Publicado em 14/02/2018, às 11h22 - Atualizado em 19/03/2018, às 15h45 por Redação Pais&Filhos
Lembra como você fazia seus trabalhos da escola? Dava o maior trabalho! Tinha que passar a tarde toda na escola procurando informação, buscar nas bibliotecas da cidade… Demorado e complicado demais! Os trabalhos precisavam de mais tempo para ser feitos e parte do material acabava ficando de fora.
Hoje a coisa é bem diferente! Já na gravidez, você pode controlar o desenvolvimento do seu bebê por meio de aplicativos. Ele já nasce dentro da tecnologia.
É só abrir uma aba, digitar o que procura e a gente tem acesso a qualquer assunto: todo tipo de informações. Ou seja, seus filhos já nascem totalmente ligados e conectados, com acesso a um conteúdo multimedia bem cedo. Às vezes, mal aprenderam a se equilibrar mas já estão extasiados com as muitas telas em casa: televisão, tablet, celular, videogame.
Começam pedindo o celular dos pais para jogar e logo estão querendo o próprio smartphone e criando as próprias redes sociais. Diferente dos adultos alfabetizados com livro de papel, que faziam pesquisas em enciclopédias e tinham um tocador de CD portátil como máximo de tecnologia (raça em extinção), as nossas crianças têm acesso a ambos os mundos. E isso dá abertura para trazer muita coisa positiva na vida delas.
Através de todos esses aparatos tecnológicos, elas se tornam muito mais bem informadas e relacionadas. Adriana Cabana, psicóloga, gerente de Atendimento do Prontobaby e mãe do Caio, conta que, hoje em dia, as crianças menores estão sabendo reconhecer números e letras antes mesmo de entrar na escola, o que acaba facilitando quando vão pra escola, por já ter uma ideia do que os professores estão falando.
As dúvidas são facilmente respondidas pelo Google e pesquisas passam a durar bem menos tempo. Agora, também é muito mais fácil se divertir e aprender ao mesmo tempo com os videogames que exploram habilidades de raciocínio e estratégia e podem criar laços de amizade também.
No meio de tanta coisa nova e rápida acontecendo, fica mais fácil conhecer outros lugares. Em um clique, seu filho pode visitar museus, aprender sobre outras culturas e receitas do mundo todo. Isso expande o universo das crianças! Deborah Moss, neuropsicóloga e mãe de Ariel, Patrick e Alicia, explica que “a própria informação gera curiosidade, isso faz com que surjam outras dúvidas” e, consequentemente, isso traz mais informações.
Esse estímulo faz com que as crianças aprendam a ser autodidatas que sabem ir em busca do próprio conhecimento. Quanto mais curiosos, mais antenados! Não que a geração anterior fosse menos inteligente, mas eram diferentes. Antes, por exemplo, o professor era o dono do saber, enquanto a criança só recebia o conhecimento. Hoje se criou uma troca de experiências, todos aprendem um com o outro, o que é muito mais legal, né?!
Desde pequeno é possível tirar bastante proveito, com a ajuda dos pais, claro, de aplicativos, programas de televisão e jogos que ensinam os números, as cores e o alfabeto, por exemplo.
E, à medida que as crianças vão crescendo, melhor uso da tecnologia farão, como explica Ellen Moraes, psicóloga e mãe de Rafael, “porque elas conseguem direcionar a tecnologia de acordo com as próprias necessidades”. Através de ferramentas como o YouTube, por exemplo, elas podem estudar alguma matéria da escola e, assim, têm mais uma fonte de conhecimento além dos professores. Com o Facebook, podem montar grupos de estudo, de trabalho, de troca de informações sobre assuntos que gostam em comum, como filmes e jogos.
Os próprios professores já estão usando das redes sociais e o WhatsApp para enviar exercícios e tirar dúvidas dos alunos. O mundo mudou e precisamos nos ajudar a aprender a conviver com ele e tirar tudo o que for de positivo.
VOCÊ SABIA?
