Publicado em 21/09/2021, às 14h13 por Sandra Lacerda, filha de Sandra e José Leonardo
A gente sabe que receber o diagnóstico de um câncer na família causa uma verdadeira reviravolta em todos e até na rede de apoio, além de muitas dúvidas, medos e incertezas. A Pais&Filhos acredita que a informação é um dos melhores caminhos para desmistificar o câncer de uma forma mais clara, leve e otimista, sem tabus ou preconceitos.
Setembro Dourado é o mês de conscientização sobre o câncer infantojuvenil. Essa é uma iniciativa da Confederação Nacional das Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer (CONIACC), para combater a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes até 19 anos no Brasil. O Instituto Nacional de Câncer estima que para cada ano entre 2020 e 2022 sejam diagnosticados no Brasil 8.460 novos casos de câncer infanto-juvenis. Ainda assim, é muito importante encarar o câncer de forma individualizada e personalizada em cada criança.
Foi pensando nisso que, no dia 16 de setembro, a Pais&Filhos, em parceria com a Bayer, promoveu uma live para esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto e dar uma nova visão sobre a maneira como o câncer é enxergado. O bate-papo teve a participação da Dra. Teresa Fonseca, oncologista pediátrica e presidente da CONIACC, e de Simone Lehwess Mozilla, comunicadora e presidente do Instituto Beaba, que tem a missão de desmistificar o câncer e informar de maneira clara, objetiva e otimista sobre a doença e o tratamento. A mediação foi feita por Andressa Simonini, editora-executiva da Pais&Filhos, que questionou as especialistas sobre os sintomas, diagnósticos, tratamentos e como melhorar a qualidade de vida da criança com câncer.
À princípio, o que deve ficar claro sobre o câncer é a necessidade de entender sobre o assunto. De acordo com Simone, que inclusive enfrentou essa doença, quanto antes se souber sobre ela, maior é a chance de vencê-la. “Se conhecemos e falamos mais sobre o câncer, conseguimos amenizar o caso e tratar antes”, afirma.
Os tipos de câncer mais comum entre as crianças e adolescentes são: leucemia, tumor do sistema nervoso central e os linfomas. Quando o diagnóstico é precoce, tratamentos especializados são iniciados desde a descoberta da doença e as chances de cura são potencializadas.
Sabemos que falar sobre câncer ainda é algo complicado para algumas pessoas. Pode parecer difícil, mas o melhor é sempre falar a verdade. É importante explicar a doença e o tratamento de maneira que sejam fáceis de ser compreendidos pela criança.
Segunda a Dra. Teresa Fonseca, o tratamento do câncer infantojuvenil é mais agressivo porquê as células cancerígenas da criança se multiplica muito rapidamente. Mas por outro lado, a criança ainda tem os órgãos em ótimo funcionamento, então o tratamento se torna mais eficaz. “A gente não pode colocar o câncer na frente da criança. Ela é uma criança que tem uma doença e que está em tratamento”, diz a oncologista.
Não dá para fingir que tudo está como antes, a criança deve saber o que está acontecendo com o seu corpo. “Você precisa passar essa informação para todas as faixas etárias. A forma que você vai dizer é que precisa ser diferente. Você vai até onde a criança pode entender e o que ela quer saber”, comenta Teresa. Uma boa dica é estabelecer confiança e contato com a criança. Coloque ela no seu colo, olhe nos olhos dela, use palavras simples e deixe-a ter certeza de que existem pessoas que a amam muito e que vão ajudá-la a passar por isso.
Esteja sempre disponível para responder as perguntas! Isso não quer dizer que esse assunto deve ser abordado o tempo todo, mas sempre que ela perguntar ou tiver interesse em saber, é importante falar. Quando as perguntas não são respondidas, a criança pode sentir medo e insegurança em relação aos procedimentos de sua nova rotina. Caso não saiba responder, pergunte a um especialista.
Mesmo que as crianças não entendam muito bem seu quadro de saúde, elas precisam de assistência, de carinho e de compreensão. Quanto mais pessoas do seu ciclo social souberem da doença e puderem ajudar, melhor. Foi pensando nisso que Simone fundou o Instituto Beaba, que tem a missão de desmistificar o câncer e informar de maneira clara, objetiva e otimista sobre a doença e o tratamento. “Nós nos especializamos em informação. A rede de apoio vai te dar o suporte, tanto com o conhecimento tanto com o acolhimento da criança”.
Ela diz que além da assistência emocional, é essencial que a rede de apoio e a criança tenham pleno conhecimento sobre a doença. “Você está em um corredor escuro, e à medida que você vai se informando você está acendendo a luz. A pessoa não vai deixar de atravessar aquele corredor, mas ela pode atravessar de uma maneira melhor, sendo guiada e ajudada”, exemplifica a presidente do Instituto Beaba.
Além disso, é importante dar espaço para a criança falar que não está tudo bem. Nem sempre ela vai ser “super-herói” e passar pelos tratamentos sem se sentir cansada ou deprimida. Os pais também precisam deixá-la desabafar, chorar e mostrar que, em alguns dias, está tudo bem se sentir assim.
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