Publicado em 03/09/2018, às 15h58 - Atualizado em 04/09/2018, às 13h12 por Jéssica Anjos, filha de Adriana e Marcelo
Na última quinta-feira (30), o Supremo Tribunal Federal (STF) adiou a decisão sobre a possibilidade dos pais aplicarem o ensino escolar dentro de casa. De acordo com o G1, a responsável pela pauta, a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, não divulgou para a imprensa uma nova data para o julgamento sobre o que eles chamam de educação domiciliar, uma prática conhecida em outros países como “homeschooling”.
Esse método educativo funciona assim: “Os pais não seriam mais obrigados, por lei, de matricular o filho na escola e teriam a liberdade de organizar a educação acadêmica do filho em casa”, explica Andrea Ramal, educadora e doutora em Educação pela PUC-Rio, filha de Alícia e Antônio Pedro.
Toda essa história no Brasil começou em Canela, Rio Grande do Sul, em 2012, quando uma menina de 11 anos pediu ao juiz da cidade – com o apoio dos pais – o direito de ser educada em casa. De acordo com o G1, o pedido foi negado e a justificativa do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) foi que ir à escola era importante para a criança socializar.
Andrea explicou para a gente que o “homeschooling” surgiu em outros países para atender a demanda de pais que não estavam satisfeitos com o método de ensino aplicado nas escolas públicas ou privadas. Estados Unidos, Espanha, Chile e Finlândia são alguns dos países adeptos à prática, mas a maioria têm exames para controlar o avanço acadêmico dos alunos.
Caso o STF opte por permitir a educação domiciliar quem poderá lecionar para o filho são pais que tenham alguma formação acadêmica que possam cumprir o currículo escolar que temos hoje nas escolas brasileiras ou professores particulares.
Contras
A especialista alerta para possíveis problemas de estrutura para o homeschooling ser aprovado no Brasil: “É complicado quando os pais não têm conhecimento sobre a Base Nacional Curricular Comum (BNCC) e precisam contratar um professor particular”. Outro ponto levantado por Andrea foi o ritmo. “Há um risco que dentro de casa a criança não desenvolva o ritmo necessário para estudo. Imagina que hoje seu filho fica na escola por no mínimo 6 horas e meia desenvolvendo trabalhos acadêmicos, como os pais conseguiriam aplicar isso em casa?”, questiona.
Mais um problema seria ligado a socialização, porque é na escola que as crianças convivem com valores e visões diferentes daquelas aprendidas em casa. “Nos preocupamos também com os pais displicentes que vão deixar a educação escolar dos filhos em segundo plano”, comenta a educadora.
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