Publicado em 20/04/2016, às 08h44 - Atualizado às 09h48 por Adriana Cury, Diretora Geral | Mãe de Alice
Embora seja mais frequente nos adultos, está cada vez mais comuns que crianças tenham colesterol alto. Na verdade, todo mundo tem colesterol, uma gordura essencial para o funcionamento do organismo, mas existe o LDL, colesterol ruim, e o HDL, que é o bom. Enquanto o segundo remove o excesso de gordura dos vasos, o primeiro faz com que ela se acumule.
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O problema, então, é quando os índices do LDL estão altos. Segundo André Falud, presidente do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia, chefe do setor de dislipidemia do Instituto Dante Pazanese de Cardiologia e pai de Eduardo e Alexandre, hoje os hábitos de vida estão cada vez mais irregulares.
A doença, porém, não está necessariamente relacionada aos hábitos de vida. Mesmo crianças que não estão acima do peso podem ter o problema. Isso acontece devido à hipercolesterolemia familiar, ou seja, quando o colesterol alto tem origem genética. “Existem famílias que tem colesterol alto e isso é transmitido geneticamente para os filhos”, afirma André.
O principal tratamento é adotar o estilo de vida saudável e uma alimentação com menos gordura e rica em fibras. Quando necessário, o médico pode receitar remédios, mas isso é mais utilizado nos casos da doença hereditária. Segundo o especialista, a mudança de hábitos costuma ser muito eficaz.
Além dos motivos citados, outros fatores podem fazer aumentar o colesterol. É o caso de alguns medicamentos e de doenças como o hipotireoidismo. “Antes de dizer que é genético, é necessário afastar a suspeita dessas causas secundárias”. Quando a doença for realmente hereditária, precisa investigar o histórico de casos na família.
O diagnóstico é feito por meio do exame de sangue e todas as formas de colesterol alto tem tratamento. De acordo com o médico, o problema geralmente começa na infância ou na adolescência, por isso é tão importante começar a tratar desde cedo.
A maioria das crianças que têm esse problema, não o adquire por causa dos fatores citados acima. Sedentarismo, o excesso de comida gordurosa e a taxa de obesidade aumentando nas crianças são alguns dos principais fatores que causam a doença na infância. “Cada vez mais as crianças estão dentro de casa, sem fazer atividade física”, comenta o médico.
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