Publicado em 24/10/2022, às 07h47 por Redação Pais&Filhos
O apresentador de TV, de 43 anos, tatuou o símbolo do autismo em homenagem ao filho mais velho, Romeu, de 17 anos, que possuí a condição. Na publicação, Marcos Mion mostra todo o processo de produção da arte e declara: “Faltava essa tatuagem. Autismo. Na pele. Pra sempre. Ao mundo que mudou meu mundo”, disse ele na postagem feita neste domingo, dia 23 de outubro.
“Nada mais simbólico do que essa arte que mostra que o autismo virou minha essência, meu amor. Foi a mudança na minha vida que me guiou até onde estou. Obrigado, Romeo, meu amor, porque ao virar meu mundo do avesso, você estava virando ele do jeito certo”, escreveu na publicação.
Em 2008, o dia 2 de abril foi instituído pela ONU como Dia Mundial de Conscientização do Autismo. A ideia é que as pessoas compreendam a importância de se solidarizar pela causa, porque autismo não afeta apenas a criançae sua família, mas toda a sociedade. Afinal, a inclusão vai muito além de dar acesso à educação e saúde: é preciso fazer com que a criança se sinta à vontade e verdadeiramente integrada às atividades de lazer e sociais.
O autismo tem nome e definição desde 1911 quando foi descrito como a versão clínica mais severa da esquizofrenia pelo psiquiatra suíço, Eugen Bleuler (1897-1939). Apesar de cada criança apresentar características distintas de autismo, o neuropediatra, um dos fundadores do Instituto NeuroSaber e pai da Helô, do Gustavo e do Maurício, Clay Brites, explica que, de forma geral, o transtorno neurológico se manifesta da mesma forma em meninos e meninas. No entanto, “o autismo em meninas costuma ser mais intenso, severo e com mais complicações neurológicas, como epilepsia e deficiência intelectual”.
Quando falamos sobre TEA (transtornos do espectro autista), muitas incertezas surgem. O diagnósticonem sempre é claro e, assim, o tratamento também não é realizado de forma plena. Este é o caso de Carol Felicio, mãe da Julia e do Marcelo. Com 6 meses de idade, a Julia teve epilepsia. “Ela entrou e saiu várias vezes dentro do espectro [autista]. O diagnóstico ainda não é 100% fechado, ela está entre as milhares de pessoas que tem esse diagnóstico aberto”, explica Carol.
O mais importante para os paisé a informação. “Para mim foi algo muito interessante quando eu consegui começar a ler livros, fazer cursos, tudo fora. É uma coisa que você tem sentimento de luto no início, mas te impulsiona pra algo extremamente forte em busca de recursos”. É preciso ter em mente que a famíliaé essencial nesse momento, tanto na busca por tratamentos, quanto no apoio emocional para a criança. “Eu sei que o chão se abre, mas é preciso fechar rapidinho, assim como buscar informação, porque quando você sabe com o que está lidando, tudo fica mais fácil e ter muito amor, porque ele cura muita coisa”, diz Carol.
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