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‘Cabo de Guerra’: confira tudo que rolou na segunda mesa-redonda do 13° Seminário Internacional Pais&Filhos

Mesa redonda 13º Seminário Internacional Pais&Filhos - Reprodução / Pais&Filhos
Reprodução / Pais&Filhos

Publicado em 25/05/2022, às 16h26 - Atualizado em 01/07/2022, às 10h41 por Helena Leite, filha de Luciana e Paulo


Você piscou e nosso 13° Seminário Internacional Pais&Filhos – As mães vão dominar o mundo, está quase chegando ao fim! Nossa última mesa-redonda da noite, ‘Cabo de Guerra’, acabou de terminar. Nelas, convidamos alguns casais para mandarem a real sobre a criação dos filhos e a divisão de tarefas. Afinal, falar que tudo tem que ser compartilhado é fácil, mas como isso realmente funciona na prática?

Para falar sobre o assunto, recebemos Amanda Pereira e André Polonca, Raka Minelli, Laura Gama e Camila Lucoveis. O papo foi todo mediado pela nossa apresentadora e editora executiva aqui da Pais&Filhos, a Andressa Simonini, filha de Branca Helena e Igor.

Na segunda mesa redonda presentada por Andressa e Beto Bigatti, quem começou falando foi a Raka Minelli, contando a sua experiência acerca da maior dificuldade em relação a ser mãe em uma sociedade machista: “O julgamento sobra pra mãe. Eu sinto muito isso, que a pressão é em cima da mãe, seja o que acontecer [com a criança]. Eu tento desmistificar essa forma que a mãe tem que a aceitar tudo, a gente não tem filho sozinha. Mas a gente mudou muito, é uma coisa cultural. Porque, no passado, as mulheres tinham que cuidar dos filhos e trabalhar. Algumas mulheres foram quebrando as barreiras na questão de trabalhar. Muitas vezes os pais têm  um problema pessoa e profissional, e decide sair para curti a vida –  enquanto a mãe fica lá com o filho. Então, são em poucos casos que os pais absorvem essa paternidade. Mas, tambem, às veze o pai quer participar, no entanto, a mãe não deixa e coloca barreiras. No meu segundo filho eu aprendi a pedir ajuda. Hoje eu peço ajuda, acho maravilhoso isso a gente, pois não temos que pegar toda a responsabilidade”, disse Raka.

Em complemento, a influenciadora falou: “A mãe é uma tarefa. A gente, além  de dar conta da maternidade, muitas mulheres ainda têm que trabalham. Porém, a maternidade é incrível, mas é uma tarefa muito árdua. Ser mãe é uma coisa inexplicável, só quem é, sabe como é ter essa conecxão direta com um bebê”.

Durante a mesa redonda, a Andressa questionou a Luciana Tornquist, esposa de Beto, sobre o companheirismo do casal. “A gente têm essa coisa de ‘pegar’  junto, dividimos em conjunto todas as coisas da vida comum, desde que ela iniciou. Na sequência, Beto respondeu: “Esse ano a gente faz 22 anos, com muito amadurecimento da relação. Quando uma mulher tem admiração por ti, é muito melhor. O homem que não assume, tanto a paternidade, quanto as coisas da casa, ele está perdendo uma companheira que admire ele”, falou Beto.

Na devolutiva, a Luciana contou: “Eventualmente tem uma semana que junta com mais coisas, que sobra mais pro outro, mas é natural. Sempre conseguimos achar um ponto de equilíbrio. Às vezes, a gente se irrita com o outro por deixar uma panela no fogão ou uma cueca no chão – mas é resolvido rápido”, disse em tom de brincadeira.

Mesa redonda 13º Seminário Internacional Pais&Filhos
Mesa redonda 13º Seminário Internacional Pais&Filhos (Foto: Reprodução / Pais&Filhos)

Em sequência, a jornalista Andressa Simonini chamou a Laura e Camila sobre a relação de cuidados doméstica à dois, sendo elas, divididos em duas mães. “Embora sejamos mulheres, cada uma tem afinidade com alguma coisa, somos indivíduos diferente. As principais cuidadoras das nossas filhas, independente de sermos duas mulheres, é nós duas, exercemos 50/50”, falou Camila. Andressa perguntou sobre famílias divorciadas. “A gente sempre fala que o nosso esquema de divorcio começou quando estávamos juntas, e se agente se separasse, como isso iria acontecer. Queríamos definir como isso ia ser dividido. Hoje em dia isso é assim, nossa prioridade é sempre a Lavínia. Atualmente dividimos uma semana com cada. Temos muita parceria, caso alguém precise ir em algum evento. A gente é socializada para sermos mães, então temos consciência e responsabilidade do peso que é. Todos deveriam ter esse sendo de responsabilidade, mas sabemos que sempre cai na mãe”, disse Laura.

