Publicado em 10/02/2021, às 09h43 - Atualizado às 09h44 por Maria Laura Saraiva, Filha de Laise e Carlos
Os pesquisadores acompanharam as mentes e as carreiras de mais de 5.000 crianças superdotadas por 45 anos. E o que eles descobriram foi em parte previsível e, em outra, bem surpreendente. Tudo começou quando um psicólogo chamado Julian Stanley descobriu que poderia usar um exame SAT para identificar alunos superdotados do Ensino Médio de 12 e 13 anos. A partir daí, o “Estudo da Juventude Matemática Precoce”, ou SMPY, finalmente nasceu, liderado por Camilla Benbow e David Lubinski.
Um novo curta-metragem produzido na Universidade de Vanderbilt explica as descobertas do autor sobre como essas crianças – agora adultos – se saíram. Usando um questionário que os participantes preenchiam a cada vários anos, foi determinado que sim, crianças inteligentes alcançam mais prestígio do que a média. Por exemplo, 35% das crianças superdotadas acabaram conseguindo um doutorado. Na população total, esse número é de apenas 2%.
Além disso, as crianças superdotadas no estudo produziram 85 livros, 681 patentes e 7.700 artigos acadêmicos. Suas realizações vão desde matemática até ciências e literatura.
Ainda assim, de acordo com o estudo, crianças superdotadas não são necessariamente tão avançadas a ponto de não precisarem de ajuda. Os professores ainda são de extrema importância para ajudá-los a explorar todo o seu potencial. Benbow até mesmo compara essas crianças às com necessidades especiais, no sentido de que os professores precisam ser tão receptivos e adaptáveis ao que eles demandam para aprender.
Isso também pode envolver pular séries ou anos da escola. De acordo com o filme, os alunos que avançaram de turma mais cedo tinham 60% mais probabilidade de ganhar patentes e doutorados do que crianças talentosas que não o fizeram. Eles também tinham duas vezes mais chances de obter um doutorado.
Mas só porque essas crianças são talentosas não significa que não sejam vítimas de pressões sociais. Enquanto os pesquisadores descobriram que não havia diferença de renda entre os gênerosdos participantes, homens e mulheres ainda tendiam a trabalhar em empregos tradicionais para cada sexo.
No final, a conclusão do estudo é que a inteligência é importante, e nutrir esse dom é tão importante quanto. Afinal, esses pequenos gênios podem resolver alguns dos maiores problemas que nosso mundo enfrentará nos próximos anos!
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