Publicado em 25/05/2017, às 11h00 - Atualizado em 26/07/2017, às 08h07 por Jéssica Anjos, filha de Adriana e Marcelo
No final de semana a apresentadora Eliana anunciou repouso total por causa de um descolamento de placenta. Ela se afastou do programa e irá focar nos cuidados da gestação para o bem-estar da sua filha. Conversamos com Élvio Floresti Junior, diretor do Centro Médico Floresti, pai de Gabriela e Guilherme, para entender o que é e como proceder nesses casos.
“Chamamos de descolamento o acúmulo de sangue entre o útero e a placenta. Quando isso ocorre no início da gestação, nomeamos de descolamento ovular, porque a placenta só se forma após a décima semana de gestação”, explica o ginecologista. Caso isso aconteça no último trimestre, é grave e pode levar o feto ao óbito.
Não existe comprovação de causa. “Mas estar acima de 35 anos, ser fumante ou hipertensa são fatores que aumentam a probabilidade de ter a complicação”, alerta Élvio. Segundo o especialista, durante o primeiro trimestre, o risco existe para todas as mulheres. E caso haja uma queda hormonal ou algum impacto na gestante, as possibilidades crescem. “Nessas condições, o saco pode de alguma forma sofrer um hematoma, as chances de aborto, por causa do descolamento, aparecem”.
Se ocorre no primeiro trimestre, normalmente não há sintomas. “Pode ocorrer um sangramento ou cólicas uterinas”, exemplifica o médico. É importante ficar de olho na pressão arterial. Gestantes no último trimestre hipertensas ou portadoras de trombofilias têm mais risco.
“Para o descolamento ovular, não há um tratamento específico, o procedimento vai depender do médico e do tamanho e localização do hematoma”, comenta Élvio. De acordo com o ginecologista na maioria das vezes o tratamento consiste em repouso parcial (sem esforços físicos e sem relações sexuais) ou total, ficar deitada durante a maior parte do tempo. “O especialista também pode optar por progesterona ou analgésicos.”
O descolamento não afeta o desenvolvimento do bebê. O risco, apesar de pequeno, é provocar um aborto. “Quando isso acontece no final da gestação, o que chamamos de descolamento prematuro de placenta, normalmente temos que resolver imediatamente o parto sob risco de óbito fetal”, comenta Élvio. Para passar bem longe disso, procure conversar com o seu médico e seguir todas as orientações.
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