Publicado em 22/06/2022, às 13h16 - Atualizado às 13h33 por Redação Pais&Filhos
Todo mundo vem de uma mãe. Isso já é um verdadeiro domínio mundial. Ainda não ficou clara a importância em olhar de perto como vive essa mulher? Temos que estender as mãos para todas elas. Não largar de jeito nenhum. Os homens, pais, são fundamentais nessa conversa. Se a gente entender que o planeta depende de um ambiente cuidadoso com a criação dos filhos, tudo será bem mais leve. E é isso que a gente busca e debateu no 13° Seminário Internacional Pais&Filhos, em parceria com Nestlé Nanlac.
Em formato 100% digital, direto da Unibes Cultural, em São Paulo, o evento aconteceu no dia 25 de maio e contou com diversas palestras, bate-papos e mesas-redondas. Alguns convidados se conectaram online e outros se juntaram a nós presencialmente, após mais de 2 anos. Ao longo de 8 horas ao vivo de live no Facebook e YouTube da Pais&Filhos, também rolaram sorteios e ativações. Você pôde acompanhar tudo o que aconteceu junto da nossa cobertura em tempo real nas redes sociais e site. Mas se você perdeu algum detalhe, não se preocupe, confira aqui os insights desse dia. Foi o momento de gritar para todos que, sim, as mães vão dominar o mundo!
Adriana Cury, mãe de Alice e Diretora Geral da Pais&Filhos, deu as boas-vindas neste evento, desta vez, com um significado mais que especial por estar grávida da primeira filha, e reforçou o poder da mãe: “O tema desse seminário é mais do que especial para mim, porque eu acho que as mães realmente vão dominar o mundo”. Mais uma vez o Seminário foi conduzido por Andressa Simonini, editora-executiva da Pais&Filhos, filha de Branca Helena e Igor, que destacou a importância de olhar com profundidade para as mães: “As mulheres e mães precisam de qualidade de vida”.
Tatiana Paranaguá, mãe de Luísa e Davi, é psicóloga clínica junguiana, professora da PUC-Rio, Casa do Saber e diretora do Centro Junguiando e criadora de conteúdo em seu canal do YouTube, lembrou da necessidade de olhar para si após a maternidade: “Lembrar que as mães são mulheres, e não apenas mães. Não existiria mundo sem a maternidade. Sinceramente, o amor que é despertado pelo filho é a maior força e energia de construção. Ter um filho pode despertar a oportunidade de amar e reconhecer a doação”, defendeu. Tatiana falou sobre o efeito do julgamento: “É uma pressão muito grande do que deve ser e não há espaço para fazer uma maternidade como eu quero ser. A maternidade é muito olhada, as pessoas se sentem muito no direito de chegar em outra mãe, de querer dizer como aquela mulher jovem deve se comportar. Cada um tem o direito de descobrir, pedir ajuda e não atropelar a maternidade”.
“Se quiser acabar com o mundo é só acabar com as mães, porque as mães fazem o ciclo de vida existir. Ser mãe não é prazer eterno. Vai além do prazer, é chegar com o amor”. Em contrapartida, afirmou que a vida pessoal é complementada por conta dos membros familiares: “Sou psicóloga, professora e mãe. Eles não me atrapalham, eles me ajudaram muito. Eu não seria essa profissional sem a minha família”. A psicóloga também pontuou a necessidade de respeitar seus limites. “É relevante, necessário e requer uma certa medida. O filho olha pra essa mãe e vê a imagem de ‘Deus’ na Terra. Ela realmente representa isso para ele. A transição de super-heroína para esse lugar de ser humano é extremamente importante”. Por fim, concluiu: “Mesmo que as mães não tenham sido perfeitas, dentro da imperfeição, era aquilo que precisava. Se você faz o seu melhor, o seu filho sabe”.
Mariana Ferrão, jornalista, mãe de Miguel e João, deu o pontapé na primeira mesa-redonda valorizando o papel da mãe: “É sobre ter humildade de entregar o mundo pros outros, e saber que a gente não domina nada, muito menos os nossos filhos. Eu não consigo encontrar outro valor maior do que a disponibilidade pro amor”, e ainda defendeu que esse sentimento é capaz de mover montanhas. Maya Eigenmann, pedagoga, mãe de Luca e Nina, concordou e aproveitou para falar sobre o impacto da relação entre pais e filhos: “Nós somos feitos para conectar com outros humanos, e se existe um fator que promove saúde emocional, física e psicológica para as nossas crianças é o apego delas com o adulto cuidador”.
