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“A minha geração não aceita gente que para de trabalhar para cuidar de filho”

Arquivo pessoal

Publicado em 05/05/2016, às 15h52 - Atualizado às 16h49 por Redação Pais&Filhos


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Muitas mães largam o emprego para cuidar dos filhos. Algumas vezes, isso acontece no fim da licença-maternidade, quando elas sentem que não estão preparadas para se afastar da criança. Em outras, a motivação pode ser uma combinação de questões financeiras com a falta de uma pessoa de confiança para cuidar dos filhos.

Esse é o caso da analista comercial Karina Fernandes Magnanelli, 32, que há quatro meses deixou o emprego em que estava havia 12 anos para se dedicar integralmente aos filhos Laura, 5 anos, e Guilherme, de 3. O que pesou na decisão de Karina foi a vontade de transferir a filha para uma escola melhor somada à dificuldade de arcar com um ensino de tempo integral nesse novo estabelecimento.

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“Não dava para pagar o integral, ficaria inviável. Também não queria deixar meus filhos com uma pessoa desconhecida à tarde. Eu queria acompanhar mais de perto essa fase em que começam a entender e  questionar”, afirma Karina.

Karina com a família na formatura de Laura (Foto: Arquivo Pessoal)

Ela diz que a economia que tem ficando em casa compensa a renda que deixa de entrar. “A conta fechou. Trabalhando eu tinha um gasto que hoje não tenho com combustível, estacionamento, almoços com clientes. O gasto com roupa é maior quando a gente trabalha fora.”

Como muitas mães que tomaram essa mesma decisão, Karina diz que se sente incompreendida.  “A minha geração não aceita gente que para de trabalhar para cuidar de filho. Não tenho quase nenhuma amiga em casa cuidando de filho. A maioria deixa em escolas, com babá ou com os avós.”

Sinal dessa incompreensão é que Karina sempre escuta perguntas sobre quando voltará ao trabalho. “Não é bem aceito [ficar em casa]. As pessoas pensam que a gente não vai mais progredir. Só que em casa a gente tem um mundo para participar”.

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Por enquanto, Karina afirma que não pensa em voltar a trabalhar, muito menos para sua antiga área de atuação. “Era um mundo muito ingrato com as mães, muito competitivo. É preciso ter disponibilidade de tempo para ficar viajando e eu, com filho pequeno, não consigo.”

Quando Guilherme crescer um pouco mais, aí sim ela pretende retomar um antigo projeto. “Quando ele estiver com 6 anos, quero voltar a estudar e fazer uma faculdade de psicologia.” A recompensa por ficar em casa, segundo ela, é perceber que a qualidade de vida que seus filhos têm hoje melhorou. “Antes, tinham uma rotina de adulto, da escola para casa. Hoje faço tudo com eles. Eu me surpreendi com a evolução que eles tiveram, demandam muito menos tempo agora.”

Seja trabalhando fora ou ficando em casa com os filhos, o que importa é se a mãe e sua família ficarão bem com essa decisão.

*Por Fabiana Futema

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