Depois, a Andressa levou a conversa ao André a Amanda, interligando com o assunto iniciado pela Raka, sobre ter filhos em uma sociedade machista. “É um assunto que parece que sempre será delicado de falar e expor a opinião sobre isso. Porque, de fato, a sociedade cobra de uma maneira egoísta a mulher. Falo que é complicado falar porque eu não posso falar de mim, mas eu faço tudo que eu posso. Mas sempre parece que vai faltar um pouquinho. O bebê chorou, está com fomo, infelizmente não posso fazer nada pelo bebê de 4 meses – já que ele na Amanda”, disse André. Em resposta, Amanda, disse: “A gente é visto como a ‘família margaria’, o casal perfeito. Mas na vida real, sabemos que o buraco é muito mas embaixo. Eu visto essa camisa de mulher feminista nesta época que a gente está vivendo. O importante é a gente se educar, porque vivemos em uma sociedade machista. É um lugar de privilégio para o homem e precisamos reconhecer pra saber como podemos mudar e trabalhar isso. Precisamos estar focados em fazer dar certo. E o fazer da certo é o que as meninas [Laura e Camila] disseram, sobre cada um fazer sua parte.

Momentos depois, Laura e Camila entraram na roda e falaram sobre puerpério e como foi o período de sensibilidade durante essa fase. “A gente estudou muito disso antes. A partir do momento que a gente quis ter um filho, passamos a pesquisar sobre. Foi um período muito difícil, eu tentava ao máximo cuidar e apoiar. Eu cuidava da casa como um todo, fazer da vida dela a mais tranquila possível”, disse Laura.

Em complemento, Camila disse: “Faz toda a diferença isso. Toda essa informação que gente teve, o privilégio de saber, foi o que ajudou a gente nessa fase de puerpério. A Laura não me cobrava estar 100% ali na relação de casal. Vivemos mesmo aquela coisa de oxitocina que o bebê traz, curtimos muito a nossa filha. Não nos olhamos tanto como casal. Mas existem casais de duas mães que, após dois meses do parto, se questionam sobre relações sexuais. Uma relação com um homem deve ser ainda mais difícil por conta da socialização [sociedade machista].

Por fim, Andressa Simonini questionou sobre a criação de Raka em relação ao filho, e o que ela faz para tornar o garoto mais participativo em casa. A fim de deixar de lado o estereótipo de que homem se isenta das atividade.. “Eu acho importante que, hoje em dia, que a gente explique aos nossos filhos [sobre a vivência doméstica] (…) Eu falo: ‘David, já está com 7 anos, pega a cadeirinha, vamos ajuda a mamãe lavar a louça. São pequenos atos que a sociedade diz que o homem não pode fazer, porque é “tarefa da mulher”. Existem homens machistas porque tiveram uma criação machista, sendo assim, é importante a gente dar esse exemplo [positivo] aos nossos filhos”, finalizou Raka.

Conheça mais sobre os participantes

Amanda é embaixadora da Pais&Filhos, formada em artes cênicas e jornalismo, atua em comunicação e publicidade há mais de 10 anos. Ela é influenciadora de maternidade e lifestyle, descobriu na maternidade aos 40 anos o sentido da vida. André Polonca é pai presente e participativo da parentalidade, é empresário (que está em home office desde o início da pandemia podendo acompanhar e participar dos cuidados com o filho). Além disso, é cantor e compositor. Os dois também participaram do nosso 12° Seminário Internacional Pais&Filhos.

Raka Minelli é formada em Desenho Industrial com especialização em joalheria. Começou no Youtube há 12 anos de forma despretensiosa e hoje é uma grande influenciadora digital. Nas redes, ela fala sobre dicas de produtos, tutoriais e estilo de vida. Já Daniel é administrador e diretor comercial da RjzCyrela, campeão mundial e praticante de Triathlon.

Laura tem 28 anos e Camila, 30. As duas são mães de Lavínia, de 4 anos, e são separadas. Nas redes sociais, mostram todos os detalhes de uma maternidade lésbica com guarda compartilhada. A base da família delas é o amor e o respeito, mesmo após o divórcio. Afinal, o relacionamento pode acabar, mas filhos são para sempre! Elas estarão ao lado dos casais Tatah Fávero e Vitin e Raka Minelli e Daniel Gaspary.

Acompanhe o Seminário ao vivo e assista novamente suas partes preferidas abaixo:


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