Publicado em 09/06/2020, às 11h24 - Atualizado às 11h30 por Yulia Serra, Filha de Suzimar e Leopoldo
O isolamento social mudou o ambiente escolar e a forma de enxergar a educação. Ufa, já estava na hora de entender que cada um tem o seu papel. É um desafio tanto para os pais quanto para os educadores e todo mundo está aprendendo junto. Assim, é fundamental que os envolvidos funcionem como um time e, mesmo à distância, possam servir como rede de apoio (e não apenas durante a quarentena). Para Roberta Bento, embaixadora da Pais&Filhos, e fundadora do site SOS Educação, junto da filha Taís Bento, os três envolvidos passam a acumular papéis que exerciam em momentos diferentes e em ambientes diversos, por isso é comum se sentir perdido, tenso e sobrecarregado.
“Os pais acham que precisam ser também professores. Os alunos temem decepcionar os pais ao assistirem as aulas com os pais ao lado ou ao tentarem fazer as atividades que a escola envia. Já os professores, que não foram formados para ensinar a distância, precisam se virar para adequar suas aulas, enquanto têm os filhos dentro de casa e enfrentam redução na renda da família e mais todo o estresse que este momento de pandemia está gerando”, pontua.
São muitas perguntas e poucas certezas. A especialista reforça que há uma pressão enorme em cima das escolas, pais e crianças, portanto a melhor forma de driblar esses desafios é justamente trabalhar em conjunto. “Família e escola precisam focar no aluno. Questões burocráticas como notas, calendário escolar, registro de presença dos alunos, não podem ser mais importantes do que o impacto que essa crise terá na saúde emocional ou no processo de aprendizagem crianças e adolescentes”, defende.
Por isso, é importante que cada um assuma o seu lugar: “O papel da escola é manter os alunos com a sensação de segurança, manter o fornecimento de oportunidades de estudo, de revisão, de aprendizagem de forma leve, sem pressão por desempenho. Aos pais, cabe organizar a rotina em casa e garantir que os filhos tenham momentos de estudo distribuídos ao longo da semana valorizando o desenvolvimento de habilidades como senso de responsabilidade, paciência e persistência”.
Roberta entende que aos dois, juntos, também cabe o esforço para entender que não há respostas prontas, mas a ciência que as decisões de agora irão impactar o futuro das crianças. Para ela, equilíbrio é a palavra-chave. “Se todos entenderem que precisam se apoiar até que essa tempestade passe, a travessia será mais leve e todos chegarão mais preparados para a nova fase que será a retomada das aulas”, afirma.
Para Elsa Helena Almeida Silva Balluz, pedagoga, mestre em educação e Diretora Geral da Escola UPAON-AÇU, São Luís, Maranhão, mãe de Camila e Carolina, trata-se de um novo modo de ensinar e um novo modo de aprender. “Muitos pensavam que seria temporário. O tempo passou, mantido o distanciamento por uma parcela da população vimos o aumento de casos. Com mais restrição, tudo fechado, home office, ensino remoto, a maioria foi se adaptando”, fala. Por isso, reforça a necessidade de parceria de todos os lados.
“Estamos no mesmo barco, na mesma tempestade. A questão é remar em conjunto, não em oposição”, opina. Como a mudança aconteceu para todos, foi necessário um tempo para se adaptar e, agora, é necessário retomar algumas questões. Para garantir um período menos conturbado, a principal dica é organizar a rotina, com horários bem definidos e incluindo todas as atividades do dia a dia. O foco agora, segundo Elsa, não deve ser no conteúdo em si, mas nos aprendizados para além dele, destacando o apoio dos pais nesse período.
A Diretora e Proprietária da Escola Maple Bear de São José dos Campos Mayra Moscardi Córdoba, mãe de Manuela, Marina e Maite, completa: “O momento nos possibilita ensinar muito aos nossos filhos e alunos, sem dúvida, o que eles aprenderão durante essa pandemia, ano escolar nenhum será capaz de ensinar. Empatia, disciplina, solidariedade, respeito… Tudo isso e muito mais está sendo vivenciado dentro de casa, e nossa reação como família e como escola irá ajudar muito nossas crianças”.
Mayra entende que é necessário ir preparando as crianças para o retorno às salas de aula e afirma: “Seguimos as orientações dos órgãos competentes e assim que nos permitirem voltar, estamos lá!”, mas entende que essa volta será diferente. Elsa também conta que seguem à risca as recomendações das autoridades sanitárias e médicos infectologistas que assistem a escola.
Em nota a Pais&Filhos, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) esclareceu: “Ainda não há data definida para volta às aulas presenciais. A assessoria de imprensa informa que a retomada das aulas será gradual e regionalizada, seguindo o que os dados científicos sobre a epidemia indicarem em cada região do Estado. As diretrizes devem ser apresentadas à sociedade nas próximas semanas”.
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