Maya fez questão de enfatizar, contudo, a necessidade das mães também olharem para si: “Uma mãe que está exausta não consegue apoiar o filho. Não é porque a mãe pariu que ela precisa aguentar tudo”. Veronica Oliveira, ex-faxineira e palestrante, mãe de Claire, Ian e Olívia, fez um desabafo a partir da própria experiência: “Eu passei por um bocado de dificuldades na maternidade. Quando você não tem o básico, como você vai se sentir uma boa mãe? Quando eu sentia fome, eu gritava com os meus filhos”. Ela, que foi mãe com idades bem distintas, ainda colocou a importância da rede de apoio, ainda mais com um pai ausente.
“Eu tive uma profunda depressão pós-parto, e fui completamente desconectada do que me falaram que era maternidade. Me desconectei da minha essência e passei por problemas sérios na minha saúde mental”, contou Izabella Borges, advogada criminalista especialista em violência de gênero, mãe de Catarina e Bento. Como advogada, ela fala da importância de entendermos as mulheres e apoiar umas às outras, e principalmente a si mesma, compreendendo que nem sempre tudo estará bem. Já Eliane Dias, advogada e empresária, mãe de Domenica e Kaire Jorge, disse sobre a importância do feminismo e não se comparar na maternidade, brincando que a vida real vai muito além dos stories, e acrescentou: “Não existe cartilha para ser mãe, a gente dá o nosso melhor, minha mãe deu o melhor dela e eu dou o meu melhor. De todas as coisas que eu faço, o que mais adoro é ser mãe”.
O jornalista Marcos Piangers, pai de Anita e Aurora, partiu do ponto que todos temos que estender as mãos às mães para que elas não precisem carregar todo o peso da criação de um filho sozinhas. Assim, os homens, pais, são fundamentais nessa conversa. Ele começou falando sobre o desconforto que muita gente pode ter tido ao ver um homem falando sobre o poder da mãe. “De qualquer forma, eu sou filho. Eu sou filho como você, também. E acho que aqui a primeira reflexão é essa. A ideia de nós, como filhos, podermos avaliar ou, pelo menos, refletir, ou tentar absorver o conhecimento materno para tentar entender qual é o poder da mãe”.
Dando o exemplo da própria mãe, ele discorreu sobre as barreiras que a mulher enfrenta: “O que eu posso dizer é que a gente vive em um país – ou em um mundo – que é cheio de criptonitas para essa mãe. A gente sabe que a chegada de uma criança na vida de uma mulher talvez seja o grande motivo de um ‘gap’ salarial existir”. Segundo ele, hoje, a carga de culpa e pressão que cai sobre as mães é insustentável: “Aqui estou eu para dizer para você, mãe: não é sua culpa. Não é sua culpa se o pai biológico abandona. Não é sua culpa se você não consegue dar conta…”. Para o amanhã, ele deseja: “O que eu quero é mães felizes. Minha esposa feliz. Minhas filhas respeitadas. As minhas meninas ganhando o mesmo salário dos homens que fazem a mesma função. Tendo a mesma consideração e respeito na sociedade. Protegidas de fato”.
Ana Canosa é psicóloga clínica, terapeuta sexual e educadora em sexualidade, mãe de Theo, introduziu o tema dizendo: “Eu tenho muitos prazeres na minha vida, e hoje, ser mãe é um deles”. Para ela, casais sofrem um forte impacto na fase da gestação e no puerpério. “A gente sofre na fase da gestação e dos filhos pequenos porque um terceiro entra na relação. E toda vez que alguém entra na relação dá confusão”, explicou. A especialista reforçou a necessidade de mudar a visão que se criou historicamente, que divide as mulheres em mulher para transar e mulher para casar.
“Eu até brinco, mulheres, tenham um orgasmo todo dia que assim nós vamos dominar o mundo”, falou Ana, explicando que após o orgasmo, o hormônio da dopamina traz foco para as mulheres. Ela ainda pontuou que além das pessoas fazerem sexo para procriar, fazem para amar, para se abraçar, para expressar afeto, conexão e manter a intimidade. E isso é fundamental. Mas para despertar essa vontade, é necessário, sim, que elas se sintam bem consigo e com o parceiro. Ana contou que as mulheres que têm parceiros que as ajudam em tarefas domésticas, costumam ter mais desejo sexual em comparação a mulheres que não têm ajuda. A psicóloga destacou que o prazer é um fator fundamental para o sexo e a vida de casal, principalmente, após o nascimento dos filhos, colocando: “A gente só faz um resgate da intimidade sexual se o sexo é bom”. Esse é um momento que precisa ser desfrutado por todos, sem culpa ou pressão.
