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Sarampo: primeira morte pela doença é confirmada em São Paulo

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Publicado em 28/08/2019, às 09h55 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h22 por Jéssica Anjos


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A campanha de vacinação contra Sarampo para crianças a partir dos 6 meses começou no dia 22 de agosto (Foto: Getty Images)

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a primeira morte por sarampo foi confirmada na cidade de São Paulo nesta quarta-feira, 28 de agosto. A vítima foi um homem de 42 anos que não tinha o registro de vacinas e tinha uma certa vulnerabilidade para infecções, de acordo com o Estadão.

Este é o primeiro caso de falecimento pela doença registrado em São Paulo desde 1997. “O paciente faleceu em 17 de agosto e a morte por sarampo foi confirmada hoje. Ele tinha uma condição clínica que o deixava vulnerável a infecções”, explica Solange Maria Saboia, diretora da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), em entrevista ao Estadão.

Até agora só na capital paulista são 1.637 casos confirmados da doença, que é grave e muito contagiosa. Em todo o Estado de São Paulo temos 2.457 casos de sarampo.

Campanha de vacinação

O Ministério da Saúde anunciou que, a partir do dia 22 de agosto, os bebês de 6 meses a 1 ano de todo o Brasil devem ser imunizados contra o sarampo. A recomendação vale até para as cidades em que a doença não foi identificada ou onde não há surto ativo.

Essa medida preventiva, que já valia para a população da cidade de São Paulo desde 25 de julho, deve alcançar 1,4 milhão de crianças, que não receberam a dose extra, chamada de ‘dose zero’, além das previstas no Calendário Nacional de Vacinação, aos 12 e 15 meses. Para isso, o Ministério da Saúde vai enviar 1,6 milhão de doses a mais para os estados. O objetivo é intensificar a vacinação desse público-alvo, que é mais suscetível a casos graves e óbitos.

O Ministério da Saúde divulgou novo boletim com os casos de sarampo no último dia 20 de agosto. O Brasil registrou, nos últimos 90 dias, entre 19 de maio a 10 de agosto de 2019, 1.680 casos confirmados de sarampo, em 11 estados: São Paulo (1.662), Rio de Janeiro (6), Pernambuco (4), Bahia (1), Paraná (1), Goiás (1), Maranhão (1), Rio Grande do Norte (1), Espírito Santo (1), Sergipe (1) e Piauí (1).

“O Ministério da Saúde está fazendo uma medida preventiva. Nós estamos preocupados com essa faixa etária porque em surtos anteriores foram as crianças menores de um ano que evoluíram para casos mais graves e óbitos. Por isso, é preciso que todas as crianças na faixa prioritária sejam imunizadas contra o vírus do sarampo, considerando a possibilidade de trânsito de pessoas doentes para regiões afetadas e não afetadas”, esclareceu o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, em comunicado à imprensa.

É importante reforçar que a chamada dose zero serve apenas para proteger o bebê contra o vírus até que ele tome a primeira dose da vacina aos doze meses. A longo prazo, a dose zero não oferece proteção significativa, por isso, ela deve ser tomada como algo adicional, mas não substitui as vacinas presentes no calendário de vacinação. Ou seja: independentemente do seu filho tomar ou não a “dose zero”, ele precisa continuar seguindo o calendário normal de vacinação. Os bebês que tomarem a dose zero contra o sarampo devem esperar trinta dias até a primeira dose da Tríplice Viral.

Vacine seu filho contra o Sarampo, é muito importante (Foto: Getty Images)

Por que se vacinar?

Enquanto é pequeno, seu filho não tem o poder de escolha sobre a vacinação e depende exclusivamente de você. Imunizar a família toda também funciona como um ato coletivo. Pense que, para uma doença conseguir sobreviver e se propagar, é preciso que outras pessoas estejam infectadas. Quanto mais gente protegida, o ciclo de um vírus ou bactéria se encerra e a doença pode ser erradicada. “Exceto para as doenças com exposição de risco individual, como o tétano e a febre amarela, a vacina funciona como uma arma coletiva da redução de circulação do agente infeccioso”, explica a pediatra Melissa Palmieri, membro da Sociedade Brasileira de Imunizações e coordenadora médica de vacinas do Grupo Hermes Pardini, filha de Antônio Carlos e Maria. Segundo a especialista, não faz sentido deixar que doenças erradicadas há décadas voltem a aparecer como ameaça.

Quais os sintomas do sarampo?

A fase inicial lembra um resfriado. A criança pode apresentar febre, coriza, tosse e até conjuntivite. É característico que a partir do quarto dia o corpo mancha de vermelho, começando pela cabeça. Trinta por cento das pessoas infectadas evolui para outras doenças mais sérias como a pneumonia. Não há uma medicação específica para tratar o vírus, o que dificulta a recuperação.

Quais são as complicações do sarampo?

As complicações mais comuns do sarampo são:

Como o sarampo é transmitido?

transmissão do sarampo ocorre de forma direta, por meio de secreções ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Por isso, o contágio da doença é muito grande.  O período de maior transmissibilidade ocorre dois dias antes e dois dias após o início do exantema. O vírus vacinal não é transmissível. O sarampo afeta, igualmente, ambos os sexos.

Como é feito o tratamento do sarampo?

Não existe tratamento específico para o sarampo. Mas Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda administrar a vitamina A, em todas as crianças, no mesmo dia do diagnóstico do Sarampo, nas seguintes dosagens:

Para os casos sem complicação é importante manter a hidratação e a ajuda nutricional. Muitas crianças precisam de quatro a oito semanas, para recuperar o estado nutricional normal. As complicações como diarreia, pneumonia e otite média, devem ser tratadas de acordo com normas e procedimentos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

Em 2017, o Governo do Estado de São Paulo divulgou um alerta sobre como evitar o sarampodurante viagens e em casos se surto. As recomendações são:

– Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir
– Lavar as mãos com frequência com água e sabão, ou então utilizar álcool em gel
– Não compartilhar copos, talheres e alimentos
– Procurar não levar as mãos à boca ou aos olhos
– Sempre que possível evitar aglomerações ou locais pouco arejados
– Manter os ambientes frequentados sempre limpos e ventilados
– Evitar contato próximo com pessoas doentes

Informações retiradas do site do Ministério da Saúde.

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Palavras-chave
Saúde Criança

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