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Seu filho recusa algum alimento? Saiba se ele tem fobia alimentar infantil

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Publicado em 10/05/2018, às 16h00 por Gabrielle Molento, Filha de Claudia e Pedro


Quem nunca se deparou com uma criança que se recusava a comer algum alimento? Esse comportamento é muito comum e deve ser levado sério já que, a partir dos seis meses, momento em que acontece a introdução alimentar, é necessário que os pais comecem a avaliar a relação que a criança tem com a comida para que ela não desenvolva nenhuma fobia alimentar.

Mas o que seria uma fobia alimentar? A fobia alimentar é o medo de experimentar alimentos e a neofobia é o medo de experimentar alimentos novos e tem sido um assunto que assombra a vida dos pais.

De acordo com a nutricionista comportamental Ariane Bomgosto, a fobia pode ser desencadeada por um evento traumático, mas não é algo obrigatório. “O medo de experimentar alimentos pode vir de: experiências com os alimentos em que a criança associa o alimento à sensação ruim que teve, como pais que obrigam a criança a comer tudo que está no prato ainda que ela já esteja satisfeita, casas em que o ambiente da hora de comer é estressante, com brigas e discussões neste momento” explica a nutri.

Esse medo também pode ser desenvolvido pelas primeiras experiências que a criança teve com nutrição, como por exemplo, mães que possuem dificuldade de amamentar e os filhos acabam ficando “com fome” nos primeiros dias ou filhos que passam por um desmame traumático porque as mães precisam, por algum motivo, interromper a amamentação bruscamente.

A fobia pode também ser gerada pela falta de estímulos ao envolvimento com o momento de comer, como por exemplo, crianças que comem vendo televisão ou mexendo no celular. “A distração faz com que a criança não desenvolva a atenção necessária ao momento, e, consequentemente, cria uma relação de distanciamento com a comida. Isso pode levar à alteração nas sensações de sabores, olfatos e texturas, que passam a ser menos desenvolvidas. Com isso, a criança desenvolve a fobia alimentar como um mecanismo de fuga, em busca de algo que a dê mais prazer do que a comida”, diz Ariane.

Para o tratamento desse medo, é importante que os pais conheçam a personalidade do seu filho. Assim, eles podem ter atitudes que façam sentido para a criança. A nutricionista comportamental explicou também que, de acordo com seu ponto de vista, um ponto comum entre as crianças que apresentam essa fobia é a pouco consciência sobre seu corpo na maior parte das vezes.

Assim, para ajudar a criança, é recomendo que os pais incentivem a prática de exercícios físicos como brincadeiras que coloquem o corpo da criança em movimento, o hábito de beber uma quantidade de água adequada ao funcionamento do seu organismo, o envolvimento com atividades que a façam entrar em contato com o ponto de equilíbrio do seu corpo e suas extremidades como a dança, o contato do corpo com a natureza por meio de experiências como colocar os pés na areia ou na grama.

“Atividades que promovam o encontro da criança com a consciência corporal podem ajudá-la a entender que a forma como lida com os alimentos está diretamente relacionada ao entendimento e à aceitação que tem do seu próprio corpo e, desta forma, ser um caminho para auxiliar no processo de criação de uma relação mais saudável com a comida”, concluiu a nutri.

Ariane incentiva que os pais coloquem em prática algumas atitudes para o tratamento da fobia alimentar:

1 – Ao montar o prato do seu filho, coloque pequenas porções de alimentos. Para compor a refeição, coloque um alimento que ele ainda não conhece ou que ele tenha rejeitado junto com outros que ele já aceite. Um prato todo de alimentos que ele nunca comeu ou de que não gosta, pode assustá-lo e fazer com que ele não coma.

2 – Ofereça o mesmo alimento diversas vezes, dando um intervalo de uma semana para a nova tentativa. O paladar infantil muda com muita facilidade e um alimento hoje não aceito pode fazer parte da rotina alimentar da criança amanhã.

3 – Caso a criança tenha passado por um episódio traumático com algum alimento, como vomitar ou engasgar, não é aconselhável insistir que coma este alimento se ela o recusar. A insistência pode fazer com que a aversão aumente e o comportamento em relação à comida piore. No entanto, os pais não devem deixar de incluir este alimento em seus pratos durante as refeições. Caso a criança apresente curiosidade em experimentar o alimento em algum momento, os pais devem deixar claro que aquela é a comida “do papai ou da mamãe”; mas que ela pode provar um pedaço.

4 – Não utilize distrações para fazer o seu filho comer ou para que coma menos. Estas irão esgotar-se e farão com que você se canse. Além disso, não ajudarão o seu filho a reconhecer os seus sinais internos dos momentos de fome e saciedade. O ideal, mesmo que seja mais difícil em um primeiro momento, é estimular a criança a comer prestando atenção na textura, cheiro e sabor dos alimentos, além das sensações que aquele momento traz a ela.

Leia mais:

Seu filho tem medo de experimentar uma comida nova? Entenda a neofobia alimentar

Os alimentos mais rejeitados pelas crianças

Como deve ser a alimentação das crianças antes de dormir


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