Publicado em 19/06/2013, às 12h04 - Atualizado em 15/12/2020, às 09h28 por Redação Pais&Filhos
O Ministério da Saúde está fazendo sua campanha anual para vacinar as crianças de 6 meses a menores de 5 anos. E, só em falar “vacina”, muitos pais se arrepiam. Muitas vezes, sofrem mais que os filhos na hora de levar para vacinar. Pensam em como o filho ainda é tão pequeno, que vai sofrer – e também sofrem ao pensar no choro e, quem sabe?, na birra pós-vacina. Acredite, é essa é mais uma das várias coisas que doem mais em você do que nele. Até porque mão tem escolha: vacinar é preciso e pronto. Conversamos com a psicoterapeuta familiar Quézia Bombonatto, mãe de Rodrigo, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, para saber como agir pra que o filho (e você) fique bem tranquilo na hora da “picadinha”.
Não exagere na antecedência
Não comece a preparar a criança muito antes. Não faz sentido. “Chegue para a criança no dia da vacinação e fale: ‘a mamãe vai te levar para tomar injeção, é importante, ela vai cuidar de você, da sua saúde’”, aconselha Quézia. “É importante que você explique o que vai ser feito, em drama. Diga que é uma picadinha ou uma gotinha (dependendo do caso). Explique que a vacina ajuda a evitar que ele fique doente. Seja firme, mas muito carinhoso, sempre. “A criança precisa se sentir protegida”.
E se as outras crianças chorarem?
Os pequenos se ficam assustados ao chegar ao local da vacinação e deparar com outras crianças chorando ou gritando. Caso isso aconteça (e é provável que vá acontecer), explique ao seu filho que as outras crianças estão chorando pois, talvez, suas mães não tenham contado que é rápido. Mostre tranqüilidade.
Não minta: vai doer, sim, mas é só um pouquinho
Não minta em hipótese alguma. Seu filho precisa confiar em você. Não diga que não vai doer, porque tem a picadinha. A criança precisa sentir confiança na mãe ou no pai antes e depois da vacina. Portanto, diga que será apenas uma picadinha, como se fosse um beliscão. “Explique a ela que talvez ela vá chorar, mas que você estará lá, ao lado dela, segurando seu braço, e que a vacina é algo muito importante para ela”, reforça Quézia Bombonatto.
Controlando a birra
Se seu filho costuma fazer birra, muna-se de espírito de renúncia: é provável que ele vá fazer neste momento também. Mais uma vez demonstre carinho, mas tenha pulso firme. Segundo a especialista, é muito importante que o adulto acolha a criança e que fale olhos nos olhos. Nunca ameace. “Os pais podem pegar a criança e, com muita calma, explicar o que vai acontecer. Olhe para ela e diga: ‘é importante pra você não ficar doente e, por isso, você vai fazer. Vamos respeitar as pessoas que estão na fila esperando. Não vamos demorar’”. É preciso também acalmar a criança com carinho: “A mamãe vai segurar seu bracinho e você vai ver que passa rápido”.
Não sofra. A vacina é o melhor para o seu filho.
O grande problema é quando a mãe sofre pelos filhos. “Elas pensam: ‘Ah, mas ele é tão pequenininho’, e a criança vai sentir isso – e ficar tensa, claro”, diz Quézia. Segure sua onda. É essencial ficar firme e não passar esse sentimento de medo. Se a mãe está tranqüila, passa tranquilidade, e a criança não vai fazer ‘show’.
Doeu, sim
Não adianta falar depois da vacina que ‘não doeu nada’, porque seu filho sentiu a picadinha, sentiu dor, sim. Fique tranqüila, a criança vai dar conta disso. Depois que seu filho tomou a vacina, reforce que “doeu um pouco, mas que já passou, pois, como você disse, seria rápido”.
Presentinho depois, sim ou não?
Quanto a dar alguma recompensa depois, isso vai depender dos pais e da filosofia da família. “Não acho necessário, mas, se você prometeu um agrado – um lanche, um passeio, faça”, afirma Quézia. E não adianta só o presentinho se não vier acompanhado de um abraço, um beijo. Não tem agrado melhor. A criança vai se sentir protegida e amada.
É preciso conversar sempre?
A resposta é sim. No dia da vacinação, conte à criança que ela está indo tomar vacina e novamente, retome a conversa. Diga que será igualzinho da outra vez. O mais importante é que a criança não sofra por antecipação. “Você pode sentar com a criança e perguntar se ela se lembra da importância daquele momento para a saúde e de como tudo é rápido e simples”, finaliza Quézia Bombonatto. Dói mais em você que nele.
Consultoria: Quézia Bombonatto, mãe do Rodrigo, Presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia e Psicoterapeuta familiar
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