A década de 90 foi considerada a “década do cérebro” porque, até então, o mundo só tinha teorias sobre como esse órgão funcionava, mas então o volume de pesquisa na área da neurociência foi crescendo cada vez mais. Os laboratórios começaram a tentar decifrar o quebra-cabeça que é o cérebro humano com seus 100 bilhões de neurônios. Foi aí que máquinas como ressonância magnética e tomografia começaram a fazer parte da tecnologia.
Luciana Brites, psicopedagoga e mãe de Helô, Gustavo e Maurício, explicou que, a partir daí, conseguiram mapear o cérebro através dos aparelhos de ressonância magnética funcional e, assim, começaram a estudar o cérebro em varias áreas.
Descobriu-se, por exemplo, que existem os touth points (ponto sensíveis), durante todo o nosso desenvolvimento, ou seja, tem determinadas décadas em que estamos mais aptos a aprender certas coisas do que em outras, criando funções cognitivas. Um exemplo? Se você coloca o seu filho de 2 anos para aprender um segundo idioma, ele vai aprender muito mais rápido, fácil e ainda sem sotaque do que um adulto. Aos 6 anos, as crianças começam a aprender a ler e escrever e também aprendem muito mais rápido do que um adulto porque têm mais coordenação motora e estímulo.
Através da tecnologia, a criança consegue aproveitar essa janela de atividades e oportunidades para aprender, e temos que estimular.
Sem overdose, e sim boa dose!
Claro que nada em excesso é bom! Se não houver um equilíbrio das atividades, dentro e fora de casa, as crianças podem acabar ficando sedentárias. Afinal de contas, elas jogam futebol sem sair do sofá, e tudo bem! Contanto que tenha um tempo de atividades como ler, correr, brincar ao ar livre e praticar esportes, porque as telas sozinhas estimulam, mas com limitações.
Muito tempo de tecnologia não é bom. Estudos mostram que a superexposição a eletrônicos pode ser prejudicial, porque limitam os estímulos do ambiente e, assim, tornam a criança mais vulnerável a transtornos como déficit de atenção e ansiedade.
Se você só usa a tecnologia para distrair o seu filho, ao invés de ensiná-lo a esperar, a se concentrar ou se esforçar em algo que ele ache entediante, ele vai ficar cada vez menos paciente e sem saber como se esforçar direito. Isso pode dar espaço para problemas de aprendizado e, às vezes, distúrbios emocionais como depressão, insegurança e até dependência dos eletrônicos.
E isso tudo também pode desencadear isolamento social, porque as crianças acabam passando mais tempo conectadas no mundo virtual do que no mundo real.
E o nosso papel é superimportante dentro desse processo de estimulação. Precisamos acompanhar e dar o exemplo, o que não é difícil. Precisamos saber que conteúdo eles estão acessando, quanto tempo estão passando todos os dias na frente de uma tela e com quem estão se relacionando virtualmente. A internet é uma terra livre, todo cuidado é recomendado.
Olha a dica!
Até os 2 anos, se a criança usa tablet por muito tempo, ela não é estimulada a falar, o que pode causar um atraso na linguagem. Isso prejudica a capacidade dela de se comunicar. Você precisa estar junto, brincar junto e colocar um tempo limitado. Renata Bento, psicanalista e mãe de João Pedro e Eduardo, sugere que as crianças não passem mais de uma hora na tela. Às vezes, a gente acaba usando a tecnologia como babá e, por mais que precise disso em certos momentos, temos que tomar cuidado para não prejudicar o desenvolvimento das nossas crianças.
Não podemos substituir o afeto e a conversa pela tecnologia, nunca! Podemos, sim, nos dar um tempo e deixar nosso filho jogando no celular, mas isso não pode virar regra, temos que aprender a lidar com os choros, com as perguntas.
E temos que permitir que elas tenham acesso à tecnologia, sim! A internet chegou para ficar e dela não dá pra correr. E nem queremos! As crianças de hoje não nasceram sabendo, mas são mais ligadas, mais rápidas, mais espertas e tudo isso porque estão conectadas. Amamos tecnologia e ela, se usada corretamente, só traz benefícios!
