Educação financeira: desde pequenos, dá para ensinar

Tenho o maior orgulho da minha afilhada Mariana. De tudo que ela e o marido Mauricio conquistaram. Resultado de planejamento, esforço e determinação – mas sem deixar de curtir muito cada fase. Eles se conheceram na escola, fizeram faculdade na USP (ela Direito, ele Engenharia), depois com ajuda de um empréstimo foram fazer masters nos Estados Unidos.

Família

46% dos pais e mães têm algum tipo de investimento para o filho, mostra pesquisa

Colunas / Falando de grana

Matching: conheça a prática criativa que incentiva seu filho a cuidar do dinheiro

Foi também com planejamento que os dois compraram uma casa e hoje têm duas filhas. Tudo fruto do trabalho e esforço dos dois. Outro dia conversando com a Mariana perguntei como pretendia ensinar os mesmos passos para as filhas. Afinal vinha sendo uma trajetória, com dificuldades, claro, mas bem-sucedida.

E ela me respondeu: “As meninas são pequenas ainda para entenderem sobre dinheiro”. (A Olivia tem 5 anos e a Bebel 2.) “Enfatizo muito que papai e a mamãe precisam trabalhar para comprar comida, pagar a escola, elas irem ao clube... E muitas vezes explico que uma coisa não posso pagar, não cabe no orçamento”.

Pois além do papo, a Mariana também passa os valores financeiros com exemplos importantes na rotina delas. Foi o que aconteceu na hora da festa da mais velha. Ela precisava dar um ‘breque’ e, veja só como conseguiu ensinar, na prática, 3 passos de educação financeira:

Planejamento

O aniversário da Olivia seria em um buffet perto da escola onde as amiguinhas também fazem festa. Mariana fez o orçamento, um pouco salgado. Decidiu sacrificar um dia das férias para fazer durante a semana — sai mais em conta do que no final de semana. As crianças foram de ônibus direto da escola para a festa, o que significou que menos ‘gente grande’ precisou ir, outra economia.

Limites

Só que a Olivia pediu a Casa da Barbie de presente. Festa e Casa da Barbie não ia dar. Muito caro. Mariana explicou para a filha que o presente seria a festa, nada mais. A garota entendeu, era o tal orçamento que a mãe vive falando.

Escolhas

Depois, pensando bem, a Mariana sugeriu uma solução: a filha poderia juntar os presentes que as amigas dariam e trocar pela casa da Barbie. Era uma questão de escolha: abrir todos aqueles presentes ou trocar pela sonhada casa. Pois a Olivia preferiu a troca e resistiu bravamente em não abrir nada. A festa foi uma delícia, a Casa da Barbie é um sucesso com as meninas e, de quebra, a Olivia com cinco anos já fez um estágio em educação financeira.