Publicado em 02/08/2018, às 16h24 por Redação Pais&Filhos
Susanna conhecia bem a dor de perder um filho. Em 2014, ela teve um aborto espontâneo na oitava semana de gestação, por isso, em sua segunda gravidez, quis tomar todas as precauções possíveis para que isso não acontecesse novamente.
A mulher de 32 anos de idade foi até uma clínica privada chamada “Window to the Womb” – o que na tradução literal significa janela para o útero, que fica na cidade de Chessington ao sudoeste de Londres, que faz imagens dos bebês a partir de 6 semanas. O local tem ótimas avaliações na internet. “Pensei: vou conferir essa gravidez desde o começo e deixar minha mente tranquila”, contou em entrevista ao jornal Mail on Sunday.
Susanna foi atendida pelo Dr Ashish Sharma. “O médico fez o ultrassom e ficou quieto. Foi então que eu perguntei se ele estava vendo algo e ele disse ‘Não se preocupe, vamos fazer um ultrassom intravaginal porque assim conseguiremos ver o útero mais detalhado'”, explicou ela.
Depois do segundo ultrassom, Susanna e seu parceiro Ben receberam notícias devastadoras. De acordo com eles, o médico disse que o bebê havia parado de crescer com seis semanas. “Ele falou: você está com oito semanas de gravidez na verdade, não com sete como havia pensado. Mas o feto não tem batida do coração“, disse a mulher.
Dr Ashish disse então que o casal deveria considerar um aborto induzido para remover o feto e recomendou uma consulta no hospital Kingston NHS para discutir suas opções. Uma semana depois, o hospital decidiu fazer seu próprio ultrassom e Susanna e Ben receberam notícias incríveis. “Eu tenho boas notícias para vocês. Aqui está seu bebê e aqui está a batida do coração de seu bebê”, falou o médico do hospital aos pais.
“Toda a vez que eu olho para minha filha Riley eu não consigo não pensar que ela poderia não ter sobrevivido. Nós poderíamos ter nos livrado dela. E eu tenho medo que outros casais tenham abortado bebês saudáveis depois de terem recebido a informação errada de clínicas privadas de ultrassom”, disse Susanna.
A clínica disse que introduziu treinos extras aos funcionários e admitiu ter errado nessa ocasião. Ben chamou o Dr Sharma para conversar depois e contar a ele sobre o erro e diz que o médico não pediu desculpas. “Ao invés disso, ele disse: ‘Eu estou muito contente que as coisas deram certo para vocês'”, concluiu o pai.
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