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Mulher fica infértil após descobrir que ‘dor de barriga’ era câncer e alerta: “Façam o Papanicolau”

Laenne descobriu um tumor de 7 cm no colo do útero - Reprodução/ The Sun
Reprodução/ The Sun

Publicado em 29/03/2021, às 14h33 - Atualizado às 14h39 por Letícia Mutchnik, filha de Sofia e Christiano


Leanne Shields , de 29 anos, achou que os sintomas que estava tendo de dor de barriga era apenas por causa de gases. Mas começou a ficar preocupada quando ela começou a sangrar no meio do ciclo menstrual. Ao falar com os médicos eles disseram que era só um efeito colateral por trocar de pílula anticoncepcional.

Mas depois que o sangramento perdurou por 7 meses, os médicos correram para fazer um exame Papanicolau. No teste descobriram que ela tinha câncer cervical e um tumor de quase 7 centímetros no colo do útero. Ela acredita que se tivesse realizado os exames antes, o câncer também poderia ter sido descoberto antes.

Laenne descobriu um tumor de 7 cm no colo do útero (Foto: Reprodução/ The Sun)

Depois de alguns meses do tratamento, incluindo quimioterapia, Leanne entrou em menopausa precoce, sendo assim ela nunca vai poder ter filhos por conta própria. Ela ainda está esperando descobrir se a quimioterapia reduziu o tamanho do tumor. Arrependida sobre não ter realizado o exame Papanicolau ela deixou um recado às mulheres.

“Pense no que você quer que sua vida seja. Se você quer ser mãe, faça o Papanicolau ou pode acabar como eu e não poder ter filhos. Tenho 29 anos e agora estou na menopausa. Eu queria meus próprios filhos, mas agora não posso. Meus ovários estão acabados”, disse.

Dores de barriga

No começo de março de 2020, Leanne disse que começou a se sentir mal. “Eu não tinha nenhum sintoma, só comecei a sentir uma dor de barriga”, conta. Como as dores eram esporádicas ela nunca as ligou com a possibilidade de um câncer cervical. Ela estava trabalhando normalmente, até que começou a se sentir super mal.

Ela foi para a médica, suspeitando que estava assim pela pílula anticoncepcional e mudou o hormônio. No entanto, pouco tempo depois, ela começou a sangrar entre menstruações. O ginecologista disse que era provavelmente pela mudança hormonal com a troca da pílula, mas em outubro o sangramento ficou mais intenso.

A jovem passou por menopausa precoce e não vai mais poder engravidar (Foto: Reprodução/ The Sun)

“De março até outubro eu estava sangrando todos os dias”, diz Leanne. Ela ainda disse que estava anêmica. Quando os médicos resolveram fazer o Papanicolau eles não conseguiram, porque tinha um tumor de 7 cm bloqueando a passagem. No aniversário dela ela recebeu uma ligação e foi para o hospital, mas esperava apenas ouvir os resultados do teste.

Quando chegou lá, Laenne foi puxada para uma sala ao lado, onde contaram para ela que ela tinha câncer cervical estágio 2. Com medo do câncer ter se espalhado os médicos tiraram da mesa a possibilidade de cirurgia, sobrando apenas a quimioterapia. Ela fez cinco semanas de quimioterapia, um mês de radioterapia todos os dias e um intervalo de duas semanas antes da braquiterapia, que usa radioterapia internamente.

Por causa da pandemia ela teve que ir para o hospital sozinha durante todo o tratamento (Foto: Reprodução/ The Sun)

Por causa da pandemia, Laenne não podia levar ninguém para o hospital com ela, a deixando muito triste, inclusive querendo colocar um ponto final na vida. Apesar de muito grata por ter sobrevivido e pela equipe fantástica do hospital, Laenne ficou devastada por ter passado por tudo isso com a idade que tem.

Para saber se o tratamento funcionou, a jovem vai realizar exames em abril e receberá o resultado de volta em maio. Laenne ainda disse que se tivesse feito o Papanicolau antes, muito provavelmente ela teria descoberto o câncer com 28 anos e não teria que ter passado por tudo isso.

5 sinais mais comuns do câncer cervical que você precisa conhecer

Vale ressaltar que a qualquer dúvida você deve consultar o seu médico.

Veja os sintomas mais comuns de câncer cervical (Foto: iStock)
  • Sangramento anormal (durante ou após o sexo, entre mentruações e também após a menopausa)
  • Fluxos vaginais estranhos
  • Desconforto ou dor durante o sexo
  • Dor na parte de baixo das costas
  • Perda de peso não intencional

Por que você deve fazer o Papanicolau?

