Publicado em 23/11/2015, às 08h44 - Atualizado às 08h45 por Adriana Cury, Diretora Geral | Mãe de Alice
Atenção com a saúde nunca é demais. E, na gravidez, o cuidado tem que ser redobrado. Só por estarem grávidas, as mulheres já ficam predispostas a terem mais complicações. Uma delas é o diabetes gestacional, mais comum após o segundo trimestre da gravidez. Porém, segundo Maurício Sobral, ginecologista e obstetra, pai de Luiza e Beatriz, a doença não costuma apresentar sintomas específicos, por isso pode ser confundida com os da própria gravidez, afinal inchaço e ganho de peso, por exemplo, são comuns.
Então, como desconfiar do problema? Algumas mulheres são mais predispostas a terem a doença do que outras, especialmente se a gestação for tardia. “Primeiramente se o exame do açúcar no sangue tiver alterações, ou seja, maior que 95mg/dl em jejum. Depois, se a paciente tem histórico de diabetes na família ou na gravidez passada deve ficar muito atenta”, explica o Dr. Maurício.
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A gestante também deve suspeitar quando começa a engordar e apresentar inchaço nas extremidades acima do normal. A elevação da pressão sanguínea é um sinal indireto. Na ultrassonografia, seu médico pode notar sinais como o bebê aumentar muito de tamanho e peso e o líquido amniótico aumentar de volume.
Consequências
O diabetes gestacional causa o aumento dos níveis de glicose no sangue. Geralmente, o problema desaparece depois do nascimento da criança, mas, quando não tratada, pode trazer riscos à saúde do bebê, como parto prematuro, doenças cardíacas, desenvolvimento da síndrome da angústia respiratória (que é a dificuldade para respirar ao nascer), icterícia e obesidade na infância ou adolescência.
Diagnóstico e tratamento
A doença pode ser descoberta por meio de exames como de glicemia de jejum, curva glicêmica e hemoglobina glicada, que devem ser indicados pelo seu ginecologista ou obstetra. A partir daí, o acompanhamento médico se torna mais específico e deve inclui avaliações periódicas e mais detalhadas.
“Além das consultas com o obstetra, é muito importante que a gestante opte por uma mudança de hábitos, incluindo uma dieta saudável e a prática de exercícios, que auxiliam no controle dos níveis de glicose no sangue e no funcionamento da insulina”, comenta o Dr. Maurício. O tratamento depende muito do caso. Pode ser somente com exercícios e dieta até o uso de insulina. “Em casos mais complicados, tem de internar a paciente para controlar o açúcar no sangue e monitorar o bem-estar do bebê”, finaliza o médico.
Consultoria: Dr. Maurício Sobral, pai de Luiza e Beatriz, especialista em Mastologia, Ginecologia e Obstetrícia. É médico preceptor dos residentes do Hospital Vila Nova Cachoeirinha.
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