Stiffelman, autora de Parenting With Presence. Então, em vez de começar a pensar: “Não sou um pai/mãe muito presente” ou “Gostaria de ser mais presente”, você deve começar reconhecendo os momentos em que você se dedica totalmente ao seu filho. Fazendo isso, conseguirá repeti-los mais vezes ao dia.
No início, falar em voz alta pode ajudar. “Dizer em voz alta que você estar tendo dificuldades em dar atenção ao seu filho, o coloca de volta no momento”, diz Stiffelman. Em outras palavras, apenas admitir que você não está atento a uma situação faz com que você fique atento à ela.
“Meu filho da sexta série, Drew, chegou em casa da escola e começou a contar sobre uma conversa engraçada que ele teve com um amigo. Meus olhos quase se fecharam depois do nono ou décimo ‘E então ela disse… e então eu disse …’. Olhei para o relógio, pensei sobre o trabalho e então percebi que não estava prestando a mínima atenção no que meu filho estava me dizendo. Logo, assumi: não estou prestando atenção, disse a ele. Só de ter falado isso em voz alta, me fez voltar aos trilhos e prestar atenção novamente”, contou Vicki.
Não é preciso muitos estudos para provar que nossos celulares e tablets nos distraem de basicamente tudo. Mas você sabia que o simples fato de tê-lo próximo pode ser prejudicial? “Até ouvir um telefone vibrar faz seu cérebro ir para outro lugar”, explica Kristen Race, Ph.D., fundadora da Mindful Life, uma organização que treina pais, escolas e empresas para praticar a atenção plena.
Manter os aparelhos tecnológicos longe e, de preferência, desligados, no entanto, não é uma tarefa fácil. Dr. Race sugere começar com pequenas ações. Coloque o celular em uma gaveta durante as refeições. Esconda-o no porta-luvas em viagens curtas de carro. Deixe-o em casa quando sair com a família para passear com o cachorro e, em vez de usar os aparelhos, sugira às crianças alguns desafios, como: ouvir cinco sons diferentes ao longo do caminho, apontar cinco coisas diferentes que são azuis ou ver com o que se parece aquela nuvem. “Você precisa procurar maneiras de ligar o modo avião para o bem da sua família”, afirma Dr Race.
“A parte mais difícil da atenção plena é se lembrar de estar consciente“, brinca Gale. “A atenção plena não acontecerá a menos que você se ensine a se lembrar dela ”, continua.
Para isso, ela dá uma dica simples: pequenos adesivos. Você pode colocar um na face do despertador, no seu celular, no centro do volante do seu carro, no cartão, na escova de dentes, no computador. “Toda vez que você ver um adesivo, lembre-se de fazer uma mini prática de atenção plena que o coloque no presente”, diz Gale. Essa prática pode ser rápida e básica, como respirar profundamente pelo nariz e soprar o ar pela boca. Se você se acostumar a ver esses adesivos e começar a esquecer de realmente notá-los e fazer o que se propôs a fazer, basta substituí-los por novos adesivos. Ou opções maiores.
A Dra. Race sugere tentar a prática de PRR dezenas de vezes ao dia: “Pause, respire, responda com atenção“, explica. Estudos sugerem que a atenção plena reduz o próprio nível de estresse, mas pesquisas na Universidade de Melbourne descobriram que quanto mais cuidadosa a mãe é, menos estressada o filho é consequentemente. “Pare, respire fundo uma ou duas vezes e escolha uma resposta que será mais assertiva e ponderada”, diz o Dr. Race. “Isso ajudará a manter vocês dois calmos”. Mais uma vez, ela aconselha começar pequeno: pense em alguns momentos por dia que muitas vezes o desencadeiam estresse – uma bagunça na escola ou louça suja deixada na pia – e prepare-se para experimentar a PRR durante uma delas.
“Quanto mais eu avançava em meus passos de atenção plena, mais me pegava pensando: ‘Tenho que colocar meus filhos neste trem’. No entanto, quando minhas garotas se sentiram chateadas ou perturbadas e eu sugeri que experimentassem a PRR, não foi muito bom. ‘Eu respirei, mãe. Não funciona’, eles diziam”, conta Vick.
Caso isso acontecer com você também, siga o conselho de Dr. Race e verbalize as técnicas conscientes que você está praticando em torno dos seus filhos. Fale em voz alta toda vez que for fazer algo para se acalmar ou focar, como: “Vou respirar fundo algumas vezes para relaxar”; “Vou colocar o telefone na bolsa para podermos conversar sem ser interrompido”. Eventualmente, eles vão acabar entendendo e seguindo os seus passos.
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