As crianças no controle
Quem não gosta de assistir um pouco de televisão?! É muito gostoso! A gente relaxa e pode encontrar de tudo, qualquer coisa que estivermos procurando. E isso pode ser um problema quando se tem crianças em casa: elas também conseguem achar qualquer coisa na TV. Por isso, além de controlar o tempo que elas passam sentadas no sofá, é preciso controlar o tipo de conteúdo a que têm acesso também.
Como? Hoje em dia está mais fácil! As operadoras de televisão têm sacado essa nossa necessidade e disponibilizado diversas formas de controlarmos isso, sites, apps e bloqueios dos canais. Assim, você consegue monitorar o tempo e o tipo de conteúdo que seu filho acessa.
Kids no Controle: A Net, por exemplo, desenvolveu este controle remoto customizado em parceria com os canais Discovery Kids e Cartoon Network. Ele permite acesso apenas aos canais infantis e ao conteúdo infantil e gratuito do Net Now.
Kiddle: É uma ferramenta de buscas que tem o controle dos sites acessados pelas crianças no computador. Ele usa a tecnologia de pesquisas do Google, mas não é um serviço oficial do site. Se a criança buscar palavras inapropriadas, vai receber um alerta na tela do PC.
O computador também te dá algumas ferramentas para ajudar neste controle:
Controle de aplicação: permite que você controle quais aplicativos podem ser executados por sua família.
Filtragem da web: bloqueia sites com conteúdo impróprio, como pornografia, violência e drogas.
Se está conectado, tem que estar protegido!
Para garantir que o seu filho não vai lotar seu computador ou celular de vírus, separamos algumas dicas de softwares antivírus para você.
Net Nanny
Para uso em: Windows, Macintosh e celulares
Principais funções: bloqueia a troca de arquivos, filtra o acesso de sites e redes sociais e restringe o tempo de uso dos aparelhos. Também permite o monitoramento de chamadas e envio ou recebimento de mensagens nos celulares.
Preço: R$ 70,00 (aquisição do programa e assinatura anual dos serviços de proteção)
Norton Online Family
Para uso em: Windows e Macintosh
Principais funções: protege informações pessoais, controla o acesso a sites e permite que o administrador (os pais, no caso) visualize e bloqueie mensagens instantâneas trocadas com usuários específicos.
Preço: gratuito para controle de até dez computadores
Safe Eyes
Para uso em: Windows, Macintosh e iPhone
Principais funções: monitora o acesso a mensagens instantâneas, bloqueia jogos online, controla os e-mails e envia relatórios personalizados para os pais sobre as atividades dos filhos.
Preço: R$ 86,00 (download do programa e assinatura anual dos serviços de proteção).
Se você gostou dessa matéria, nossa edição de janeiro já está nas bancas e tem muita coisa legal! Corra e garanta a sua!
Leia também:
6 dicas para orientar seus filhos no uso das tecnologias
“A tecnologia não é um problema. Ela pode ser uma fonte de brincadeiras”
De olho nas novidades: tecnologia muda jeito de brincar e vai mudar ainda mais
Família
Amanda Kimberlly posta novo vídeo com terceira filha de Neymar: “As caretinhas”
Família
Filha de Leonardo explica motivo de não ir ao aniversário do pai: “Bloqueando alguns inconvenientes”
Família
Mãe de Neymar apaga foto com Davi Lucca depois de polêmica com Mavie e Bruna Biancardi
Família
Jade Magalhães dá detalhes de chá revelação do primeiro filho com Luan Santana
Família
Marido de Ivete Sangalo diz que criou a escola que as filhas estudam por motivo curioso
Família
Conheça Jade Magalhães: Modelo e influenciadora passou 4 anos separada de Luan Santana
Família
João Guilherme explica por que não foi ao aniversário de 61 anos do pai
Família
Filho de Ana Hickmann opina sobre casamento da mãe com Edu Guedes e resposta surpreende