Raka Minelli, mãe de Davi e Joaquim, e criadora de conteúdo digital, fez um desabafo: “O julgamento sobra pra mãe. Eu sinto muito isso, que a pressão é em cima da mãe, seja o que acontecer [com a criança]. Eu tento desmistificar essa forma que a mãe tem que aceitar tudo, a gente não tem filho sozinha”. Ela comenta que aprendeu a pedir ajuda com o segundo filho, e complementa: “A maternidade é incrível, mas é uma tarefa muito árdua. Ser mãe é uma coisa inexplicável, só quem é sabe como é ter essa conexão direta com um bebê”.
E teve surpresa para o Beto Bigatti nessa segunda mesa-redonda, com a participação da esposa dele, Luciana Tornquist, jornalista. O casal é pai de Gianluca e Stefano. Lu afirmou: “A gente tem esse hábito de ‘pegar’ junto, dividimos todas as coisas da vida comum, desde que a nossa vida juntos se iniciou”. É claro, que uma semana ou outra sobra mais para alguém, mas, segundo ela, algo que faz parte e é resolvido. Beto ainda acrescentou: “O homem que não assume, tanto a paternidade, quanto as coisas da casa, está perdendo uma companheira que admire ele”.
Laura Gama e Camila Lucoveis, mães de Lavínia, que exercem a maternidade com guarda compartilhada, sendo o amor a base da família mesmo após o divórcio, destacam a importância da parceria entre elas. “As principais cuidadoras da nossa filha, independente de sermos duas mulheres, somos nós duas, exercemos 50/50”, contou Camila. “A gente é socializada para sermos mães, então temos consciência e responsabilidade do peso que é. Todos deveriam ter esse senso de responsabilidade, mas sabemos que sempre cai na mãe”, constatou Laura.
Amanda Pereira e André Polonca, pais de Jorginho e João, comentaram que muitas vezes são vistos como “casal margarina”, mas a realidade não é bem assim. “Eu visto essa camisa de mulher feminista nesta época que a gente está vivendo. O importante é a gente se educar, porque vivemos em uma sociedade machista. É um lugar de privilégio para o homem e precisamos reconhecer pra saber como podemos mudar e trabalhar isso”, disse Amanda. André concordou: “De fato, a sociedade cobra de uma maneira egoísta a mulher”.
A empreendedora Beta Whately, mãe de Valentim e Francisco, comentou sobre trabalho e maternidade: “Eu brinco que todos os dias de manhã eu desço no tobogã da vida com uma bandeja no colo e vários copos. Com a maternidade e o trabalho, um desses copos acaba caindo todo dia”, e completou: “Talvez eu nunca ache o equilíbrio. Mas isso é o mais legal da minha vida: meu trabalho é muito importante, mas meus filhos são mais”.
Mariana Arasaki, influenciadora e mãe de 10 filhos, afirmou: “A rotina na minha vida é fundamental para tudo funcionar”, além disso, destacou o papel da rede de apoio para fazer acontecer. Ela, que informou nunca ter pensado em uma quantidade exata de filhos, mas tem vontade de aumentar a família, garantiu: “A maternidade tira o ‘nosso eu’ e deixa a gente mais generosa. Eu busco ser uma pessoa melhor pelos meus filhos”.
Bia Borja, uma das pesquisadoras do projeto PAISdemia, que avalia o impacto da pandemia na parentalidade, junto de Dado Schneider, Valesca Karsten e Marisa Eizirik, falou sobre o efeito desse estudo nas famílias: “As histórias inspiram e elas têm muitos aprendizados. Há a sensação de não estar sozinha, com pessoas sentindo a mesma coisa que senti. É com esse amor e esse acolhimento que a gente vai fazer a diferença”.
Izabella Camargo, jornalista, mãe de Angelina, criticou o uso do termo “burnout materno”, uma vez que o burnout é uma doença que diz respeito somente ao ambiente de trabalho: “O Burnout materno pode ser traduzido para exaustão materna”, e destacou a importância de priorizar a saúde mental: “A única maneira que as mulheres vão conseguir dominar o mundo é se incluindo na própria agenda, delegando, e dividindo as tarefas”.
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