Visitar o ginecologista para fazer exames preventivos é superimportante, principalmente para as mulheres que já iniciaram a vida sexual. Além de ser essencial para quem está tentando engravidar, apesar de não indicar se a paciente é ou não infértil, o papanicolau faz parte do checkup e indica se há alguma dificuldade para quem quer aumentar a família.

O exame é simples, indolor e pode ser feito no próprio consultório do ginecologista! Infelizmente, no Brasil, segundo uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) em 2018, cerca de 20% das mulheres disseram que não costumam realizar exames preventivos por não acharem necessários e, uma a cada dez mulheres, não conhece o câncer de colo de útero.

  • O que é o papanicolau e para que serve?

O papanicolau tem o objetivo de detectar se existe algum tipo de alteração ou doenças como inflamações, HPV, câncer, ou ainda algum problema no colo do útero. Apesar da mulher não sentir dor durante o exame, pode ser que haja a sensação de uma pressão ou pequeno desconforto no interior da vagina. Isso acontece porque o médico faz uma raspagem das células encontradas no útero, colhendo uma amostra para análise.

Além disso, o papanicolau também pode identificar doenças sexualmente transmissíveis, como gonorreia, sífilis, HPV ou clamídia, câncer de colo de útero, infecções vaginais como tricomoníase, vaginose bacteriana por Gardnerella vaginalis, ou candidíase. Apesar do exame ser realizado geralmente em mulheres que já tiveram início da vida sexual, aos 21 anos é possível fazer o papanicolau também em mulheres virgens. Vale lembrar que neste caso, a investigação deve ser realizada a partir de orientação médica.

De acordo com o ginecologista e obstetra, Dr. Igor Padovesi, embaixador e colunista da Pais&Filhos, pai de Beatriz e Guilherme, “a partir do papanicolau, é possível intervir antes de deixar o câncer de colo do útero acontecer”. Mas, vale lembrar que “a doença tipicamente costuma acontecer com a população que tem baixo acesso à saúde, porque fazendo os exames periódicos, é difícil a mulher ter o diagnóstico”.

  • Preparos para fazer o papanicolau

Para realizar o papanicolau, é importante que a mulher faça um preparo simples. O primeiro passo é realizar o exame fora do período menstrual, não fazer duchas vaginais, não ter relações sexuais 48 horas antes do exame e evitar cremes intravaginais também nas 48 horas que precedem o papanicolau.

  • Como o papanicolau é feito

Durante a realização do exame, a mulher fica em posição ginecológica e o médico introduz um dispositivo no canal vaginal para olhar o colo uterino. Depois, com o auxílio de uma espátula ou escovinha, são recolhidas amostras das células que, porteriormente, são enviadas para análise em laboratório. A partir de duas lâminas, o material também é enviado a um laboratório de microbiologia, que identifica a presença de microorganismos.

  • Toda mulher precisa fazer o papanicolau?

O exame é recomendado para mulheres que já iniciaram a vida sexual e vai até os 65 anos. Mas, no entanto, geralmente é priorizado a faixa etária dos 25 aos 65 anos. O papanicolau deve ser realizado todos os anos, por ser um exame preventivo, que pode auxiliar na descoberta precoce de problemas de saúde, iniciando logo em seguida o tratamento adequado. Se for detectado lesões indicativas de câncer de colo de útero, a paciente deve, a partir das recomendações do médico, fazer o exame a cada seis meses para o acompanhamento.

  • O papanicolau também pode ser feito na gravidez

Geralmente, o exame pode ser feito até o quarto mês da gravidez, sendo feito em média na primeira consulta pré-natal. Vale lembrar que o papanicolau não causa riscos ao bebê, pois não chega até o interior do útero, nem ao embrião.

  • Como analisar os resultados do papanicolau

Para identificar e entender quais são os resultados, apesar de serem sempre vistos em conjunto com o médico, é possível ter uma noção básica das células observadas. A amostra é dividida por classes, que indicam:

Amostra insatisfatória: o exame é inconclusivo, ou seja, a amostra colhida não foi adequada para a realização da análise.
Classe I: colo de útero normal e saudável, não sendo encontrado nenhuma alteração nos resultados do exame;
Classe II: é possível notar a presença de algumas alterações, apesar de benignas. Pode ser causada por algum tipo de inflamação vaginal;


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