Publicado em 21/08/2023, às 11h34 por Redação Pais&Filhos
Palestras, bate-papos, mesa-redonda, sorteios, sacola de brindes, ativações… Fica difícil escolher o destaque do 15º Seminário Internacional Pais&Filhos – Um outro “felizes para sempre”, que aconteceu na Unibes Cultural, em São Paulo, no dia 28 de junho de 2023, das 8h30 às 19h. Novamente com a apresentação da editora-executiva da Pais&Filhos, Andressa Simonini, filha de Branca Helena e Igor, foi um dia com discussões, troca de experiências e insights para falar sobre a quebra de expectativas que envolve a chegada de um filho.
Afinal, embora tenhamos sido criados com base nos Contos de Fadas, a verdade é outra e assim que nasce um bebê, nasce uma nova realidade. Estar aberto aos novos caminhos é fundamental para que você encontre o seu próprio. Claro que ninguém ficou de fora das conversas, seja no auditório, nos podcasts ou em casa, o evento contou com cobertura em tempo real no site e nas redes sociais. E para rever e guardar os melhores momentos, preparamos um especial para você. Aproveite!
O Seminário teve início com o clima lá em cima. E não poderia ser diferente, pois depois da apresentação do tema e de um vídeo, teve até cosplay de Cinderella (do século XXI) da nossa apresentadora e editora-executiva da Pais&Filhos.
“Estou vivendo o meu melhor momento com a maternidade. Vou aproveitar cada segundo” – Adriana Cury, diretora geral da Pais&Filhos e mãe de Alice.
“O que idealizamos não acontece como esperávamos e temos que buscar felicidade em nossas vidas” – Andressa Simonini, editora-executiva da Pais&Filhos, filha de Branca Helena e Igor.
As 300 primeiras pessoas que chegaram no Seminário, além de todo o conteúdo, também ganharam um kit maravilhoso para família:
O pai de Anita e Aurora, jornalista, escritor do best-seller O papai é pop e colunista da Pais&Filhos foi o primeiro palestrante do dia. Piangers iniciou propondo um momento de interação com o público pedindo que abraçassem a pessoa ao lado. Ao relembrar a própria infância, sendo criado pela mãe e sua rede de apoio, as amigas, ele afirmou: “A primeira coisa que gostaria de dizer é obrigada mães, você é uma mãe suficiente”. Durante a conversa, ele comentou como surgiu a sua relação com a paternidade e a primeira vez em que teve contato com seu pai, que o abandonou ainda na infância.
O jornalista destacou a necessidade da participação ativa masculina na vida dos filhos, que traz benefícios e oportunidades para todos os envolvidos nessa relação e, neste processo, a importância do diálogo e abertura em casa, se permitindo errar, acertar e ir muito além de um provedor. Sobre criar uma rede de masculinidade positiva, Piangers exemplificou como os homens não nascem machistas, mas tornam-se machistas no decorrer das suas vivências. “A chegada de uma criança é a chave de uma prisão que o homem pode abrir. Olhem para esse cara com compaixão, esse garoto veio ao mundo bom. A culpa não é dele, a culpa é do sistema que em algum momento disse pra ele que homem não chora”, provocou. E cabe a nós, segundo ele, mudar essa visão e transformar as próximas gerações. E isso cabe tanto na criação de meninos quanto na criação de meninas.
A chegada de uma criança é a chave de uma prisão que o homem pode abrir
A segunda palestra do dia foi apresentada pela escritora, palestrante e mãe de Raphael, que nasceu na França, e ressaltou a importância de reconhecer a própria identidade e do empoderamento feminino. Ela falou sobre preconceito, racismo, cotas e a importância do letramento racial: “Não podemos apenas pensar que somos racistas, precisamos nos tornar antirracistas. Todos nós temos que fazer a nossa parte”.
“O interessante é perceber que se aos cinco anos uma criança já tem uma baixa autoestima, como ela vai se desenvolver?”, questionou Alexandra ao citar como o racismo está enraizado na sociedade e provoca consequências desde a infância que impactam no desenvolvimento das crianças. Ela afirma que a problemática do racismo é muito maior do que enxergamos. “Como mulheres, somos educadas desde pequenas a sermos rivais para competir por um ‘príncipe encantado’”, o que traz consequências para a vida adulta.
