Publicado em 27/06/2022, às 09h03 por Redação Pais&Filhos
Valéria Juri é professora e mãe de dois meninos. Ela ensina a sexta e a sétima série na escola pública Tierra de Huarpes, na cidade de Mendoza, na Argentina. Em relato ao portal Los Andes, ela conta que sempre amou o inverno e considerava a estação do ano que ela mais gostava. Isso mudou quando ela começou a dar aulas em escolas públicas, e percebeu que o frio não era agradável para todos.
“Depois percebi que o frio dói, que o verão é o abrigo dos pobres e que todos os anos, antes do início da geada, começamos outro trabalho: o das coleções intermináveis de chinelos, camisolas e casacos”, desabafou. Valeria disse também que sempre nota os sapatos que os alunos estão usando, e nisso, ela percebeu que Ciro, menino de 13 anos, estava com sapatos estragados e questionou o porquê. “Nós professores sempre olhamos para os pés das nossas crianças e Ciro veio para a sala de aula com os sapatos muito rasgados”, diz. O aluno contou que aquele era o único calçado que ele tinha e que os pais não têm condições para comprar outro.
Então, a professora foi em uma loja e comprou um par de sapatos para presentear o menino. “Ele estava feliz”, falou Valeria. “No entanto, para minha surpresa, no dia seguinte ele chegou com seus tênis velhos. Perguntei-lhe o que tinha acontecido e ele disse-me que preferia deixá-las com a mãe porque costuma fazer bicos a pé e por isso precisa deles mais do que ele”, conta emocionada.
Valeria saiu imediatamente para comprar outro sapato. Dessa vez, ela voltou também com jaquetas e meias. Mesmo assim, ela quis fazer mais! A professora publicou a história do aluno nas redes sociais, com a intenção de fazer os amigos refletirem e incentivar a doação de itens para famílias em situação de vulnerabilidade em Mendoza.
Em poucas horas, a história de Ciro levantou uma corrente de solidariedade que levou roupas, sapatos e alimentos para a família. “Comecei imediatamente a fazer campanha porque sei que sempre que peço ajuda, recebo e há muitas pessoas solidárias e comprometidas”, diz.
Ciro vive com o pai e a madrasta em uma casa humilde. Ele foi para lá após ter sido entregue pela mãe biológica, que não podia criá-lo por causa do vício em drogas. “Em casa ele recebe amor, mas a pobreza o atravessa como tantos outros meninos. Posso assegurar-lhe que este é o caso da maioria nesta escola. Trabalhamos sempre procurando ajuda de todos os tipos”, relata Valeria.
A professora acrescentou: “Em casa ele recebe amor, mas a pobreza o atravessa como tantos outros meninos. Posso assegurar-lhe que este é o caso da maioria nesta escola. Trabalhamos sempre procurando ajuda de todos os tipos. Que me disse? Que sua mãe precisava dos sapatos mais do que ele. É simples assim. Essas histórias não acontecem hoje, mas sempre. A fome e o frio nos machucam. Somos professoras e mães.”
Valeria disse que percebe falta de afeto de profissionais que lidam com situações como a de Ciro nas escolas: “Não é apenas a pobreza, mas, em muitos casos, a falta de amor que muitos sofrem. Ontem dei um abraço em uma mãe e pude ver o quanto ela estava contente e o quanto ela precisava de uma simples demonstração de carinho.”
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