Criança

Síndrome do Imperador x TDO x TDAH: muito além de criança mal educada

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Publicado em 09/08/2017, às 15h57 - Atualizado em 10/08/2017, às 06h57 por Adriana Cury, Diretora Geral | Mãe de Alice


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Hoje em dia, é cada vez mais comum ouvir sobre transtornos, como hiperatividade e TDAH. O conhecimento aumenta o diagnóstico, mas sempre bom ter em mente que não todos os especialistas que podem fazer essa análise. “O diagnóstico deve ser feito por um médico neuropediatra ou por um psiquiatra infantil”, alerta a neuropediatra Karina Weinmann, filha de Jacira e Hugo, e cofundadora da Neurokinder.

A especialista ressalta ainda que o médico precisa de uma equipe interdisciplinar, composta por neuropsicólogo, psicólogo, psicopedagogo, entre outros, para realizar os testes antes de bater o martelo. “Não existe nenhum exame de sangue ou de imagem para diagnosticar o TDAH. Sua confirmação se dá por exclusão de outras condições, investigação clínica, histórico familiar, história de vida da criança e, algumas vezes, uma avaliação neuropsicológica bem-feita pode ajudar”, complementa a neuropediatra, que atua na Apae e no Centro de Estudos do Projeto Genoma Humano da USP.

TDAH
O que diferencia uma criança com TDAH de uma criança que não apresenta o transtorno é a constância dos comportamentos, a idade de início dos sintomas e se há ou não prejuízos sociais ou pedagógicos. Há 18 comportamentos ligados ao TDAH, que se dividem em três grupos: desatenção, hiperatividade e impulsividade. Esses comportamentos precisam persistir por mais de seis meses, em dois ou mais ambientes:

  • Esquecimento de objetos e compromissos
  • Agitação intensa, sem conseguir ficar parado para assistir aulas, TV, comer, etc
  • Falar excessivamente, inclusive interrompendo as outras pessoas
  • Impaciência para esperar
  • Perda fácil da concentração
  • Distração por qualquer motivo
  • Desorganização
  • Explosões emocionais, especialmente quando não é possível fazer o que se quer

TDO
Além da síndrome do imperador, outro transtorno está sendo observado atualmente. O Transtorno Desafiador Opositivo (TDO). A neuropediatra Iara Brandão, filha de Maria e José, explica que, assim como com o TDAH, para descobrir TDO não existem exames. “O diagnóstico é feito por critério ou observação clínica do comportamento da criança ou adolescente que apresenta um padrão recorrente de comportamento desobediente, negativista e hostil, com duração de no mínimo seis meses, com comprometimento da vida de relação do indivíduo”, explica Iara, que também é médica geneticista da Neurogen Saúde.

A especialista acrescenta que a criança pode apresentar os sintomas do TDO a partir dos
5 anos. “Frequentemente são crianças e adolescentes que perdem a paciência, discutem com adultos e com frequência desafiam e recusam-se ativamente a obedecer a solicitações ou regras.”
O tratamento é realizado com abordagem psicoterapêutica com as crianças, mas os pais também devem participar, assim como a escola. “O colégio deve ser convidado a participar desse diálogo que deve ocupar e driblar a mente do indivíduo com novas ações”, explica a médica.

Sandra Pereira tem um filho de 12 anos diagnosticado com TDO desde os 6, quando mudou de escola. Ela nunca tinha ouvido falar até a psicóloga tocar no assunto.

“Na época, ele fazia terapia devido a um acidente que tivemos.Fiquei assustada e com medo. Não sabia lidar direito com ele, pois estava sempre agressivo”, lembra Sandra. Mas com apoio e ajuda de profissionais, o tratamento tem ajudado toda a família.

O filho da Sandra precisou de medicação para que as crises de nervoso ficassem menos frequente. Terapia cognitivo comportamental também é uma coisa que ajuda a tratar a TDo

“O tratamento não deve ser só para a criança, nós também devemos fazer alguma atividade que traga controle emocional, como meditação, esporte ou até mesmo grupos de autoajuda”, acrescenta Sandra. Ela contou que a rotina de cuidados com uma criança que tem TDO costuma ser estressante.

Nesses 6 anos de tratamento, bastante coisa mudou na vida dessa mãe. “Hoje, tanto meu comportamento como o dele mudou muito. Consigo entendê-lo e a perceber quando está começando a ficar nervoso e procuro manter meu controle emocional, não agir como ele, pois se agir como ele, o ambiente torna-se desarmônico”, explica.

Apoio emocional é chave! “Uma coisa importante que procuro fazer também é ressaltar os pontos positivos do meu filho, pois ele tem autoestima baixa, então sempre que possível procuro elogiá-lo. O importante é ter paciência, fé e acreditar sempre na melhora do filho. Não esquecendo que o aprendizado é mútuo, meu filho me ensina também, porque devagar estou aprendendo a ser paciente a manter controle emocional e a aceitar as diferenças.”

Síndrome do Imperador

Crianças com comportamentos agressivos e autoritários podem ser enquadradas na síndrome do imperador. A escritora e psicóloga Lilian Zolet explica a síndrome na obra Síndrome do Imperador – Entendendo a Mente das Crianças Mandonas e Autoritárias, da Editora Epígrafe. “Os pais, com receio de ser autoritários, validam birras e recompensam com afeto e presentes a raiva dos filhos, mas, com isso, acabam ensinando que todos os desejos deles serão realizados. Por outro lado, as crianças, por terem mais “direitos” do que “deveres”, desenvolvem uma baixa tolerância à frustração, na qual o primeiro sinal é a explosão de raiva quando seus caprichos não são atendidos”, escreve a autora.

De acordo com a psicóloga, alguns adultos, submetidos a uma educação mais rígida, acabam não querendo cometer os mesmos erros que seus próprios pais. Com isso, afrouxam na educação dos filhos, o que pode acabar tornando-se um dos motivos para a agressividade.

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Palavras-chave
Saúde