Publicado em 06/08/2018, às 08h52 - Atualizado em 09/08/2018, às 13h40 por Marina Paschoal, filha de Selma e Antonio Jorge
Você provavelmente já ouviu falar de grupos do Facebook de compra e venda, freelas e trabalhos informais, não é mesmo?A Rededots, criação da nossa colunista Kuki Bailly, nasceu assim. Ela, que é designer, mal sabia que um dia, além de ser mãe da Jasmin (hoje com 9 anos) também seria mãe de uma comunidade com quase 250 mil pessoas. Na nossa edição de agosto ela explicou um pouco como o projeto nasceu e se tornou um site. Olha só:
“A Rededots nasceu de um simples post no Facebook depois que fui demitida de uma grande empresa. Era um tempo de crise econômica e não fui a única a estar fora do chamado “mercado de trabalho”.
O que fiz de diferente naquele momento – em relação a outros profissionais colocados à disposição em 2015 – é que, em vez de pedir emprego, fiz da surpresa e do susto, um texto em minha página pessoal convidando meus amigos e conhecidos a disponibilizar suas agendas e seu tempo em nome de botar a roda para andar, em nome do bem comum.
Esse foi o exato momento da concepção da rede, que cresce até hoje exponencialmente. O grupo fechado, em um mês, tinha 3.500 pessoas. Coisa significativa. E nada podia deter essa expansão. Lembro que em 8 de julho de 2016, um ano depois da criação, havia 30 mil pessoas.
A Rededots movimenta a economia solidária e gera, além de negociação de produtos e serviços, aquilo que se chama de impacto social. Ou seja, desde o início do grupo, notei que muita gente passava por sérias dificuldades e estava transformando o plano B em plano A, fosse para completar o orçamento da família depois dos filhos chegarem, fosse para encontrar um propósito no trabalho. Essas pessoas agora estavam na Rededots, empreendendo, vendendo e fazendo a economia se mover de forma criativa e solidária.
O mais bonito, no entanto, é que a rede passa longe de ser um balcão de classificados, um mercado de compra e venda. É, antes, um organismo vivo, que se autossustenta, se retroalimenta e resolve problemas reais na sociedade.
Em 2016, propus um crowdfunding, uma espécie de vaquinha virtual. A ideia era angariar recursos para fazer do grupo fechado um site aberto e mais poderoso. Com o valor arrecadado, a Rededots virou gente grande, registrou a marca, ganhou CNPJ e foi à luta. Tudo isso permitiu que eu encontrasse um investidor-anjo e começamos a arquitetar e construir a plataforma. Mais do que um marketplace, a plataforma seria um ‘peopleplace’, onde gente cuida de gente e não apenas de marcas e produtos. O ser humano sempre em primeiro lugar.
Nossa ideia é levar a audiência superlativa do grupo fechado para um novo ambiente digital, cobrando um valor acessível para empreendedores terem lojas online, ou uma vitrine dos serviços que oferecem. Vai virar classificados? De jeito nenhum, o DNA da rede é contar histórias de vida. Ali, as trocas, as conversas e as interações entre os membros é o combustível para os negócios.
O grupo do Facebook seguirá firme e forte acolhendo participantes, porque é uma verdadeira mini-cidade, uma praça que estimula a economia e os encontros. Não pode deixar de existir.
A Rededots foi pensada para ser um mundo ideal, protegido, e cultivando o respeito e a ética, excluindo na medida do possível o que é visto de errado lá fora. O espectro do que o ser humano é capaz de fazer quando a gente se mobiliza é gigantesco. Esse é o poder da inteligência coletiva. Se todas as pessoas soubessem do poder que elas têm e usassem direito, o mundo seria outro. Tenho certeza. A Rededots agora aberta para todos por aqui: www.rededots.com.br.”
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