Como mulheres, somos educadas desde pequenas a sermos rivais para competir por um ‘príncipe encantado’
Ao propor uma dinâmica e inverter os papéis, uma vez que “as narrativas de filmes e livros retratam narrativas brancas”, Alexandra fez uma reflexão profunda e necessária sobre representatividade negra desde filmes, séries, até capas de revistas e cargos de liderança dentro das empresas. Para ela, a mudança começa hoje, com pequenas e grandes atitudes, e precisa da participação de todos para ser efetiva e, de fato, mudar o presente e o futuro.
A médica ginecologista e obstetra, especialista em Sexualidade, filha de Josiane e Martin John, assumiu a terceira palestra. Ela disse que as questões envolvendo a sexualidade feminina ascenderam em sua vida durante a residência, pois ela percebeu que muitas mulheres tinham dúvidas sobre o assunto. Em relação à maternidade, a profissional garantiu: “A mulher no puerpério está sobrecarregada e o desejo sexual não deve ser cobrado. É importante conversar sobre isso. Bons relacionamentos são os que têm as conversas mais difíceis. Sexo é ajuste, porque ninguém é o mesmo pelo resto da vida”.
Além de fatores biológicos, a diminuição de desejo sexual também pode ser consequência da diferença de papéis entre gêneros, ressentimento e a perda de autonomia. “Mulheres sobrecarregadas não tem tesão. O estresse deixa o seu corpo em modo de sobrevivência e por isso não aparece tesão. O sexo entra na categoria de lazer e acaba ficando sem tempo para isso após ter filhos”, justificou.
A especialista ainda pontuou a importância de dividir responsabilidades após o nascimento do filho e criticou: “O trabalho doméstico não é visto como trabalho”. Ainda sobre o tema, Marcela fez questão de defender: “O sexo não tem a ver com a falta de amor. O amor dentro de um relacionamento é uma construção de duas pessoas que vivem uma vida juntas e têm sentimentos”. É importante respeitar sua vontade, seu momento, mas sem abrir mão do seu lado mulher depois de ser mãe.
Sexo é ajuste, porque ninguém é o mesmo pelo resto da vida
A quarta e última palestra ficou ao encargo do escritor e consultor pai de Olivia e Maria. Noguera abriu com uma reflexão: “A idealização em um mundo (não tão ideal) é o mecanismo que nós temos para escapar do sofrimento. Nós idealizamos porque nos sentimos mais confortáveis em certos cenários e assim felizes”. Para ele, esse excesso de fantasia é efeito da pouca conexão. “Aumentando nossas conexões podemos enxergar o pai como um humano e não como um super-herói ou vilão”, sugere.
Noguera ressaltou que a parentalidade é uma relação de troca, compartilhamento e que é um grande desafio para
todos. “O bebê não existe em si. Ele sempre existe em uma relação. Nós existimos em uma relação. A família é um espaço relacional”. Na conversa, o especialista falou sobre quebra de expectativas na parentalidade e idealização na vida dos filhos. “O amor é uma canção do espírito, onde está a ferida também está o presente. Paixão é sorvete com veneno”.
Além disso, Noguera comentou sobre as diferentes formas de amor em relações afetivas. “O amor romântico parte de um beijo de amor, de uma perfeição. Já o amor confluente significa que no circuito afetivo familiar, o medo não é o afeto principal. O amor deve ser o gestor do afeto das relações, que consegue compartilhar as responsabilidades e fazer contruir juntos”.
Aumentando nossas conexões podemos enxergar o pai como um humano e não como um super-herói ou vilão
A médica ginecologista e obstetra, mãe de Giulia e Isabella, subiu ao palco como convidada da Maternidade São Luiz Star. “Eu fico muito feliz em ver esse acolhimento, nesse momento tão especial. Cada história é única, mas a gente pode aprender uma com a história da outra. Somos diferentes, passamos por coisas diferentes, mas a gente pode, sim, compartilhar experiências”. A especialista destacou a importância do cuidado materno, que começa na gestação, mas deve ir além dela.
