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Obesidade infantil: números chamam atenção para necessidade de mudanças de hábito

Muito além da estética, é questão de saúde - Shutterstock
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Publicado em 08/11/2019, às 10h50 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h22 por Yulia Serra, Editora | Filha de Suzimar e Leopoldo


Muito além da estética, é questão de saúde (Foto: Shutterstock)

A obesidade é um dos distúrbios mais comuns entre as crianças no mundo. A pesquisa Situação Mundial da Infância 2019: Crianças, alimentação e nutrição do Unicef  apontou que ela atinge cerca de 40 milhões de pessoas de até 5 anos e mais uma vez chamou atenção para o assunto. Como fica claro, este quadro é um dos maiores desafios em relação à saúde do século XXI, já que esse aumento de peso tem uma influência muito maior do que a estética consegue enxergar, tendo danos físico, escolar, social e emocional. 

Na faixa dos 5 aos 19 anos de idades, a quantidade de pessoas obesas pulou de 1 em cada 10 para 1 em cada 5. O estudo provou que não é apenas o excesso que vem causando problemas, mas a falta também, já que uma em cada três crianças não está crescendo saudável, seja pela desnutrição ou sobrepeso, e isso está associado, principalmente, aos novos hábitos. A alimentação mudou muito, com a correria do dia a dia os produtos industrializados estão sendo mais consumidos. 

Prevenção é sempre um bom caminho 

A obesidade infantil não pode e nem deve ser ignorada. De acordo com o IBGE, uma em cada três crianças está acima do peso recomendado. Não é possível determinar um valor fixo para você saber se o seu filho ou filha faz parte deste grupo, pois ele varia de acordo com a idade, gênero, e altura. Para chegar ao resultado preciso, é necessário calcular o Índice de Massa Corporal (IMC). Esse cálculo é diferente entre crianças e adultos e segue uma tabela da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Procure um especialista e faça um acompanhamento (Foto: Shutterstock)

É importante, assim, que você fique atento nas principais causas da obesidade, para prevenir o caso. As mais comuns são questões genéticas, sedentarismo e má alimentação. Lembrando que esses fatores se somam e aumentam a gravidade da situação. Além deles, doenças hormonais e uso de certos medicamentos podem favorecer o aparecimento da complicação. Há vários tratamentos para as crianças que estão acima do peso, mas esses dependem da idade e gênero da criança. Por isso, o melhor caminho é procurar um especialista para indicar o ideal. Independentemente da escolha, um ponto é certo, todo e qualquer tratamento exige mudanças nos hábitos de vida

Hoje você poderá mudar o amanhã

O que seu filho come hoje será refletido na vida adulta. Crianças que estão acima do peso têm muito mais chance de permanecerem assim ou com um quadro mais grave mais velhos. Se quando mais jovens essa diferença pode ocasionar problemas vasculares e infecções mais para frente podem desenvolver um quadro de diabetes, colesterol e hipertensão. Em relação ao psicológico, a pesquisa também provou que esse aumento afeta diretamente a autoestima em todas as idades. 

A mudança começa na mentalidade (Foto: Getty Images)

Isso tem ligação com uma construção social muito forte que determina um padrão de corpo desde a infância. De acordo com a Carla João Nogueira de Almeida, que participou do Congresso Brasileiro de Nutrologia da ABRAN, as crianças obesas têm 63% mais chances de sofrer bullying e, vai desde um apelido até uma agressão física. Ela reforçou a falta de informação como principal responsável e completou que os produtos deveriam deixar claro no rótulo o valor nutricional, assim menos pessoas consumiriam. 

A mudança de mentalidade e consequentemente de hábito não acontece do dia para a noite e precisa de muitos esforços envolvidos: uma conscientização dos pais e preocupação para oferecer produtos mais saudáveis, campanhas governamentais de educação alimentar e criação de políticas públicas, opções mais saudáveis e em conta disponíveis no mercado, e uma melhor abordagem dos médicos para falar sobre o assunto com os pacientes que estão enfrentando essa situação. Nós já sabemos o que fazer. O importante, agora, é começar.

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