Publicado em 26/06/2020, às 10h39 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
Monique Nogueira, de 36 anos, mãede Theo, de seis anos, e Levy, de três, sempre teve o sonho de ter filhos. Com uma gestação planejada e muito tranquila, a cardiologista teve um susto quando o caçula, aos dois meses e meio, apresentou um caroço no lado do olho esquerdo e um choroincessante.
De início, ela desconfiou que podia ser pelo fato do bebê ser recém-nascido, mas decidiu procurar uma médica para acabar com as dúvidas. “Como já havia sido mãe, imaginava que poderiam ser crises de cólica. Inicialmente, dávamos o remédio e isso aliviava de alguma forma, no entanto as noites seguiam sob muito choro”, explicou.
Em uma conversa com o marido, eles decidiram esperar por dois dias no intuito de que o caroço diminuísse, mas ele só aumentou. Após realizarem um ultrassom, a bateria de exames havia apenas começado. “Foi uma semana dificílima que não consigo descrever. Desde o dia do ultrassom até a realização da ressonância se passaram 7 dias, os dias mais difíceis da minha vida”.
Assim que os examesficaram prontos, ela pediu para que a médica, na qual era amiga desde a faculdade, fosse direta ao falar sobre o diagnóstico. Ao saber a resposta, o mundo de Monique parou por um certo tempo. “Quando ela me disse que não dava para avaliar o tamanho da massa, pois era muito grande, que era vascularizada e invadia o osso, já sabia que apenas essas palavras já sugeriam malignidade. Meu chão se abriu, chorei como nunca antes”, contou.
Após a ressonância, a mãe, apesar de saber sobre o câncer, fez de tudo para tentar acreditar que poderia ser um tumorbenigno, mas não aconteceu. “A massa tinha em torno de 6 centímetros em seu maior eixo, era praticamente o lado esquerdo todinho da face do meu pequeno, e ele com apenas 3 meses de idade. Ouvir o diagnóstico de câncer no meu filho foi uma batalha interna, pois quando você pensa nessa doença, logo vem o processo de quimioterapiae suas complicações e consequentemente você sente a morte muito mais próxima do que gostaria de imaginar”.
Apesar da triste notícia, Monique não pensou duas vezes em agir rápido para salvar a vida de Levy. Junto a uma equipe de médicos, do ultrassom até o implante do cateter e o início da quimioterapia, o processo durou uma semana, tempo considerado recorde e decisivo no tratamento.
Durante a quimioterapia, nada foi fácil e Levy teve algumas complicações. “Quatro dias após a primeira sessão, a imunidade dele ficou incrivelmente abalada, o que geralmente é esperado. Ele desenvolveu uma infecção generalizada grave, chamada septicemia. Eu via os exames do meu filho com valores que eu jamais havia visto quando era médica de CTI. Ele felizmente se recuperou dessa primeira complicação, porém as quimioterapias tinham que continuar e assim seguimos”.
Com os rins e o fígado passando pelo peso do tratamento e entrando em falência, os médicoschegaram a dizer para Monique que Levy poderia não passar daquele dia. “E foi aí que ajoelhei e pedi a Deus pelo meu milagre, pois sabia que se fosse da vontade de Deus meu filho iria contra todas as expectativas. Com a Graça de Deus e as habilidades médicas ele se recuperou com as medidas ditas ‘paliativas'”.
No dia seguinte, a mãe não acreditava no que estava vendo e no milagreque havia conquistado: “Nem acreditava que era a mesma criança, de tão melhor que ele estava, e os exames laboratoriais caindo (melhorando) seus valores. Depois disso, a oncologista trocou o esquema de quimioterapia. Sabíamos que a quimioterapia era a única chance dele, pois até aquele momento o tumor era inoperável e não havia outras possibilidades de tratamento”.
Durante as idas e vindas do hospital, que felizmente ficava a cinco minutos da casa de Monique, ela recebeu muito apoio da família, principalmente do marido, da mãe e da tia. “Sempre tentei olhar tudo com positividade. Agradecia por termos um tratamento de excelência, um leito de CTI que era humanizado e individualizado. Cada paciente tinha seu quarto (o que faz uma diferença muito grande quando você se torna uma “mãe de CTI”), recebíamos muito carinho dos médicos e de todos os profissionais da saúde”.
Após os dois primeiros ciclos e uma redução de 30% do tumor, os médicos ainda achavam que o tratamento não era suficiente, o que foi decisivo para uma nova etapa: a continuação dele nos Estados Unidos. Em uma conversa com o oncologista de Levy, Monique ouviu todos os conselhos: “Ele, sem saber o que pensávamos, falou que se estivesse em meu lugar iria para o MD Anderson, o melhor hospital oncológico no mundo. Neste momento não tive mais dúvidas: era para lá que teríamos que ir”.
Quando soube o valor do tratamento para o filho, de mais de R$ 100 mil, a mãe ficou assustada. “A primeira coisa que pensei foi que um tratamento oncológico não dura apenas três meses, então como faríamos para levantar um valor tão alto assim?”. Como solução, a família abriu uma vaquinha online para arrecadar os fundos e Monique gravou um vídeo explicando toda a história. “Pedir ajuda e mostrar fraqueza não foi nada fácil, mas tudo por meu filho vale a pena”.
Ainda fragilizada com toda a situação, a surpresaveio: milhares de compartilhamentos e ligações de brasileiros desejando muito apoio em um momento tão difícil. A família também não ficou de fora e ajudou a arrecadar o dinheiro necessário para o tratamento. “Cada oração, doação, cada mensagem nos dava mais força para continuar”.
Enquanto estava nos Estados Unidos, Monique chegou a ficar desesperada por estar quase sem dinheiro para moradia, pois dedicava 100% ao tratamento de Levy. Enquanto procurava um albergue para ficar com a família, ela recebeu uma mensagem de que poderia se hospedar na casa de uma família de brasileiros, em Houston, que o acolheram e braços abertos.
Atualmente, por causa da pandemia de coronavírus, Levy está realizando o tratamento de casa, no Brasil. Mas já adiantamos que ele está super bem! “O Levy é uma criança saudável, brinca, estuda, gosta que leiam historinhas para ele. É extremamente ativo, ama ficar com o irmão, é muito inteligente e de uma personalidade bastante forte. Sabe do que gosta e se expressa com facilidade. Já está falando tudo e já arrisca até algumas palavras em inglês. Adora voar de avião e está neste momento falando que está com saudade de Dallas, do Dr. “leixi” (Laetsch). Um menino extremamente amoroso”.
Monique agradeceu ainda todo o carinho dos médicos, que tiveram um enorme cuidado durante o tratamento à distância. Mesmo de Brasília, e sem poder viajar para os Estados Unidos, a família participa das consultas virtuais e envia todos os exames laboratoriais para o consultório em Houston. E ainda de casa, Levy recebe toda a medicação necessária.
À todas as famílias, a mãe deixou um recadopara lá de especial: “Gostaria de dizer que por mais difíceis que as coisas possam parecer, nunca percam sua fé. Às vezes, todas as circunstâncias que nos rodeiam nos mostram um caminho difícil e sem possibilidades, mas sigam firmes, tenham bons pensamentos, busquem aumentar e renovar sua fé, vivam com alegria independente das circunstâncias, aprendam a olhar cada passo, cada aprendizado com positividade, pois nada tem apenas um lado, sempre há algo bom. Deem tempo ao tempo, ele será seu maior aliado. Sejam pacientes, tudo ocorre no tempo de Deus”, concluiu
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