A primeira coisa para falar desse assunto é que existem muitas quebras de expectativas”, disse o ginecologista e obstetra, pai de Beatriz, Guilherme e Cecília. Dr. Igor ainda discutiu sobre a idealização excessiva do parto natural, que por algumas vezes, não é possível, e gera mais uma cobrança extra na mulher nessa fase tão delicada. O pré-natal psicológico também foi um ponto ressaltado: “É papel do médico estar ao lado, saber acolher, isso é um atendimento humanizado”.
“Pais felizes, filhos felizes”. A mãe de 12 filhos enfatizou a importância de cuidar da saúde mental após a maternidade. Ela ainda brincou sobre ter uma grande família: “Sempre sonhei em ser mãe, eu queria uns quatros (risos), mas a maneira como olho para minha maternidade faz tudo diferente. Meus filhos são minha maior alegria. Os meus filhos com o Carlos são a multiplicação do nosso amor”. Ela ainda respondeu o que todos queriam saber:
sim, eles planejam ter mais filhos!
Beto Bigatti, pai de Gianluca e Stefano, voltou ao 15º Seminário para comandar os podcasts, com transmissão ao vivo no YouTube e Facebook. Não faltou conteúdo, risadas e muita emoção ao vivo! Veja AQUI!
Nosso filtro e hashtags bombaram nas redes sociais e deixamos aqui alguns registros destes momentos
Claro que ele não poderia faltar! Os sorteios são um dos momentos mais aguardados do Seminário e nós caprichamos! Olha só essa lista:
Sorteio bom é aquele que não acaba nunca mais e, diante de tantas opções, é impossível escolher o nosso preferido. Confira a lista completa:
Com Cândida Oliveira, mãe da Samantha, Carla e Natália, que sofreu um acidente de carro aos 48 anos, ficando tetraplégica e hoje luta para que outras pessoas como ela tenham mais acessibilidade e autonomia; Erica Farias, mãe de Mariana, escritora, modelo e formada em Publicidade e Propaganda, que já superou muita coisa, incluindo o nascimento prematuro da filha; Fábio Rabin, pai de Beatriz, humorista, capaz de lotar teatros por onde passa, participa do quadro “A Parte do Rabin”, da CNN; e Dra. Patricia Albertini Orioli, mãe de Isabella, pediatra, especialista em Neonatologia pela Faculdade de Medicina da USP, convidada da Maternidade São Luiz Star, a mesa foi marcada pela troca de experiências.
Cândida fez questão de enfatizar: “O capacitismo faz com que a gente procure divulgar para ser visto como uma
pessoa que pode ser de tudo. Quero manter minha independência e autonomia, quero estimular as pessoas a verem o mundo de forma melhor”.
Já Erica desabafou sobre como a própria história a fez mudar a visão sobre tudo: “Para o felizes para sempre acontecer só precisamos ter vida e saúde. Crio minha filha para ser empática, pois na sociedade existem pessoas e ninguém faz nada sozinho”, e complementou: “Eu escolho ser feliz todos os dias. O amor é o nosso combustível. Descobri que tinha câncer e comecei a pensar apenas no dia de hoje, o que eu posso passar é o amor para minha filha. Essa palavra tem poder, por isso temos que viver o hoje”.
Patrícia compartilhou a história além da medicina. Ela passou mal antes do parto da filha e teve um problema na placenta que gerou um sangramento. Logo após dar à luz, precisou ficar internada e a filha ficou em uma UTI
Neonatal. “O mais difícil foi que eu passei de médica neonatal para mãe neonatal. Ser mãe me mudou. Agora a emoção de ver um bebê tem um significado diferente (…) Nem sempre as coisas vão de encontro e precisamos nos adaptar para sermos felizes!”, declarou. Entre uma piada e outra, Fábio abriu o coração: “Ter filho dá medo. Quando a gente leva um tombo, precisamos aprender a levantar rápido. Às vezes, você precisa escalar uma montanha e você precisa continuar vivendo”.
As ativações ao longo da Unibes Cultural fizeram sucesso entre pais e filhos
Conheça a equipe que fez o Seminário acontecer!
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