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Asfixia perinatal: o que é, riscos e a importância do acompanhamento no parto

A asfixia perinatal é uma das principais causas de óbito no mundo - Shutterstock
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Publicado em 20/01/2021, às 08h40 - Atualizado em 22/03/2021, às 14h55 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco


A asfixia perinatal é uma das principais causas de morte em recém-nascidos no mundo. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a doença pode acometer entre 1 e 6 bebês a cada mil nascidos vivos em países desenvolvidos. Atualmente, estima-se que, no Brasil, nascem de 15 a 20 mil bebês por ano, ou seja, aproximadamente 2 bebês por hora com asfixia perinatal, que é a falta de oxigenação em momentos próximos ao parto. A doença é uma das principais causas de morte (23% da mortalidade) e de lesão cerebral permanente em recém-nascidos no Brasil e no mundo.

Felizmente, quando o parto é assistido e monitorado o problema pode ser evitado na maioria dos casos. Em uma conversa com o ginecologista e obstetra, Dr Igor Padovesi, pai de Beatriz e Guilherme, e colunista da Pais&Filhos, tiramos as principais dúvidas sobre o assunto, além de trazer um alerta superimportante nos cuidados durante um momento tão especial na vida da gestante.

De acordo com o especialista, a asfixia perinatal acontece em 90% das vezes por complicações da gestação ou do parto. “A minoria dos casos é relacionada a doenças do bebê, como malformações pulmonares, cardíacas ou neurológicas. Geralmente, elas estão relacionadas a gestação, principalmente a placenta, por ser um órgão que mantém a troca de oxigênio e nutrientes com a mãe, ou de complicações do próprio parto”.

A asfixia perinatal é uma das principais causas de óbito no mundo(Foto: Shutterstock)

O que é asfixia perinatal?

Apesar do nome complicado, o significado desse problema é simples: a asfixia perinatal é a falta de oxigenação logo após o nascimento e nos primeiros minutos de vida do bebê. Ela pode acontecer por diversos fatores, mas, principalmente, pelo descolamento da placenta, rompimento do útero, nó verdadeiro de cordão, entre outras causas.

Quais são os ricos?

O médico comenta que o quadro e os riscos são graves, mas quando se age rápido e há reversão da situação, pode não causar sequelas. “Mas conforme acontece uma asfixia mais prolongada, leva a danos irreversíveis por morte do tecido cerebral e outros tecidos do corpo, que ficam sem oxigenação“, explica. Ainda segundo o especialista, a complicação é uma das principais causas de paralisia cerebral na infância.

Igor Padovesi reforça que apesar da escolha do parto natural, é importante que a mãe e o bebê tenham a assistência de um obstetra e pediatra caso ocorram complicações. “São graves e de mortes evitáveis. Isso pode ser relacionado a má assistência no trabalho de parto. Muitas vezes é algo inevitável, mas é algo potencialmente previsível”.

Entenda a importância do minuto de ouro (Foto: Getty Images)

O minuto de ouro

Definido como o alerta da necessidade de ter a presença de um pediatracom habilidade de reanimação neonatal no momento do parto, o minuto de ouro conta com o suporte médico imediato e preciso em casos de asfixia grave e que precisa de ventilação e oxigenação. Caso o bebê não responda ao tratamento, o especialista pode intubá-lo ainda na sala de parto.

“Esse primeiro minuto é um momento crítico porque quando o bebê nasceu ficou muito tempo com pouco ou nenhuma oxigenação. Em casos como esse, é necessário ser rápido e reoxigenar o recém-nascido. Então, é sempre muito importante ter um pediatra com essa habilidade na sala de parto”, comenta o obstetra. “Com a assistência certa, 12 óbitos podem ser evitados por dia no Brasil”, conclui o especialista.


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